Índice que mede desempenho de operadoras de saúde caiu 1,2% em 2020

O índice que mede o desempenho das operadoras de saúde teve queda de 1,2% no ano de 2020, segundo balanço divulgado hoje (6) pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Chamado de Índice de Desempenho das Operadoras (IDSS), o indicador é calculado a partir de 33 parâmetros definidos pela ANS e terminou o ano de 2020 em 0,7989, em uma escala em que 0 é a nota mínima e 1, a máxima.
O indicador é uma média de todas as operadoras de saúde do país, e a nota de cada uma pode ser conferida no site da ANS.
O IDSS estava em uma trajetória de alta desde 2017 e chegou a 0,8011 em 2019. Com a queda registrada em 2020, o índice continuou acima do patamar de 2018, que foi de 0,7691.
A agência reguladora avalia que a redução do desempenho do setor em alguns indicadores, em 2020, se deve à necessidade de ajustes frente à pandemia, o que não implica, necessariamente, queda de qualidade dos serviços prestados por operadoras de planos de saúde e prestadores de serviço de saúde.
Para o cálculo do IDSS, a ANS utiliza dados extraídos dos seus sistemas de informações gerenciais, ou informações coletadas nos sistemas nacionais de informação em saúde, gerando uma nota para cada operadora. Das 920 operadoras avaliadas, 868 operadoras atenderam a todos os requisitos normativos para que suas notas pudessem ser divulgadas.
A ANS também informa que 261 operadoras de planos de saúde realizaram pesquisas de satisfação com seus usuários. Segundo a agência, 85% dos beneficiários dessas operadores responderam “Bom” e “Muito bom” para a pergunta: “Como você avalia seu plano de saúde?”. E cerca de 81% dos beneficiários recomendariam o plano de saúde para amigos ou familiares.
Edição: Aline Leal


SAÚDE
Encontro promove troca de experiências internacionais no cuidado a pessoas com sífilis

O Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (Dathi) promoveu, na terça-feira (11), o webinário Atuação da Enfermagem na Atenção às Pessoas com Sífilis – Relatos de Experiências. O evento, moderado pelo Ministério da Saúde e pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), em cooperação internacional com o Ministério de Saúde e Bem-estar Social do Paraguai, reuniu profissionais e gestores de enfermagem do Brasil e do Paraguai, proporcionando um espaço para a troca de experiências sobre as melhores práticas no tratamento da sífilis.
Durante o evento, a Coordenação-Geral de Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis brasileira destacou a relevância da troca de experiências entre os profissionais de Saúde entre os dois países para a atualização das práticas de prevenção e manejo da doença, principalmente em gestantes e populações mais vulnerabilizadas, destacando a participação ativa dos profissionais de enfermagem e a colaboração internacional para fortalecer o combate à sífilis na América Latina.
As representantes do Paraguai, enfermeiras Lucia Belém Martinez Alderete e Alan Nícolas Ascona Gonzales, compartilharam experiências no combate à sífilis congênita, com foco em estratégias de monitoramento e gestão. No Brasil, a enfermeira Ivani Gromann apresentou o trabalho realizado na Atenção Primária à Saúde em Cacoal (Rondônia), enquanto o enfermeiro Erasmo Diógenes discutiu as abordagens no atendimento de pessoas em situação de rua em São José do Rio Preto (São Paulo) e Maria Alix (Ceará) sobre o uso racional da penicilina.
O webinário também destacou os desafios enfrentados pelos profissionais de saúde – especialmente em relação à interpretação de exames e à avaliação de cicatrizes sorológicas, que podem levar à tratamentos inadequados, principalmente em gestantes.
Outro ponto discutido foi o uso racional da penicilina no tratamento da sífilis, um medicamento regulamentado para prescrição pela enfermagem, mas que ainda enfrenta desafios para garantir que todos os profissionais de saúde estejam qualificados para utilizá-la corretamente.
Em relação ao atendimento a pessoas em situação de rua, foi apresentado o modelo de cuidado desenvolvido em São José do Rio Preto, enfatizando a distribuição de kits de saúde e a realização de exames no local.
Swelen Botaro e João Moraes
Ministério da Saúde
Fonte: Ministério da Saúde
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