Vendas de motos têm alta e mostra recuperação do setor em abril

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A quantidade de motocicletas novas vendidas no país no mês de abril totalizou 94.654 unidades, resultado 52% maior do que o registrado em março, e 235,1% superior ao comercializado em abril do ano passado, quando o setor foi fortemente afetado pela pandemia da covid-19. No acumulado de janeiro a abril, as vendas totalizaram 300.098 motocicletas, 9,1% a mais em relação ao mesmo período de 2020. 

Os dados foram divulgados hoje (11) pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo).

“Até o mês passado, ainda lidávamos com a falta de motocicletas no varejo devido ao impacto que as produções sofreram em janeiro e fevereiro. Agora, com esses novos índices produtivos, nosso objetivo é alcançar, gradativamente, o equilíbrio entre a oferta e a demanda e, com isso, reduzir a fila de espera por motocicletas”, disse o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian.

As exportações de motos totalizaram 4.276 unidades em abril, 32,5% a menos do que em março, e 903% acima do registrado no mesmo mês de 2020. No acumulado de janeiro a abril, os embarques de motocicletas para o mercado externo somaram 17.441 unidades, uma elevação de 140,5% na comparação com o mesmo período do ano passado.

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Produção

As fabricantes de motocicletas instaladas no Polo Industrial de Manaus produziram 122.220 motocicletas em abril. O volume representa uma queda de 2,8% na comparação com março e de 7.179% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando as fábricas de motos praticamente pararam em razão da pandemia da covid-19. No acumulado de janeiro a abril, foram produzidas 359.621 motocicletas, alta de 20,2% na comparação com o mesmo período de 2020.

“Depois de um primeiro bimestre bastante difícil, a produção de motocicletas apresenta uma curva de recuperação e estamos bem próximos ao patamar registrado em 2019, o que comprova isso. A perspectiva para os próximos meses é de manter esse ritmo e, com isso, regularizar o abastecimento”, ressaltou o presidente da Abraciclo.

Edição: Fernando Fraga

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ECONOMIA

CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos

Técnica amplia a produção, melhora a qualidade das mudas e favorece a sustentabilidade no campo

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CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos. Fotos: CRV

A CRV Industrial, usina bioenergética localizada em Carmo do Rio Verde, está investindo no plantio por Meiose como uma estratégia para otimizar o cultivo da cana-de-açúcar. Esse método permite que parte da área seja plantada inicialmente para gerar mudas destinadas ao restante da lavoura, possibilitando o uso temporário da terra com outras culturas ou o pousio.

De acordo com o superintendente agrícola, Carlos Jordão, a técnica visa otimizar o plantio, reduzir custos e preservar a área de moagem. Como teste inicial, a empresa implantou 100 hectares com Meiose, que se transformarão em 900 hectares para atender à área planejada. Esse sistema também já está sendo utilizado na unidade da empresa em Minas Gerais.

Jordão destaca que as principais vantagens desse método incluem a redução de operações agrícolas, a diminuição de custos, maior flexibilidade na janela de plantio, viabilidade do plantio em períodos chuvosos, interrupção do ciclo de pragas, melhor qualidade das mudas, maior rendimento no corte e preservação da cana destinada à moagem. “Entretanto, desafios como a necessidade de mão de obra especializada e o manejo dos tratos culturais da linha-mãe ainda são pontos de atenção”, ressalta.

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Na CRV Industrial, o manejo da Meiose está sendo realizado com MPB (Mudas Pré-Brotadas), o que otimiza o processo e permite melhor aproveitamento da janela de plantio. A maior parte das mudas está sendo utilizada em plantios de um ano e meio, sendo metade mecanizada e metade por Meiose. Esse modelo contribui para a redução da área de mudas cortadas, pois uma única linha pode se desdobrar em oito a dez linhas.

A linha de Meiose exige um investimento maior devido à irrigação, com custo médio de R$ 17 mil por hectare. No entanto, a quebra da Meiose gera economias significativas em transporte e outros custos operacionais. “Quando se divide o custo total, o valor final fica em torno de R$ 11 mil por hectare. A ideia é expandir a técnica para uma área entre 2.500 e 3.000 hectares, economizando hectares de mudas e mantendo um custo competitivo em relação ao plantio mecanizado”, explica Carlos Jordão.

A CRV Industrial aposta nessa estratégia para aumentar a eficiência e a sustentabilidade na produção de cana-de-açúcar. Além da redução de custos, a possibilidade de plantar outras culturas entre as linhas da Meiose permite um melhor aproveitamento da terra e contribui para a melhoria do solo. O projeto reforça o compromisso da empresa com a inovação e a busca por soluções sustentáveis para o setor sucroenergético.

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