Economia

Dólar sobe para R$ 5,24 em dia de confirmação de Haddad na Fazenda

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No dia da confirmação de Fernando Haddad como o futuro ministro da Fazenda, o dólar subiu, influenciado tanto pelo cenário interno como por dados de inflação nos Estados Unidos. A bolsa de valores teve leve alta, amparada em ações de mineradoras, que estão se recuperando após o afrouxamento das restrições contra a covid-19 na China.

O dólar comercial fechou esta sexta-feira (9) vendido a R$ 5,246, com alta de R$ 0,03 (+0,57%). A cotação chegou a R$ 5,27 por volta das 11h, desacelerou para R$ 5,22 por volta das 13h e voltou a ganhar força ao longo da tarde.

Com o desempenho de hoje, a moeda norte-americana subiu 0,61% na semana. A divisa acumula alta de 0,84% em dezembro e cai 5,92% em 2022.

O mercado de ações teve um dia de leve recuperação após chegar ao menor nível desde agosto ontem (8). O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 107.520 pontos, com alta de 0,25%. A reabertura da economia chinesa, grande consumidora de matérias-primas, contribuiu para a elevação do índice. Em contrapartida, a queda do petróleo no mercado internacional empurrou para baixo as ações de petroleiras, as mais negociadas na bolsa brasileira.

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A alta do dólar não se deveu apenas ao mercado interno, marcado pelo anúncio de Haddad no Ministério da Fazenda. A moeda norte-americana subiu em todo o planeta após a inflação ao produtor nos Estados Unidos ter ficado acima do previsto em novembro, o que aumenta as chances de o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) manter o ritmo de aperto monetário.

Nas quatro últimas reuniões, o Fed elevou os juros em 0,75 ponto percentual em cada vez. Para o próximo encontro, que ocorrerá na terça (13) e na quarta-feira (14), os investidores estão divididos entre um novo reajuste de 0,75 ponto e um aumento de 0,5 ponto. Juros altos em economias avançadas estimulam a fuga de capitais em países emergentes, como o Brasil, pressionando o dólar e a bolsa.

*Com informações da Reuters

Edição: Nádia Franco

Fonte: EBC Economia

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ECONOMIA

CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos

Técnica amplia a produção, melhora a qualidade das mudas e favorece a sustentabilidade no campo

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CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos. Fotos: CRV

A CRV Industrial, usina bioenergética localizada em Carmo do Rio Verde, está investindo no plantio por Meiose como uma estratégia para otimizar o cultivo da cana-de-açúcar. Esse método permite que parte da área seja plantada inicialmente para gerar mudas destinadas ao restante da lavoura, possibilitando o uso temporário da terra com outras culturas ou o pousio.

De acordo com o superintendente agrícola, Carlos Jordão, a técnica visa otimizar o plantio, reduzir custos e preservar a área de moagem. Como teste inicial, a empresa implantou 100 hectares com Meiose, que se transformarão em 900 hectares para atender à área planejada. Esse sistema também já está sendo utilizado na unidade da empresa em Minas Gerais.

Jordão destaca que as principais vantagens desse método incluem a redução de operações agrícolas, a diminuição de custos, maior flexibilidade na janela de plantio, viabilidade do plantio em períodos chuvosos, interrupção do ciclo de pragas, melhor qualidade das mudas, maior rendimento no corte e preservação da cana destinada à moagem. “Entretanto, desafios como a necessidade de mão de obra especializada e o manejo dos tratos culturais da linha-mãe ainda são pontos de atenção”, ressalta.

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Na CRV Industrial, o manejo da Meiose está sendo realizado com MPB (Mudas Pré-Brotadas), o que otimiza o processo e permite melhor aproveitamento da janela de plantio. A maior parte das mudas está sendo utilizada em plantios de um ano e meio, sendo metade mecanizada e metade por Meiose. Esse modelo contribui para a redução da área de mudas cortadas, pois uma única linha pode se desdobrar em oito a dez linhas.

A linha de Meiose exige um investimento maior devido à irrigação, com custo médio de R$ 17 mil por hectare. No entanto, a quebra da Meiose gera economias significativas em transporte e outros custos operacionais. “Quando se divide o custo total, o valor final fica em torno de R$ 11 mil por hectare. A ideia é expandir a técnica para uma área entre 2.500 e 3.000 hectares, economizando hectares de mudas e mantendo um custo competitivo em relação ao plantio mecanizado”, explica Carlos Jordão.

A CRV Industrial aposta nessa estratégia para aumentar a eficiência e a sustentabilidade na produção de cana-de-açúcar. Além da redução de custos, a possibilidade de plantar outras culturas entre as linhas da Meiose permite um melhor aproveitamento da terra e contribui para a melhoria do solo. O projeto reforça o compromisso da empresa com a inovação e a busca por soluções sustentáveis para o setor sucroenergético.

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