BNDES espera captar R$ 20 bilhões com organismos multilaterais

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O diretor de Finanças do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Lourenço Tigre, disse hoje (7) que embora o banco não seja tomador de recursos no mercado de capitais, porque pode utilizar o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), conseguiu programar em negociações com organismos multilaterais a captação de cerca de R$ 20 bilhões, “que dão bastante conforto para que o banco siga com o seu papel de financiar a economia, tanto a infraestrutura como créditos produtivos socioambientais”.

“O FAT provém com bastante conforto por um lado, e de outro lado temos evoluído bastante na discussão com organismos multilaterais, e com isso temos já hoje programado um pipeline de quase R$ 20 bilhões de captações com esses organismos”, disse na abertura encontro BNDES Day, promovido pela instituição e pelo Ministério da Economia, na sede do banco, no Rio de Janeiro.

Na visão do diretor, o banco está atualmente em uma situação de capital e de liquidez financeira extremamente saudável. O patrimônio líquido, segundo o diretor, atingiu R$ 137 bilhões, sendo o maior ao longo da história da instituição, “o que representa tranquilidade nesta área”.

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Além disso, ainda de acordo com Tigre, depois de ter feito o pagamento ao Tesouro neste ano, o banco está com uma posição de caixa na ordem de R$ 85 bilhões a R$ 90 bilhões, projetada até o fim do ano.

Tigre acrescentou que, como parte do processo de evolução do BNDES nos últimos anos, se nota que o nível de desembolso do banco caiu por parte da readequação da instituição para funcionar em uma nova estrutura, mas já mostra que está voltando para níveis mais altos.

“Temos desembolsos projetados para este ano na ordem de R$ 90 bilhões, com contratações acima de R$ 100 bilhões, o que indica a continuidade de desembolso crescente para 2023 e uma projeção de caixa, quando se olha o para o ano que vem, ainda no final do ano na ordem do que ela está hoje”, disse.

No mesmo encontro, o diretor de Concessões e Privatizações do BNDES, Fábio Abrahão, disse que a instituição se debruçou fortemente no tema do saneamento e a carteira do setor tem algo em torno de R$ 400 bilhões de capital mobilizado. “É a soma de compromissos de investimento com outorgas ou dívida com setor privado”, disse, destacando que a carteira de investimentos impacta a vida de mais de 40 milhões de brasileiros, sendo uma resposta do tamanho que o Brasil precisa.

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“A gente está falando de quase meio trilhão de reais entre operações já realizadas de capital mobilizado e o pipeline que a gente está deixando para a próxima gestão do banco. É muito importante que a gente guarde na cabeça. É muito, muito investimento”, disse o presidente do BNDES, Gustavo Montezano.

Edição: Fernando Fraga

Fonte: EBC Economia

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ECONOMIA

CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos

Técnica amplia a produção, melhora a qualidade das mudas e favorece a sustentabilidade no campo

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CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos. Fotos: CRV

A CRV Industrial, usina bioenergética localizada em Carmo do Rio Verde, está investindo no plantio por Meiose como uma estratégia para otimizar o cultivo da cana-de-açúcar. Esse método permite que parte da área seja plantada inicialmente para gerar mudas destinadas ao restante da lavoura, possibilitando o uso temporário da terra com outras culturas ou o pousio.

De acordo com o superintendente agrícola, Carlos Jordão, a técnica visa otimizar o plantio, reduzir custos e preservar a área de moagem. Como teste inicial, a empresa implantou 100 hectares com Meiose, que se transformarão em 900 hectares para atender à área planejada. Esse sistema também já está sendo utilizado na unidade da empresa em Minas Gerais.

Jordão destaca que as principais vantagens desse método incluem a redução de operações agrícolas, a diminuição de custos, maior flexibilidade na janela de plantio, viabilidade do plantio em períodos chuvosos, interrupção do ciclo de pragas, melhor qualidade das mudas, maior rendimento no corte e preservação da cana destinada à moagem. “Entretanto, desafios como a necessidade de mão de obra especializada e o manejo dos tratos culturais da linha-mãe ainda são pontos de atenção”, ressalta.

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Na CRV Industrial, o manejo da Meiose está sendo realizado com MPB (Mudas Pré-Brotadas), o que otimiza o processo e permite melhor aproveitamento da janela de plantio. A maior parte das mudas está sendo utilizada em plantios de um ano e meio, sendo metade mecanizada e metade por Meiose. Esse modelo contribui para a redução da área de mudas cortadas, pois uma única linha pode se desdobrar em oito a dez linhas.

A linha de Meiose exige um investimento maior devido à irrigação, com custo médio de R$ 17 mil por hectare. No entanto, a quebra da Meiose gera economias significativas em transporte e outros custos operacionais. “Quando se divide o custo total, o valor final fica em torno de R$ 11 mil por hectare. A ideia é expandir a técnica para uma área entre 2.500 e 3.000 hectares, economizando hectares de mudas e mantendo um custo competitivo em relação ao plantio mecanizado”, explica Carlos Jordão.

A CRV Industrial aposta nessa estratégia para aumentar a eficiência e a sustentabilidade na produção de cana-de-açúcar. Além da redução de custos, a possibilidade de plantar outras culturas entre as linhas da Meiose permite um melhor aproveitamento da terra e contribui para a melhoria do solo. O projeto reforça o compromisso da empresa com a inovação e a busca por soluções sustentáveis para o setor sucroenergético.

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