Pesquisadores confirmam presença de onça parda na zona oeste do Rio

Vestígios reunidos desde 2007 por pesquisadores confirmaram a presença de onças pardas em áreas de preservação ambiental na zona oeste do Rio de Janeiro. A descoberta ganhou forma quando, no ano passado, câmeras de segurança do Sítio Burle Marx, em Barra de Guaratiba, flagraram o felino durante a madrugada.
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Com base nesses achados, o grupo publicou um artigo científico neste mês na revista Check List, em que destaca que esse é o primeiro registro comprovado do animal na capital fluminense em cerca de 80 anos. A espécie chegou a ser considerada extinta na lista municipal de fauna e flora ameaçada.
Também conhecida como suçuarana, a Puma concolor circula no Parque Estadual da Pedra Branca, no Parque Municipal do Mendanha e na Reserva Biológica de Guaratiba, segundo o biólogo e professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Jorge Pontes, um dos responsáveis pelo artigo. Já havia registro desses animais em outras partes do Grande Rio, como em Magé, Tinguá e Itaboraí, e uma das possibilidades é que eles podem ter partido das bordas da região metropolitana para retornar aos resquícios de Mata Atlântica na capital.
“A importância é que é um animal do topo de cadeia alimentar, e que é mais exigente. Se ele sobrevive no Rio, pode ser indício não só da adaptação dele a áreas periurbanas e urbanas, mas também de que tem lugar para ele se refugiar. Isso vai ter que fazer com que os órgãos públicos pensem em políticas para a fauna”, afirma o pesquisador, que destaca a importância de preservar corredores entre essas grandes áreas de preservação, como a Floresta do Camboatá, que fica entre os maciços do Mendanha e Pedra Branca.
Pontes alerta que a divulgação da presença das onças pardas também deve servir para que os órgãos públicos se preparem para combater a caça a esses animais. Ele destaca que o próximo passo necessário para entender melhor o retorno das onças ao Rio é um estudo para localizá-las e monitorá-las, porque os dados reunidos até agora não permitem concluir qual é o tamanho da população dos felinos na cidade.
Vizinhos de áreas populosas, os parques onde a onça deixou vestígios são frequentados por cariocas e turistas em busca de trilhas e cachoeiras. O biólogo explica que essas onças não costumam atacar seres humanos e são curiosas.
“Quando ela encontra alguém, geralmente é por acidente. O melhor é você ficar onde você está e deixar que ela siga o caminho dela. Esses encontros são muito rápidos. Ela dá de cara e foge”, diz Pontes, que acrescenta que, caso sejam avistados filhotes do animal, eles devem ser deixados na mata. “Ele pode parecer perdido, mas a mãe só saiu para buscar comida”.
As onças pardas são animais solitários, que só andam em pares na época do acasalamento, descreve o biólogo. Quando têm filhotes, as mães criam os mais novos até que eles possam ganhar autonomia e seguir seu caminho na mata. A espécie é considerada ameaçada por diferentes países e sua presença se estende por biomas de praticamente todo o continente americano, do Canadá à Patagônia da Argentina.
Quando adultos, esses felinos podem ter até dois metros do focinho até a ponta da calda, mas têm um porte mais esguio do que a onça pintada. Entre suas presas estão animais como a cotia, o gambá e o porco do mato, que teve sua presença recentemente constatada no Parque Municipal do Mendanha. Pontes alerta que a preservação ambiental também é importante para que as onças encontrem comida na mata e não se sintam atraídas por animais de rua ou de estimação, o que pode fazer com que entrem no perímetro urbano.
Edição: Denise Griesinger


BRASIL
Em Goiás, mais de 100 crianças e adolescentes estão à espera de adoção
Conforme o Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SN), são apontados 1.058 pretendentes ativos para a adoção em Goiás.

De acordo com os dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), 460 crianças foram adotadas em Goiás desde 2019. Atualmente, em Goiás tem 748 crianças e/ou adolescentes acolhidos e 126 à espera de adoção, além de 83 já em processo de integração à família.
Não bastando os dados, o Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SN) aponta que no Estado existem 1.058 pretendentes ativos para a adoção, sendo eles 72,8% casados, 2,8% divorciados, 9,5% solteiros e 14,2% em união estável.
Os dados apontam que a maioria dos pretendentes na fila para adotar uma criança não possuem preferência de gênero. Já 28,5% preferem adotar meninas e 7,3% apenas o sexo masculino.
Dados no Brasil
Segundo as informações do CNJ, no Brasil já são 33.683 crianças e adolescentes acolhidos e 4.995 na fila de espera. Além disso, atualmente 6.029 estão em processo de adoção à família.
Ao todo, mais de 26 mil crianças e adolescentes já foram adotados a partir de 2019. Ainda assim, há um total de aproximadamente 35 mil pretendentes ativos à espera de um filho adotivo no País.
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