Se posso trocar ministro, por que não posso trocar diretor da PF?, diz Bolsonaro; Moro rebate pronunciamento

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Jair Bolsonaro, presidente do Brasil contestou Sérgio Moro após o ex-juiz da Lava Jato e agora ex-ministro da Justiça e Segurança Pública anunciar sua demissão acusando o chefe do Planalto de interferência na Polícia Federal.

“Oras bolas, se eu posso trocar um ministro por que não posso trocar o diretor da Polícia Federal?”, questionou o presidente em discurso no Palácio do Planalto em Brasília.

Bolsonaro exonerou o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Maurício Valeixo do cargo, levando Sérgio Moro a pedir à sua demissão. O chefe do Executivo federal se queixou de, na avaliação dele, a PF dar mais atenção ao assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) do que ao atentado contra ele na campanha presidencial.

“Será que é interferir na polícia federal exigir, quase que implorar o Sérgio Moro para que apure quem mandou matar Jair Bolsonaro? A Polícia Federal de Sérgio Moro mais se preocupou com Marielle do que com seu chefe supremo. Cobrei muito eles aí. Não interferi”. Autonomia, conforme o presidente, não é “soberania”.

 

Moro rebate Bolsonaro: “Se fosse esse o meu objetivo, teria concordado ontem com a substituição”

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O ex-ministro da Justiça Sérgio Moro rebateu as declarações do presidente Jair Bolsonaro feitas em coletiva de imprensa realizada na tarde desta sexta-feira (24). Em sua conta no Twitter, Moro afirmou que nunca utilizou a permanência do Diretor Geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, como condição para a sua nomeação no STF.

“A permanência do Diretor Geral da PF, Maurício Valeixo, nunca foi utilizada como moeda de troca para minha nomeação para o STF. Aliás, se fosse esse o meu objetivo, teria concordado ontem com a substituição do Diretor Geral da PF”, disse o ex-ministro.

Conforme Bolsonaro, durante uma conversa na quinta (23), o ex-magistrado disse que Valeixo só poderia ser trocado em novembro, depois que ele fosse indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF). O presidente afirmou ainda que queria um relatório diário do que aconteceu, mas nunca pediu andamento de qualquer processo.

Durante a coletiva, Bolsonaro ressaltou também que não precisava pedir autorização de ninguém para trocar qualquer pessoa no executivo.  “Não tenho que pedir autorização para ninguém [para trocar]. Nem o diretor, nem qualquer outro na pirâmide hierárquica do Poder Executivo”.

 

Moro pede demissão após troca de comando da Polícia Federal

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, pediu demissão do governo de Jair Bolsonaro (sem partido). A saída acontece após o presidente da República ter publicado no “Diário Oficial da União”, na madrugada desta sexta-feira (24) a exoneração do diretor geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo.

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O presidente Bolsonaro não avisou a Moro que estava concretizando a exoneração. Assim, o presidente atropelou conversas que ainda estavam acontecendo sobre a troca no comando da PF e a permanência do ministro.

Moro foi informado pelo presidente da intenção de trocar o comandante da PF na quinta-feira (23). Na reunião, o agora ex-ministro da Justiça avisou a Bolsonaro que não ficaria no governo se a troca fosse consumada. Ele aceitou ser o ministro da Justiça do governo Bolsonaro logo após as eleições de 2018. Ele aceitou largar a carreira de juiz federal, na qual era responsável por conduzir a operação Lava Jato.

Na ocasião, o presidente Jair Bolsonaro disse que Moro teria autonomia para escolher os nomes do ministério e que não iria interferir no trabalho do ministro. Com a interferência do presidente na Polícia Federal, a permanência de Moro no ministério ficou insustentável.

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Em Goiás, mais de 100 crianças e adolescentes estão à espera de adoção

Conforme o Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SN), são apontados 1.058 pretendentes ativos para a adoção em Goiás.

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De acordo com os dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), 460 crianças foram adotadas em Goiás desde 2019. Atualmente, em Goiás tem 748 crianças e/ou adolescentes acolhidos e 126 à espera de adoção, além de 83 já em processo de integração à família.

Não bastando os dados, o Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SN) aponta que no Estado existem 1.058 pretendentes ativos para a adoção, sendo eles 72,8% casados, 2,8% divorciados, 9,5% solteiros e 14,2% em união estável.

Os dados apontam que a maioria dos pretendentes na fila para adotar uma criança não possuem preferência de gênero. Já 28,5% preferem adotar meninas e 7,3% apenas o sexo masculino.

Dados no Brasil

Segundo as informações do CNJ, no Brasil já são 33.683 crianças e adolescentes acolhidos e 4.995 na fila de espera. Além disso, atualmente 6.029 estão em processo de adoção à família.

Ao todo, mais de 26 mil crianças e adolescentes já foram adotados a partir de 2019. Ainda assim, há um total de aproximadamente 35 mil pretendentes ativos à espera de um filho adotivo no País.

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