SP: Congonhas tem barreira sanitária para identificar cepa indiana

A barreira sanitária do Aeroporto de Congonhas identificou 33 pessoas com sintomas de covid-19 em desembarques no terminal. O teste de um passageiro deu resultado positivo e nove aguardam o resultado do exame de RT-PCR. Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura de São Paulo, o caso ainda está em investigação genética no Instituto Butantã.
Desde 27 de maio, mais de 30 mil pessoas foram abordadas pela Vigilância Municipal em ações que visam identificar e cadastrar os casos suspeitos de covid-19 no Aeroporto de Congonhas, nos terminais rodoviários do Tietê, Barra Funda e Jabaquara e no terminal de cargas da Vila Maria. O objetivo é evitar a disseminação da cepa indiana do vírus na cidade de São Paulo.
As barreiras sanitárias do Aeroporto de Congonhas e nos terminais rodoviários e de caras da capital foram montados pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS).
Terminais rodoviários
Desde a última quarta-feira (2), os passageiros sintomáticos dos ônibus oriundos do Maranhão e dos municípios de Juiz de Fora (MG) e Campos de Goytacazes (RJ) estão sendo testados diariamente no Terminal do Tietê, das 5h30 à meia-noite.
A iniciativa agiliza a realização do exame, evita o deslocamento dos sintomáticos, e contribui com o isolamento social o mais breve possível.
Balanço das ações
De acordo com dados da prefeitura, desde o início da ação, nos três terminais rodoviários da capital, cerca de 9,6 mil pessoas foram abordadas, sendo duas sintomáticas no Tietê.
Nas ações educativas nos terminais Barra Funda e Jabaquara, foram mais de 1,3 mil pessoas abordadas. No terminal de Cargas da Vila Maria, dos 3 mil caminhoneiros abordados, um estava sintomático.
Todos foram orientados a ficar em isolamento social, e o resultado do exame deve ser liberado entre 48 e 72 horas. A recomendação inicial é fazer o isolamento em casa até a liberação do resultado do teste.
Para realização dos testes, a SMS diz que segue as diretrizes do Ministério da Saúde, e apenas passageiros que apresentam sintomas fazem os exames.
Para viajantes que não tenham condições financeiras, estão reservados 60 quartos de hotel, custeados pela prefeitura, para que o isolamento seja feito de maneira adequada.
Caso seja identificado algum caso com a variante indiana da covid-19, a pessoa será encaminhada para o Hospital Geral Guaianazes para o tratamento. A unidade, que pertence ao estado, conta com 20 leitos de enfermaria e 10 de unidade de terapia intensiva (UTI).
Edição: Nádia Franco


SAÚDE
“Considero o Conselho a maior barreira para o negacionismo nesse país”, afirma Padilha durante reunião do CNS

Nesta quinta (13), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, marcou presença na 364ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Saúde (CNS), na sede do Ministério da Saúde, em Brasília. A agenda recordou os cinco anos da pandemia de Covid-19, além de abordar a participação social na garantia da equidade dos direitos das mulheres e as ações do Programa Brasil Saudável. O atendimento da população em situação de rua na atenção primária também foi uma das pautas.
Esta foi a primeira participação de Padilha em uma reunião do Conselho, desde que reassumiu a pasta na última segunda (10). Durante a plenária, ele falou das suas expectativas para os próximos dois anos e agradeceu o trabalho do CNS na luta pela defesa do Sistema Único de Saúde (SUS).
“Alguns sentimentos me movem ao voltar para o Ministério da Saúde e um deles é consolidar a pasta com gestores municipais e estaduais. Como um espaço de controle social, o Conselho Nacional de Saúde é a maior barreira para o negacionismo nesse país e isso nos impulsiona para ser uma referência mundial”, declarou o ministro.
A presidente do CNS, Fernanda Magano, agradeceu a presença de Padilha na reunião. “É muito importante esse diálogo e os compromissos aqui estabelecidos na defesa do nosso Sistema Único de Saúde. Esperamos que essa reconstrução seja muito proveitosa para as entregas necessárias pela democracia e garantia da vida no nosso país”, declarou.
- 364ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Saúde (CNS), na sede do Ministério da Saúde, em Brasília (Foto: Taysa Barros/MS)
Para o representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais, Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), José Ramix, é urgente a participação e valorização da diversidade na saúde: “Precisamos estimular estratégias que fortaleçam o controle social e a gestão participativa, além de reconhecer o protagonismo dos territórios e das diversas populações dos municípios brasileiros”, observou.
Durante sua fala, o ministro reforçou o pedido de Ramix e destacou, mais uma vez, a urgência da entrega e a obsessão pela redução no tempo de espera pelos atendimentos especializados. “Só vamos conseguir fazer isso acontecer com uma atenção primária fortalecida, valorizada e equilibrada, além de reorganizar as redes de média e alta complexidade”, pontuou.
Ana Freire
Ministério da Saúde
Fonte: Ministério da Saúde
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