Dólar fecha estável a R$ 5,27, em dia de decisão do Copom

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Em um dia de decisão sobre os juros básicos no Brasil e de poucas mudanças no cenário internacional, o dólar fechou estável, após alternar altas e baixas ao longo do dia. A bolsa de valores recuperou-se pelo segundo dia consecutivo, beneficiada por ações locais.

O dólar comercial encerrou esta quarta-feira (3) vendido a R$ 5,278, com recuo de apenas 0,02%. A cotação iniciou o dia tensa, chegando a subir para R$ 5,31 por volta das 11h30, passou a cair durante a tarde, mas ganhou força perto do fim das negociações, fechando estável.

O mercado de ações teve um dia mais tranquilo. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 103.775 pontos, com alta de 0,4%. Ações ligadas a mineradoras e siderúrgicas, que tinham subido ontem (2), caíram, mas papéis de empresas ligadas ao consumo, como varejistas, valorizaram-se hoje, com a expectativa de que o Banco Central (BC) esteja perto de encerrar o ciclo de altas dos juros básicos.

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Na reunião de hoje, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC elevou a taxa Selic de 13,25% para 13,75% ao ano. Apesar de não indicar o fim dos apertos, o comunicado do BC informou que a autoridade monetária deverá reduzir o ritmo de aumento, elevando os juros em 0,25 ponto na próxima reunião, no fim de setembro.

No cenário internacional, a continuidade das tensões entre China e Taiwan continuou a provocar turbulência nos mercados. No entanto, a declaração de uma diretora do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) de que o órgão pode reduzir o ritmo de aumento dos juros nos Estados Unidos diminuiu a pressão sobre o dólar.

Nas duas últimas reuniões, o Fed elevou os juros básicos em 0,75 ponto (em cada encontro). Segundo a presidente da unidade regional de São Francisco, Mary Daly, o Fed deverá subir os juros em 0,5 ponto na próxima reunião. Juros mais altos em economias avançadas estimulam a fuga de recursos de países emergentes, como o Brasil. Uma redução na intensidade do aperto monetário diminuirá as pressões no mercado internacional.

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*Com informações da Reuters

Edição: Nádia Franco

Fonte: EBC Economia

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CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos

Técnica amplia a produção, melhora a qualidade das mudas e favorece a sustentabilidade no campo

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CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos. Fotos: CRV

A CRV Industrial, usina bioenergética localizada em Carmo do Rio Verde, está investindo no plantio por Meiose como uma estratégia para otimizar o cultivo da cana-de-açúcar. Esse método permite que parte da área seja plantada inicialmente para gerar mudas destinadas ao restante da lavoura, possibilitando o uso temporário da terra com outras culturas ou o pousio.

De acordo com o superintendente agrícola, Carlos Jordão, a técnica visa otimizar o plantio, reduzir custos e preservar a área de moagem. Como teste inicial, a empresa implantou 100 hectares com Meiose, que se transformarão em 900 hectares para atender à área planejada. Esse sistema também já está sendo utilizado na unidade da empresa em Minas Gerais.

Jordão destaca que as principais vantagens desse método incluem a redução de operações agrícolas, a diminuição de custos, maior flexibilidade na janela de plantio, viabilidade do plantio em períodos chuvosos, interrupção do ciclo de pragas, melhor qualidade das mudas, maior rendimento no corte e preservação da cana destinada à moagem. “Entretanto, desafios como a necessidade de mão de obra especializada e o manejo dos tratos culturais da linha-mãe ainda são pontos de atenção”, ressalta.

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Na CRV Industrial, o manejo da Meiose está sendo realizado com MPB (Mudas Pré-Brotadas), o que otimiza o processo e permite melhor aproveitamento da janela de plantio. A maior parte das mudas está sendo utilizada em plantios de um ano e meio, sendo metade mecanizada e metade por Meiose. Esse modelo contribui para a redução da área de mudas cortadas, pois uma única linha pode se desdobrar em oito a dez linhas.

A linha de Meiose exige um investimento maior devido à irrigação, com custo médio de R$ 17 mil por hectare. No entanto, a quebra da Meiose gera economias significativas em transporte e outros custos operacionais. “Quando se divide o custo total, o valor final fica em torno de R$ 11 mil por hectare. A ideia é expandir a técnica para uma área entre 2.500 e 3.000 hectares, economizando hectares de mudas e mantendo um custo competitivo em relação ao plantio mecanizado”, explica Carlos Jordão.

A CRV Industrial aposta nessa estratégia para aumentar a eficiência e a sustentabilidade na produção de cana-de-açúcar. Além da redução de custos, a possibilidade de plantar outras culturas entre as linhas da Meiose permite um melhor aproveitamento da terra e contribui para a melhoria do solo. O projeto reforça o compromisso da empresa com a inovação e a busca por soluções sustentáveis para o setor sucroenergético.

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