Após esgotar vacina, capital paulista deve ser reabastecida hoje

Devido à alta adesão à vacinação contra a covid-19 na capital paulista, com cerca de 90% das pessoas entre 50 e 59 anos de idade vacinadas com a primeira dose, todos os estoques foram utilizados nesta segunda-feira (21), segundo informações do Programa Municipal de Imunizações (PMI), da Secretaria Municipal da Saúde (SMS).
Nesta terça-feira (22) haverá o reabastecimento das 468 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) para que a vacinação seja retomada na quarta-feira (23), quando serão imunizados cidadãos com 49 anos. Além disso, na quarta-feira voltam a ser aplicadas as segundas doses das vacinas disponíveis e para quem dos grupos anteriores ainda não se vacinaram.
A SMS espera receber 181 mil doses de vacinas do Governo do Estado para que possa repor os estoques das UBSs e dar prosseguimento à imunização. O calendário será redefinido de acordo com a entrega dos imunizantes por parte do Governo do Estado.
De acordo com a SMS, a rede municipal de saúde iniciou esta segunda-feira (21) com cerca de 50 mil doses de vacinas contra a covid-19 em estoque. Às 13h, o estoque médio era de 22 mil doses, por isso, parte das unidades registrou falta temporária do imunizante.
Com relação ao status “não funcionando”, da página De Olho na Fila, a SMS esclarece que não são unidades fechadas, mas, sim, providenciando o remanejamento/abastecimento de doses para garantir a vacinação nos territórios.
Na capital, até o dia 21 de junho, foram aplicadas 6.306.698 doses de vacina contra a covid-19. Foram 4.614.337 primeiras doses (D1), o equivalente a mais de 50% da população acima de 18 anos de idade da capital. Até o momento foram aplicadas 1.692.361 segundas doses (D2).
Distribuição no estado
A Secretaria estadual de Saúde vai distribuir nesta terça-feira (22), 683 mil doses do imunizante para os municípios do estado para ampliação da campanha de vacinação, que amanhã (23) começa a vacinar quem tem entre 43 e 49 anos de idade.
A pasta estadual já distribuiu cerca de 24,5 milhões de doses para todo o estado, sendo 17,8 milhões para a aplicação da primeira dose. De acordo com a secretaria, a cada nova remessa recebida do Ministério da Saúde, o estado de São Paulo programa as grades e distribui com base no público-alvo ainda a ser vacinado, com monitoramento da oferta e da demanda para prosseguimento da campanha.
Segundo os dados do Vacinômetro, ferramenta online alimentada pelos próprios municípios, às 7h22 desta terça-feira, o estado de São Paulo já havia aplicado 22.095.040 doses, sendo 16.069.370 na primeira fase e 6.025.670 na segunda fase. Com isso, 13,02% da população já tomou as duas doses e tem seu esquema vacinal completo. Os dados podem ser consultados no site. O objetivo do governo de SP é vacinar com pelo menos uma dose toda a população com mais de 18 anos de idade até o dia 15 de setembro.
Edição: Valéria Aguiar


SAÚDE
Encontro promove troca de experiências internacionais no cuidado a pessoas com sífilis

O Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (Dathi) promoveu, na terça-feira (11), o webinário Atuação da Enfermagem na Atenção às Pessoas com Sífilis – Relatos de Experiências. O evento, moderado pelo Ministério da Saúde e pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), em cooperação internacional com o Ministério de Saúde e Bem-estar Social do Paraguai, reuniu profissionais e gestores de enfermagem do Brasil e do Paraguai, proporcionando um espaço para a troca de experiências sobre as melhores práticas no tratamento da sífilis.
Durante o evento, a Coordenação-Geral de Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis brasileira destacou a relevância da troca de experiências entre os profissionais de Saúde entre os dois países para a atualização das práticas de prevenção e manejo da doença, principalmente em gestantes e populações mais vulnerabilizadas, destacando a participação ativa dos profissionais de enfermagem e a colaboração internacional para fortalecer o combate à sífilis na América Latina.
As representantes do Paraguai, enfermeiras Lucia Belém Martinez Alderete e Alan Nícolas Ascona Gonzales, compartilharam experiências no combate à sífilis congênita, com foco em estratégias de monitoramento e gestão. No Brasil, a enfermeira Ivani Gromann apresentou o trabalho realizado na Atenção Primária à Saúde em Cacoal (Rondônia), enquanto o enfermeiro Erasmo Diógenes discutiu as abordagens no atendimento de pessoas em situação de rua em São José do Rio Preto (São Paulo) e Maria Alix (Ceará) sobre o uso racional da penicilina.
O webinário também destacou os desafios enfrentados pelos profissionais de saúde – especialmente em relação à interpretação de exames e à avaliação de cicatrizes sorológicas, que podem levar à tratamentos inadequados, principalmente em gestantes.
Outro ponto discutido foi o uso racional da penicilina no tratamento da sífilis, um medicamento regulamentado para prescrição pela enfermagem, mas que ainda enfrenta desafios para garantir que todos os profissionais de saúde estejam qualificados para utilizá-la corretamente.
Em relação ao atendimento a pessoas em situação de rua, foi apresentado o modelo de cuidado desenvolvido em São José do Rio Preto, enfatizando a distribuição de kits de saúde e a realização de exames no local.
Swelen Botaro e João Moraes
Ministério da Saúde
Fonte: Ministério da Saúde
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