Rio: policiais teriam lucrado R$ 1 milhão em propinas, diz MP

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Um grupo formado por policiais civis teria lucrado pelo menos R$ 1 milhão de comerciantes de roupas, que tinham de pagar propinas para não serem investigados. A informação foi divulgada hoje (30) por integrantes do Ministério Público (MP) do Rio de Janeiro, após operação que resultou na prisão de um delegado de polícia supostamente envolvido no esquema.

Segundo os promotores, havia uma cobrança semanal de R$ 250 a 40 lojistas situados na tradicional Rua Teresa, no município de Petrópolis, ponto conhecido pela venda de roupas a preços baixos, muito procurado por revendedores de confecções.

O promotor de Justiça Bruno Gangoni, durante coletiva no Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), sobre a Operação Carta de Corso.O promotor de Justiça Bruno Gangoni, durante coletiva no Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), sobre a Operação Carta de Corso.

O promotor de Justiça Bruno Gangoni, durante coletiva no Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), sobre a Operação Carta de Corso. – Tomaz Silva/Agência Brasil

A Operação Carta de Corso foi deflagrada nas primeiras horas da manhã, para cumprir oito mandados de prisão preventiva e 19 de busca e apreensão. O alvo era um grupo que atuou dentro da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM), da Polícia Civil, de março de 2018 a março de 2021.

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O grupo, segundo a investigação, seria formado por dois núcleos. Um atuava ameaçando lojistas e recolhendo a propina e outro usava ilegalmente a estrutura da Polícia Civil para reprimir os lojistas que se recusavam a pagar os valores exigidos. Nessas diligências, os policiais teriam forjado provas e produzido laudos falsos.

A Polícia Civil informou que sua corregedoria já tem procedimentos abertos sobre o caso e que solicitará informações ao MP sobre a operação de hoje para juntar às investigações.

O principal alvo foi o delegado Maurício Demétrio, ex-titular da DRCPIM. Ele foi preso em sua residência, um condomínio de alto padrão, na Barra da Tijuca, onde foram apreendidos um total de R$ 240 mil em espécie, além de três carros de luxo blindados.

Enquanto era conduzido para a sede da chefia da Polícia Civil, o delegado falou rapidamente com a imprensa. Ele alegou que o dinheiro era fruto de uma herança e que estava declarado em seu Imposto de Renda. Disse também que somente dois dos carros eram seus e que ambos estavam comunicados à Corregedoria de Polícia.

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Edição: Lílian Beraldo

Fonte: EBC Geral

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Em Goiás, mais de 100 crianças e adolescentes estão à espera de adoção

Conforme o Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SN), são apontados 1.058 pretendentes ativos para a adoção em Goiás.

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De acordo com os dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), 460 crianças foram adotadas em Goiás desde 2019. Atualmente, em Goiás tem 748 crianças e/ou adolescentes acolhidos e 126 à espera de adoção, além de 83 já em processo de integração à família.

Não bastando os dados, o Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SN) aponta que no Estado existem 1.058 pretendentes ativos para a adoção, sendo eles 72,8% casados, 2,8% divorciados, 9,5% solteiros e 14,2% em união estável.

Os dados apontam que a maioria dos pretendentes na fila para adotar uma criança não possuem preferência de gênero. Já 28,5% preferem adotar meninas e 7,3% apenas o sexo masculino.

Dados no Brasil

Segundo as informações do CNJ, no Brasil já são 33.683 crianças e adolescentes acolhidos e 4.995 na fila de espera. Além disso, atualmente 6.029 estão em processo de adoção à família.

Ao todo, mais de 26 mil crianças e adolescentes já foram adotados a partir de 2019. Ainda assim, há um total de aproximadamente 35 mil pretendentes ativos à espera de um filho adotivo no País.

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