Dólar sobe para R$ 5,43, com cenário externo

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Influenciado pelo cenário externo, o dólar iniciou a semana em alta. A bolsa de valores recuperou-se da queda dos últimos dias e voltou a fechar no maior nível desde o fim de fevereiro, com avanços nas pesquisas na corrida por uma vacina contra a covid-19.

O dólar comercial fechou esta segunda-feira (23) vendido a R$ 5,433, com alta de R$ 0,0472 (+0,88%). A divisa começou o dia em baixa, chegando a ser vendida a R$ 5,34 por volta das 11h, mas reverteu o movimento e subiu após a divulgação de que a atividade empresarial nos Estados Unidos veio acima do esperado, provocando uma corrida pela moeda norte-americana no mercado internacional. 

Em novembro, a atividade das empresas nos Estados Unidos cresceu no ritmo mais rápido em cinco anos, impulsionada pela indústria. Indicadores fortes mostram que o país continua atrativo para investimentos, estimulando fluxos de capitais para a maior economia do planeta em detrimento de países emergentes, como o Brasil.

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O dólar subiu em relação a outras moedas, com destaque para altas de 3,25% ante a lira turca, 1,19% contra o peso chileno e 0,45% contra o iuan chinês.

No mercado de ações, o dia foi marcado pela euforia. O índice Ibovespa, da B3, fechou esta segunda aos 107.379 pontos, com alta de 1,26%. O indicador está no maior nível desde 21 de fevereiro, quando tinha fechado aos 113 mil pontos.

A bolsa subiu após a divulgação da notícia de que a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela companhia AstraZeneca tem eficácia média de 70%, podendo chegar a 90% se for aplicada meia dose na primeira injeção. O Ministério da Saúde brasileiro tem acordo com a AstraZeneca para comprar e produzir doses da vacina.

* Com informações da Reuters

Edição: Liliane Farias

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ECONOMIA

CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos

Técnica amplia a produção, melhora a qualidade das mudas e favorece a sustentabilidade no campo

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CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos. Fotos: CRV

A CRV Industrial, usina bioenergética localizada em Carmo do Rio Verde, está investindo no plantio por Meiose como uma estratégia para otimizar o cultivo da cana-de-açúcar. Esse método permite que parte da área seja plantada inicialmente para gerar mudas destinadas ao restante da lavoura, possibilitando o uso temporário da terra com outras culturas ou o pousio.

De acordo com o superintendente agrícola, Carlos Jordão, a técnica visa otimizar o plantio, reduzir custos e preservar a área de moagem. Como teste inicial, a empresa implantou 100 hectares com Meiose, que se transformarão em 900 hectares para atender à área planejada. Esse sistema também já está sendo utilizado na unidade da empresa em Minas Gerais.

Jordão destaca que as principais vantagens desse método incluem a redução de operações agrícolas, a diminuição de custos, maior flexibilidade na janela de plantio, viabilidade do plantio em períodos chuvosos, interrupção do ciclo de pragas, melhor qualidade das mudas, maior rendimento no corte e preservação da cana destinada à moagem. “Entretanto, desafios como a necessidade de mão de obra especializada e o manejo dos tratos culturais da linha-mãe ainda são pontos de atenção”, ressalta.

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Na CRV Industrial, o manejo da Meiose está sendo realizado com MPB (Mudas Pré-Brotadas), o que otimiza o processo e permite melhor aproveitamento da janela de plantio. A maior parte das mudas está sendo utilizada em plantios de um ano e meio, sendo metade mecanizada e metade por Meiose. Esse modelo contribui para a redução da área de mudas cortadas, pois uma única linha pode se desdobrar em oito a dez linhas.

A linha de Meiose exige um investimento maior devido à irrigação, com custo médio de R$ 17 mil por hectare. No entanto, a quebra da Meiose gera economias significativas em transporte e outros custos operacionais. “Quando se divide o custo total, o valor final fica em torno de R$ 11 mil por hectare. A ideia é expandir a técnica para uma área entre 2.500 e 3.000 hectares, economizando hectares de mudas e mantendo um custo competitivo em relação ao plantio mecanizado”, explica Carlos Jordão.

A CRV Industrial aposta nessa estratégia para aumentar a eficiência e a sustentabilidade na produção de cana-de-açúcar. Além da redução de custos, a possibilidade de plantar outras culturas entre as linhas da Meiose permite um melhor aproveitamento da terra e contribui para a melhoria do solo. O projeto reforça o compromisso da empresa com a inovação e a busca por soluções sustentáveis para o setor sucroenergético.

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