Dólar fecha estável, vendido a R$ 5,11

A desaceleração da economia norte-americana e a deflação em agosto no Brasil contribuíram para segurar as pressões no mercado financeiro. O dólar e a bolsa fecharam próximos da estabilidade.
O dólar comercial encerrou esta quarta-feira (24) vendido a R$ 5,11, com alta de R$ 0,012 (+0,24%). A cotação chegou a encostar em R$ 5,08 no fim da manhã e no início da tarde, mas voltou a operar em alta perto do fim das negociações.
No mercado de ações, o índice Ibovespa, da B3 [Bolsa de Valores de São Paulo], fechou aos 112.898 pontos, com alta de apenas 0,04%. O indicador operou com ganhos durante a maior parte do dia, mas perdeu força no meio da tarde, puxado por ações de mineradoras.
A divulgação de que a venda de bens duráveis nos Estados Unidos em agosto teve desempenho pior que o esperado reduziu as pressões sobre o câmbio. A desaceleração da economia norte-americana reforça as expectativas de que o Federal Reserve (Fed, Banco Central dos Estados Unidos) aumente os juros básicos em 0,5 ponto na próxima reunião, desacelerando o ritmo de aperto monetário em relação aos dois últimos reajustes.
Fuga de capitais
Taxas mais altas em economias avançadas estimulam a fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil. Caso o Fed suba os juros menos que o esperado, isso beneficiará o mercado financeiro brasileiro, diminuindo as pressões sobre a bolsa e o dólar.
No plano doméstico, a divulgação de que a prévia da inflação oficial ficou negativa em agosto animou parte dos investidores. Em agosto, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) registrou deflação de 0,73%. O dado impulsionou ações de companhias de setores ligados ao consumo doméstico, como empresas varejistas, evitando que a bolsa fechasse em queda.
*Com informações da Reuters
Edição: Kleber Sampaio
Fonte: EBC Economia


ECONOMIA
CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos
Técnica amplia a produção, melhora a qualidade das mudas e favorece a sustentabilidade no campo

A CRV Industrial, usina bioenergética localizada em Carmo do Rio Verde, está investindo no plantio por Meiose como uma estratégia para otimizar o cultivo da cana-de-açúcar. Esse método permite que parte da área seja plantada inicialmente para gerar mudas destinadas ao restante da lavoura, possibilitando o uso temporário da terra com outras culturas ou o pousio.
De acordo com o superintendente agrícola, Carlos Jordão, a técnica visa otimizar o plantio, reduzir custos e preservar a área de moagem. Como teste inicial, a empresa implantou 100 hectares com Meiose, que se transformarão em 900 hectares para atender à área planejada. Esse sistema também já está sendo utilizado na unidade da empresa em Minas Gerais.
Jordão destaca que as principais vantagens desse método incluem a redução de operações agrícolas, a diminuição de custos, maior flexibilidade na janela de plantio, viabilidade do plantio em períodos chuvosos, interrupção do ciclo de pragas, melhor qualidade das mudas, maior rendimento no corte e preservação da cana destinada à moagem. “Entretanto, desafios como a necessidade de mão de obra especializada e o manejo dos tratos culturais da linha-mãe ainda são pontos de atenção”, ressalta.
Na CRV Industrial, o manejo da Meiose está sendo realizado com MPB (Mudas Pré-Brotadas), o que otimiza o processo e permite melhor aproveitamento da janela de plantio. A maior parte das mudas está sendo utilizada em plantios de um ano e meio, sendo metade mecanizada e metade por Meiose. Esse modelo contribui para a redução da área de mudas cortadas, pois uma única linha pode se desdobrar em oito a dez linhas.
A linha de Meiose exige um investimento maior devido à irrigação, com custo médio de R$ 17 mil por hectare. No entanto, a quebra da Meiose gera economias significativas em transporte e outros custos operacionais. “Quando se divide o custo total, o valor final fica em torno de R$ 11 mil por hectare. A ideia é expandir a técnica para uma área entre 2.500 e 3.000 hectares, economizando hectares de mudas e mantendo um custo competitivo em relação ao plantio mecanizado”, explica Carlos Jordão.
A CRV Industrial aposta nessa estratégia para aumentar a eficiência e a sustentabilidade na produção de cana-de-açúcar. Além da redução de custos, a possibilidade de plantar outras culturas entre as linhas da Meiose permite um melhor aproveitamento da terra e contribui para a melhoria do solo. O projeto reforça o compromisso da empresa com a inovação e a busca por soluções sustentáveis para o setor sucroenergético.
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