Eletrobras teve lucro de R$ 5,7 bilhões em 2021

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A Eletrobras informou que o lucro consolidado em 2021 chegou a R$ 5,7 bilhões. O resultado se deu com o lucro líquido de R$ 610 milhões no quarto trimestre, que, segundo a companhia, foi influenciado positivamente por seu desempenho operacional. A empresa é responsável por 28% da geração da energia elétrica do Brasil, com capacidade instalada de 50.515 megawatts. No segmento de transmissão, a companhia detém cerca de 40% das linhas do país.

O lucro da estatal ficou abaixo do resultado de 2020 tanto no quarto trimestre quando no montante anual, que foi 11% inferior ao do ano anterior. Em 2020, o lucro havia sido de R$ 1,2 bilhão nos três últimos meses e de R$ 6,3 bilhões se considerados os 12 meses. Apesar disso, houve melhora na receita bruta, que totalizou R$ 44,4 bilhões.

Segundo a Eletrobras, o resultado anual de 2021 foi influenciado por provisões operacionais e por resoluções da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que promoveram repactuação do risco hidrológico e confirmaram a extensão dos prazos de outorgas de diversas usinas hidrelétricas da companhia.

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Além disso, houve impacto do resultado do reperfilamento do componente financeiro da Rede Básica de Sistemas Existentes (RBSE), no montante de R$ 4,8 bilhões.

No resultado do último trimestre, a empresa diz que o segmento de geração se destacou e também houve redução de 9% no custo com pessoal, material, serviços e outros, na comparação com o mesmo período de 2020. 

A Receita Operacional Líquida passou de R$ 9 bilhões, no quarto trimestre de 2020, para R$ 11,5 bilhões, nos mesmos meses de 2021, com crescimento de 27%. Segundo a Eletrobras, houve melhor performance nos contratos bilaterais e maior receita de liquidação na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), com destaque para a venda da energia importada do Uruguai. 

O lucro contabilizado antes de juros, impostos, depreciação e amortização, chamado de Ebtida IFRS, atingiu R$ 2,402 milhões no quarto trimestre de 2021. Em 2020, o valor foi negativo em R$ 299 milhões no mesmo período.

Edição: Graça Adjuto

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ECONOMIA

CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos

Técnica amplia a produção, melhora a qualidade das mudas e favorece a sustentabilidade no campo

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CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos. Fotos: CRV

A CRV Industrial, usina bioenergética localizada em Carmo do Rio Verde, está investindo no plantio por Meiose como uma estratégia para otimizar o cultivo da cana-de-açúcar. Esse método permite que parte da área seja plantada inicialmente para gerar mudas destinadas ao restante da lavoura, possibilitando o uso temporário da terra com outras culturas ou o pousio.

De acordo com o superintendente agrícola, Carlos Jordão, a técnica visa otimizar o plantio, reduzir custos e preservar a área de moagem. Como teste inicial, a empresa implantou 100 hectares com Meiose, que se transformarão em 900 hectares para atender à área planejada. Esse sistema também já está sendo utilizado na unidade da empresa em Minas Gerais.

Jordão destaca que as principais vantagens desse método incluem a redução de operações agrícolas, a diminuição de custos, maior flexibilidade na janela de plantio, viabilidade do plantio em períodos chuvosos, interrupção do ciclo de pragas, melhor qualidade das mudas, maior rendimento no corte e preservação da cana destinada à moagem. “Entretanto, desafios como a necessidade de mão de obra especializada e o manejo dos tratos culturais da linha-mãe ainda são pontos de atenção”, ressalta.

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Na CRV Industrial, o manejo da Meiose está sendo realizado com MPB (Mudas Pré-Brotadas), o que otimiza o processo e permite melhor aproveitamento da janela de plantio. A maior parte das mudas está sendo utilizada em plantios de um ano e meio, sendo metade mecanizada e metade por Meiose. Esse modelo contribui para a redução da área de mudas cortadas, pois uma única linha pode se desdobrar em oito a dez linhas.

A linha de Meiose exige um investimento maior devido à irrigação, com custo médio de R$ 17 mil por hectare. No entanto, a quebra da Meiose gera economias significativas em transporte e outros custos operacionais. “Quando se divide o custo total, o valor final fica em torno de R$ 11 mil por hectare. A ideia é expandir a técnica para uma área entre 2.500 e 3.000 hectares, economizando hectares de mudas e mantendo um custo competitivo em relação ao plantio mecanizado”, explica Carlos Jordão.

A CRV Industrial aposta nessa estratégia para aumentar a eficiência e a sustentabilidade na produção de cana-de-açúcar. Além da redução de custos, a possibilidade de plantar outras culturas entre as linhas da Meiose permite um melhor aproveitamento da terra e contribui para a melhoria do solo. O projeto reforça o compromisso da empresa com a inovação e a busca por soluções sustentáveis para o setor sucroenergético.

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