Aumento da demanda força prefeitura de Belo Horizonte a ampliar leitos

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Diante do crescente número de pacientes com problemas respiratórios e sintomas gripais buscando atendimento em unidades públicas de saúde de Belo Horizonte (MG), a prefeitura da capital mineira anunciou que vai ampliar o atual número de leitos para internação hospitalar.

Em nota, a prefeitura informou que a abertura de até 70 leitos de enfermaria para atender a pacientes que precisem ser internados por questões respiratórias está prevista para ocorrer até o próximo fim de semana.

Ainda na nota, a pasta esclarece que os pacientes com sintomas gripais podem, se necessário, ocupar leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e de enfermarias destinados ao atendimento de pessoas com covid-19, mesmo que a infecção pelo novo coronavírus ainda não tenha sido diagnosticada, pois os sintomas das doenças são semelhantes.

Considerando os 22 hospitais da rede do Sistema Único de Saúde (SUS) e os 22 da rede suplementar, ou seja, privados, Belo Horizonte conta, até o momento, com 201 leitos de UTI aptos a receber pacientes diagnosticados com covid-19. Destes, 64% estavam ocupados na tarde desta terça-feira (3). Além disso, a cidade conta com 466 vagas em enfermarias para covid-19, das quais 75% estavam ocupadas ontem a tarde.

Quando analisados apenas os hospitais públicos, a demanda por leitos de enfermaria já excede a oferta. Com 220 vagas para cuidar de pacientes com a covid-19 em enfermarias de unidades de saúde da rede SUS, a Secretaria de Saúde atendeu a 236 pessoas no último domingo (2) e a 231 casos na segunda-feira (3).

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Segundo a secretaria municipal de Saúde, a taxa de ocupação de leitos de enfermaria na rede SUS superior a 100% da capacidade não significa que pessoas estejam deixando de ser atendidas. “Estes pacientes além dos 100% estão internados nos hospitais utilizando todos os recursos que um paciente com esse perfil necessita, como insumos e equipamentos”, garantiu a pasta.

Funcionamento

A maior procura da população por atendimento médico também motivou a prefeitura de Belo Horizonte a estender o horário de funcionamento de nove centros de saúde como forma de desafogar as Unidades de Pronto Atendimento (Upas).

Além de passarem a funcionar das 7h às 22h30 de segunda-feira a sexta-feira, as unidades escolhidas (uma por regional) também estarão abertos aos finais de semana e feriados, entre as 7h e as 22h. Para isso, a prefeitura anunciou um incremento de 173 profissionais de saúde, sendo 84 deles, médicos.

Já no último dia 29, quando anunciou a medida, o prefeito Alexandre Kalil chamou a atenção para a situação. “Há uma epidemia de gripe no Brasil inteiro e nós não podemos simplesmente assistir. Temos que seguir o exemplo do que tem sido feito durante a pandemia de covid-19 e tentar atuar da forma mais rápida possível para que o problema seja amenizado”.

Na mesma ocasião, o secretário municipal de Saúde, Jackson Machado, comentou que só a demanda por leitos para crianças com problemas respiratórios tinha aumentado 75% nas duas semanas anteriores – período em que os centros de saúde da capital mineira registraram um aumento de 46% no número de casos de síndrome respiratória.

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“Todas as pessoas com sintomas de doenças respiratórias que procurarem nossas unidades farão o teste antígeno. Grávidas, puérperas ou pessoas com comorbidade que tiverem sintomas respiratórios, com teste rápido negativo, serão submetidas também ao PCR”, garantiu o secretário.

As unidades que vão funcionar com horário ampliado são as seguintes:

Regional Oeste – Centro de Saúde Vila Imperial – Rua Guilherme Pinto da Fonseca, 350, Madre Gertrudes

Regional Leste – Centro de Saúde Vera Cruz- Praça Pedro Lessa, 36, Vera Cruz

Regional Centro-Sul – Centro de Saúde Nossa Senhora Aparecida – Rua Paulino Marquês Gontijo, 109, Novo São Lucas

Regional Pampulha – Centro de Saúde Santa Terezinha – Rua Senador Virgílio Távora, 157, Santa Terezinha

Regional Venda Nova – Centro de Saúde Jardim Europa – Rua Edimburgo, 140, Jardim Europa

Regional Norte – Centro de Saúde Floramar – Avenida Saramenha, 3, Guarani

Regional Nordeste – Centro de Saúde Cachoeirinha – Rua Borborema, 1.325, Cachoeirinha

Regional Noroeste – Centro de Saúde Califórnia – Avenida das Castanholas, 277, Califórnia

Regional Barreiro – Centro de Saúde Francisco Gomes Barbosa – Avenida Nélio Cerqueira, 15, Tirol

Edição: Valéria Aguiar

Fonte: EBC Saúde

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SAÚDE

Encontro promove troca de experiências internacionais no cuidado a pessoas com sífilis

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O Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (Dathi) promoveu, na terça-feira (11), o webinário Atuação da Enfermagem na Atenção às Pessoas com Sífilis – Relatos de Experiências. O evento, moderado pelo Ministério da Saúde e pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), em cooperação internacional com o Ministério de Saúde e Bem-estar Social do Paraguai, reuniu profissionais e gestores de enfermagem do Brasil e do Paraguai, proporcionando um espaço para a troca de experiências sobre as melhores práticas no tratamento da sífilis

Durante o evento, a Coordenação-Geral de Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis brasileira destacou a relevância da troca de experiências entre os profissionais de Saúde entre os dois países para a atualização das práticas de prevenção e manejo da doença, principalmente em gestantes e populações mais vulnerabilizadas, destacando a participação ativa dos profissionais de enfermagem e a colaboração internacional para fortalecer o combate à sífilis na América Latina. 

As representantes do Paraguai, enfermeiras Lucia Belém Martinez Alderete e Alan Nícolas Ascona Gonzales, compartilharam experiências no combate à sífilis congênita, com foco em estratégias de monitoramento e gestão. No Brasil, a enfermeira Ivani Gromann apresentou o trabalho realizado na Atenção Primária à Saúde em Cacoal (Rondônia), enquanto o enfermeiro Erasmo Diógenes discutiu as abordagens no atendimento de pessoas em situação de rua em São José do Rio Preto (São Paulo) e Maria Alix (Ceará) sobre o uso racional da penicilina. 

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O webinário também destacou os desafios enfrentados pelos profissionais de saúde – especialmente em relação à interpretação de exames e à avaliação de cicatrizes sorológicas, que podem levar à tratamentos inadequados, principalmente em gestantes. 

Outro ponto discutido foi o uso racional da penicilina no tratamento da sífilis, um medicamento regulamentado para prescrição pela enfermagem, mas que ainda enfrenta desafios para garantir que todos os profissionais de saúde estejam qualificados para utilizá-la corretamente. 

Em relação ao atendimento a pessoas em situação de rua, foi apresentado o modelo de cuidado desenvolvido em São José do Rio Preto, enfatizando a distribuição de kits de saúde e a realização de exames no local. 

Swelen Botaro e João Moraes
Ministério da Saúde

Fonte: Ministério da Saúde

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