Dólar cai para R$ 5,67 com intervenções do Banco Central

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Num dia de intervenções do Banco Central (BC), o dólar caiu pela primeira vez após cinco altas seguidas, voltando a ficar abaixo de R$ 5,70. Beneficiada pela valorização das commodities (bens primários com cotação internacional), a bolsa de valores subiu pelo segundo dia consecutivo.

O dólar comercial encerrou esta quinta-feira (16) vendido a R$ 5,679, com recuo de R$ 0,029 (-0,51%). A cotação chegou a R$ 5,72 na máxima do dia, por volta das 12h30, mas recuou após o Banco Central vender US$ 830 milhões das reservas internacionais.

Com a ação do BC, o real passou a acompanhar as principais moedas internacionais, que se valorizaram diante do dólar. Isso ocorreu no dia seguinte ao anúncio de que o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) pretende aumentar os juros básicos norte-americanos três vezes em 2022.

No mercado de ações, a bolsa subiu, impulsionada pelas commodities. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 108.326 pontos, com alta de 0,83%. Produtos de empresas dos setores de minério de ferro e de petróleo puxaram a alta na bolsa brasileira. O otimismo com a economia chinesa está voltando após o governo local intervir para amenizar os impactos do colapso de empresas do setor imobiliário. O país asiático é o principal consumidor das commodities brasileiras.

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* Com informações da Reuters

Edição: Aline Leal

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ECONOMIA

CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos

Técnica amplia a produção, melhora a qualidade das mudas e favorece a sustentabilidade no campo

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CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos. Fotos: CRV

A CRV Industrial, usina bioenergética localizada em Carmo do Rio Verde, está investindo no plantio por Meiose como uma estratégia para otimizar o cultivo da cana-de-açúcar. Esse método permite que parte da área seja plantada inicialmente para gerar mudas destinadas ao restante da lavoura, possibilitando o uso temporário da terra com outras culturas ou o pousio.

De acordo com o superintendente agrícola, Carlos Jordão, a técnica visa otimizar o plantio, reduzir custos e preservar a área de moagem. Como teste inicial, a empresa implantou 100 hectares com Meiose, que se transformarão em 900 hectares para atender à área planejada. Esse sistema também já está sendo utilizado na unidade da empresa em Minas Gerais.

Jordão destaca que as principais vantagens desse método incluem a redução de operações agrícolas, a diminuição de custos, maior flexibilidade na janela de plantio, viabilidade do plantio em períodos chuvosos, interrupção do ciclo de pragas, melhor qualidade das mudas, maior rendimento no corte e preservação da cana destinada à moagem. “Entretanto, desafios como a necessidade de mão de obra especializada e o manejo dos tratos culturais da linha-mãe ainda são pontos de atenção”, ressalta.

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Na CRV Industrial, o manejo da Meiose está sendo realizado com MPB (Mudas Pré-Brotadas), o que otimiza o processo e permite melhor aproveitamento da janela de plantio. A maior parte das mudas está sendo utilizada em plantios de um ano e meio, sendo metade mecanizada e metade por Meiose. Esse modelo contribui para a redução da área de mudas cortadas, pois uma única linha pode se desdobrar em oito a dez linhas.

A linha de Meiose exige um investimento maior devido à irrigação, com custo médio de R$ 17 mil por hectare. No entanto, a quebra da Meiose gera economias significativas em transporte e outros custos operacionais. “Quando se divide o custo total, o valor final fica em torno de R$ 11 mil por hectare. A ideia é expandir a técnica para uma área entre 2.500 e 3.000 hectares, economizando hectares de mudas e mantendo um custo competitivo em relação ao plantio mecanizado”, explica Carlos Jordão.

A CRV Industrial aposta nessa estratégia para aumentar a eficiência e a sustentabilidade na produção de cana-de-açúcar. Além da redução de custos, a possibilidade de plantar outras culturas entre as linhas da Meiose permite um melhor aproveitamento da terra e contribui para a melhoria do solo. O projeto reforça o compromisso da empresa com a inovação e a busca por soluções sustentáveis para o setor sucroenergético.

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