Fenabrave: vendas de veículos automotores têm queda de 6% em abril

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As vendas de veículos automotores novos tiveram queda de 6,07% em abril em comparação ao mesmo mês do ano passado. Foram comercializados 270.560 veículos, ante 288.045 em abril de 2021. Em comparação a março último, o declínio foi menor, de 1,11%. Já no acumulado do ano (de janeiro a abril), as vendas somam 996.900 unidades, 7,18% a menos do que o registrado no mesmo período do ano passado. Os dados divulgados hoje (3) são da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

“Temos notado uma recuperação gradativa nos emplacamentos. Apesar de ainda estarmos em retração, no acumulado do ano, notamos que, no fechamento do primeiro bimestre de 2022, o volume estava cerca de 13% menor se comparado a igual período de 2021. Agora, a retração caiu para pouco mais de 7%, o que sinaliza um movimento de retomada”, destacou o presidente da Fenabrave, Andreta Jr.

Setores

As vendas de automóveis e comerciais leves tiveram queda de 16,8% em abril, em comparação ao mesmo mês do ano passado. Em relação a março, houve alta de 1,08%. No acumulado do ano (de janeiro a abril), o declínio foi de 22,8% em comparação ao mesmo período do ano passado. 

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A comercialização de caminhões também caiu em abril: as vendas foram 4,4% menores do que o registrado no mesmo mês de 2021. Em relação a março de 2022, a queda foi de 7,4%. No acumulado do ano, a retração foi de 1,57%.

Já as motocicletas tiveram elevação nas vendas de 13,7% em abril em comparação ao mesmo mês de 2021. Em relação a março de 2022, houve queda de 2,13%. No acumulado do ano (de janeiro a abril), a comercialização de motocicletas teve alta de 27,4%.

Tratores e máquinas agrícolas, por não serem emplacados, apresentam dados com um mês de defasagem. Em março, as vendas foram 16,7% maiores do que no mesmo mês de 2021. Em relação a fevereiro, houve queda de 7%. Já no acumulado do ano (janeiro a março), foi registrada elevação de 29,9% nas vendas.

Edição: Maria Claudia

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ECONOMIA

CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos

Técnica amplia a produção, melhora a qualidade das mudas e favorece a sustentabilidade no campo

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CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos. Fotos: CRV

A CRV Industrial, usina bioenergética localizada em Carmo do Rio Verde, está investindo no plantio por Meiose como uma estratégia para otimizar o cultivo da cana-de-açúcar. Esse método permite que parte da área seja plantada inicialmente para gerar mudas destinadas ao restante da lavoura, possibilitando o uso temporário da terra com outras culturas ou o pousio.

De acordo com o superintendente agrícola, Carlos Jordão, a técnica visa otimizar o plantio, reduzir custos e preservar a área de moagem. Como teste inicial, a empresa implantou 100 hectares com Meiose, que se transformarão em 900 hectares para atender à área planejada. Esse sistema também já está sendo utilizado na unidade da empresa em Minas Gerais.

Jordão destaca que as principais vantagens desse método incluem a redução de operações agrícolas, a diminuição de custos, maior flexibilidade na janela de plantio, viabilidade do plantio em períodos chuvosos, interrupção do ciclo de pragas, melhor qualidade das mudas, maior rendimento no corte e preservação da cana destinada à moagem. “Entretanto, desafios como a necessidade de mão de obra especializada e o manejo dos tratos culturais da linha-mãe ainda são pontos de atenção”, ressalta.

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Na CRV Industrial, o manejo da Meiose está sendo realizado com MPB (Mudas Pré-Brotadas), o que otimiza o processo e permite melhor aproveitamento da janela de plantio. A maior parte das mudas está sendo utilizada em plantios de um ano e meio, sendo metade mecanizada e metade por Meiose. Esse modelo contribui para a redução da área de mudas cortadas, pois uma única linha pode se desdobrar em oito a dez linhas.

A linha de Meiose exige um investimento maior devido à irrigação, com custo médio de R$ 17 mil por hectare. No entanto, a quebra da Meiose gera economias significativas em transporte e outros custos operacionais. “Quando se divide o custo total, o valor final fica em torno de R$ 11 mil por hectare. A ideia é expandir a técnica para uma área entre 2.500 e 3.000 hectares, economizando hectares de mudas e mantendo um custo competitivo em relação ao plantio mecanizado”, explica Carlos Jordão.

A CRV Industrial aposta nessa estratégia para aumentar a eficiência e a sustentabilidade na produção de cana-de-açúcar. Além da redução de custos, a possibilidade de plantar outras culturas entre as linhas da Meiose permite um melhor aproveitamento da terra e contribui para a melhoria do solo. O projeto reforça o compromisso da empresa com a inovação e a busca por soluções sustentáveis para o setor sucroenergético.

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