CMN ameniza restrição de distribuição de lucros por bancos

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Proibida desde o início da pandemia de covid-19, a distribuição de lucros pelos bancos acima do mínimo legal foi flexibilizada. O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou resolução que permite a distribuição de até 30% do lucro líquido das instituições financeiras.

A medida vale tanto para os dividendos – parcela do lucro repassada aos acionistas – quanto para a remuneração do capital próprio. Desde abril, as instituições podiam repassar aos sócios e aos acionistas apenas o valor mínimo estabelecido no estatuto ou no contrato social. Geralmente, esse valor está em torno de 25% do lucro.

O Conselho Monetário também permitiu que os bancos antecipem a distribuição de resultados de cada trimestre, o que estava vedado.

Impacto

Em nota, o Banco Central informou que a medida deverá ampliar a distribuição de resultados de R$ 30 bilhões para R$ 36 bilhões, diminuindo o capital dos bancos em R$ 6 bilhões. Segundo o órgão, ainda existem cerca de R$ 80 bilhões de distribuição de dividendos e de remuneração de capital próprio retidos no caixa das instituições financeiras brasileiras para enfrentar as incertezas provocadas pela pandemia.

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Em março, informou o comunicado, o Comitê de Estabilidade Financeira do Banco Central reavaliará a segurança dos bancos e das demais instituições financeiras e decidirá se voltará tomará medidas adicionais, liberando ou retomando as restrições.

A restrição à distribuição dos resultados de 2020 aos sócios e acionistas de instituições financeiras teve três objetivos. O primeiro foi reforçar o caixa para enfrentar eventuais perdas provocadas pelo aumento da inadimplência do novo coronavírus. O segundo foi manter a segurança do Sistema Financeiro Nacional.

O terceiro objetivo foi evitar que instituições que receberam ajuda do Banco Central durante a crise repassassem dinheiro a acionistas, em vez de emprestar para o público. Dessa forma, a autoridade monetária garantia que o fluxo de crédito na economia fosse mantido.

Edição: Aline Leal

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ECONOMIA

CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos

Técnica amplia a produção, melhora a qualidade das mudas e favorece a sustentabilidade no campo

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CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos. Fotos: CRV

A CRV Industrial, usina bioenergética localizada em Carmo do Rio Verde, está investindo no plantio por Meiose como uma estratégia para otimizar o cultivo da cana-de-açúcar. Esse método permite que parte da área seja plantada inicialmente para gerar mudas destinadas ao restante da lavoura, possibilitando o uso temporário da terra com outras culturas ou o pousio.

De acordo com o superintendente agrícola, Carlos Jordão, a técnica visa otimizar o plantio, reduzir custos e preservar a área de moagem. Como teste inicial, a empresa implantou 100 hectares com Meiose, que se transformarão em 900 hectares para atender à área planejada. Esse sistema também já está sendo utilizado na unidade da empresa em Minas Gerais.

Jordão destaca que as principais vantagens desse método incluem a redução de operações agrícolas, a diminuição de custos, maior flexibilidade na janela de plantio, viabilidade do plantio em períodos chuvosos, interrupção do ciclo de pragas, melhor qualidade das mudas, maior rendimento no corte e preservação da cana destinada à moagem. “Entretanto, desafios como a necessidade de mão de obra especializada e o manejo dos tratos culturais da linha-mãe ainda são pontos de atenção”, ressalta.

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Na CRV Industrial, o manejo da Meiose está sendo realizado com MPB (Mudas Pré-Brotadas), o que otimiza o processo e permite melhor aproveitamento da janela de plantio. A maior parte das mudas está sendo utilizada em plantios de um ano e meio, sendo metade mecanizada e metade por Meiose. Esse modelo contribui para a redução da área de mudas cortadas, pois uma única linha pode se desdobrar em oito a dez linhas.

A linha de Meiose exige um investimento maior devido à irrigação, com custo médio de R$ 17 mil por hectare. No entanto, a quebra da Meiose gera economias significativas em transporte e outros custos operacionais. “Quando se divide o custo total, o valor final fica em torno de R$ 11 mil por hectare. A ideia é expandir a técnica para uma área entre 2.500 e 3.000 hectares, economizando hectares de mudas e mantendo um custo competitivo em relação ao plantio mecanizado”, explica Carlos Jordão.

A CRV Industrial aposta nessa estratégia para aumentar a eficiência e a sustentabilidade na produção de cana-de-açúcar. Além da redução de custos, a possibilidade de plantar outras culturas entre as linhas da Meiose permite um melhor aproveitamento da terra e contribui para a melhoria do solo. O projeto reforça o compromisso da empresa com a inovação e a busca por soluções sustentáveis para o setor sucroenergético.

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