Avança Saúde Diabetes faz diagnóstico e encaminha pacientes em SP

A prefeitura de São Paulo realiza hoje (28), das 8h às 17h, ação de promoção à saúde de pessoas com diabetes mellitus, para o monitoramento de cidadãos assistidos pelo Programa de Automonitoramento Glicêmico (PAMG) e a busca ativa por pessoas com a doença. Durante o Avança Saúde Diabetes, pacientes diagnosticados serão encaminhados para atendimento médico, de enfermagem, farmacêutico e nutricional. A ação envolverá as 470 unidades básicas de Saúde (UBSs) da cidade de São Paulo.
O diabetes mellitus é Doença Crônica Não Transmissível (DCNT) que ocorre quando o corpo não é capaz de produzir insulina (diabetes tipo 1) ou não consegue empregar de forma adequada a produzida (tipo 2) no pâncreas. A insulina é o hormônio responsável por controlar a quantidade de glicose no sangue. Além dos diabetes tipo 1 e tipo 2, existe também o diabetes gestacional, que, embora não seja crônico, pode trazer complicações à saúde da mãe e do bebê.
A doença é crônica e avança silenciosamente, podendo causar enormes prejuízos à saúde quando não é tratada corretamente, com riscos aumentados em caso de infecção por covid-19, danos aos olhos, rins, vasos sanguíneos, coração e nervos, entre outros.
Segundo dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde, no Brasil o percentual de diabéticos chegou a 9,14% em 2021. Esse índice, colhido a partir de mais de 27 mil entrevistas em todo o país, representa aumento de 11,47% sobre 2020.
Pelo menos 90% da incidência da doença na população é do tipo 2, que tem causas muitas vezes evitáveis, como ausência de hábitos saudáveis de alimentação, além de sedentarismo e sobrepeso. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que até 50% das pessoas não sabem que têm a doença.
Edição: Graça Adjuto


SAÚDE
Encontro promove troca de experiências internacionais no cuidado a pessoas com sífilis

O Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (Dathi) promoveu, na terça-feira (11), o webinário Atuação da Enfermagem na Atenção às Pessoas com Sífilis – Relatos de Experiências. O evento, moderado pelo Ministério da Saúde e pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), em cooperação internacional com o Ministério de Saúde e Bem-estar Social do Paraguai, reuniu profissionais e gestores de enfermagem do Brasil e do Paraguai, proporcionando um espaço para a troca de experiências sobre as melhores práticas no tratamento da sífilis.
Durante o evento, a Coordenação-Geral de Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis brasileira destacou a relevância da troca de experiências entre os profissionais de Saúde entre os dois países para a atualização das práticas de prevenção e manejo da doença, principalmente em gestantes e populações mais vulnerabilizadas, destacando a participação ativa dos profissionais de enfermagem e a colaboração internacional para fortalecer o combate à sífilis na América Latina.
As representantes do Paraguai, enfermeiras Lucia Belém Martinez Alderete e Alan Nícolas Ascona Gonzales, compartilharam experiências no combate à sífilis congênita, com foco em estratégias de monitoramento e gestão. No Brasil, a enfermeira Ivani Gromann apresentou o trabalho realizado na Atenção Primária à Saúde em Cacoal (Rondônia), enquanto o enfermeiro Erasmo Diógenes discutiu as abordagens no atendimento de pessoas em situação de rua em São José do Rio Preto (São Paulo) e Maria Alix (Ceará) sobre o uso racional da penicilina.
O webinário também destacou os desafios enfrentados pelos profissionais de saúde – especialmente em relação à interpretação de exames e à avaliação de cicatrizes sorológicas, que podem levar à tratamentos inadequados, principalmente em gestantes.
Outro ponto discutido foi o uso racional da penicilina no tratamento da sífilis, um medicamento regulamentado para prescrição pela enfermagem, mas que ainda enfrenta desafios para garantir que todos os profissionais de saúde estejam qualificados para utilizá-la corretamente.
Em relação ao atendimento a pessoas em situação de rua, foi apresentado o modelo de cuidado desenvolvido em São José do Rio Preto, enfatizando a distribuição de kits de saúde e a realização de exames no local.
Swelen Botaro e João Moraes
Ministério da Saúde
Fonte: Ministério da Saúde
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