Opinião

A presidente do PT critica a Justiça Eleitoral

No Estado Democrático de Direito, as regras gerais se aplicam a todos os indivíduos, instituições e demais segmentos sociais e empresariais, sem exceção.

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Júlio César Cardoso é servidor federal aposentado.

A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), voltou a criticar nesta sexta-feira (22), o funcionamento da Justiça Eleitoral e afirmou que o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi “impelido” a sair em defesa da instituição. Na quarta, 20, a petista defendeu que o País “não pode ter uma Justiça Eleitoral” e classificou a existência da instituição como “absurda”. Fonte: Estadão.

No Estado Democrático de Direito, as regras gerais se aplicam a todos os indivíduos, instituições e demais segmentos sociais e empresariais, sem exceção.

A contestação da existência da Justiça Eleitoral, para defender interesses políticos, é uma característica daqueles que não querem se submeter aos regramentos do Estado Democrático. Isso lembra bem as atitudes do ex-presidente Jair Bolsonaro contra as decisões do Tribunal Eleitoral.

É um despropósito a experiente parlamentar vir afirmar que é um absurdo a existência da Justiça Eleitoral, bem como que as multas aplicadas são inexequíveis, inviabilizando a existência das siglas.

Absurdo é uma parlamentar se fazer de ingênua para vir criticar regras sacramentadas no Código Eleitoral (Lei nº 4737/65), bem como em diversas normas e leis, aplicáveis para todos.

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Ora, senhora deputada, a multa é uma sanção prevista em lei para punir o descumprimento de uma obrigação legal. Além de pedagógica, a multa tem de ser sentida no bolso do infrator para que o mesmo não venha mais cometer as mesmas infrações.

Então, dizer que as multas inviabilizam a existência das siglas parece piada de botequim. Fale sério, não seja ridícula. Atente, deputada, não temos partidos políticos no Brasil, mas sim um cipoal de siglas partidárias, com integrantes que nem sempre defendem a mesma ideologia política e frequentemente trocam de partido.

Os partidos políticos, através de seus parlamentares, na verdade, não representam os interesses sociais, mas apenas tratam de politicagem, de acordos espúrios, de fisiologismo e de outras bandalheiras. É um exagero, até compreensível de quem vive de política para se sustentar, afirmar que os partidos são a base da sociedade democrática.

Veja só quanto se gastou para manter a farra dos partidos políticos, em 2022 – 5,6 bilhões de reais –, cujos recursos deveriam ter maior proveito se fossem aplicados no social.  Para que tantos partidos, se eles não representam em suas atitudes os anseios sociais? Por que, por exemplo, a candidatura avulsa, sem vinculação partidária, não encontra espaço para aprovação? O modelo político-partidário brasileiro precisa sofrer modificações. Partido político só serve para desfalcar o Tesouro Nacional.

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Assim como o voto distrital puro é a saída para a moralização política representativa, por aproximar o eleitor do político e vice-versa, a candidatura avulsa é mais democrática por não condicionar ou obrigar ninguém a vincular-se a partido político e por ser a forma mais barata de eleição.

A deputada afirmou que Justiça Eleitoral só existe no Brasil. Não é verdade. Segundo levantamento do Idea Internacional (Instituto Internacional para a Democracia e Assistência Eleitoral, na tradução para o português), 173 países contam com a Justiça para resolver conflitos relacionados às disputas eleitorais. Mas somente em 84 deles existe uma Justiça Eleitoral específica para isso, incluindo o Brasil. Então, a deputada blefa, sofisma descaradamente.

Júlio César Cardoso é servidor federal aposentado

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ARTIGO

Você sabe aproveitar as oportunidades do networking?

Pense comigo, você sugeriria alguém que considera sem credibilidade para uma vaga? A resposta é simples: claro que não. Pois além de não acreditar no trabalho da pessoa em questão, ainda corre o risco de você mesmo se prejudicar futuramente, já que você estaria assumindo um risco, no mínimo, desnecessário. Ou seja, isso só demonstra a importância dessa prática e como é essencial conseguirmos aproveitar as oportunidades que aparecem.

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Pedro Signorelli é especialista em gestão

A prática de networking, hoje em dia, é quase unanimidade nas empresas, independente do segmento ou tamanho. Afinal, quando os colaboradores passam a se conhecer, conviver e trabalhar juntos, começam a ter cada vez mais trocas. Essa interação pode ser bastante poderosa, sendo capaz de viabilizar parcerias positivas, não só de curto prazo, mas principalmente de longo, tanto para a vida pessoal, como para a vida profissional.

Alguns podem enxergar o networking como uma relação apenas de interesse, mas eu não acredito nisso. O verdadeiro networking está muito mais relacionado a criar conexões com as pessoas onde possa haver geração de valor para ambos os lados. E como isso acontece? A partir de construções de parceria, compartilhamento de ideias e informações, e até mesmo de indicações para vagas de emprego ou promoções dentro da própria empresa.

Pense comigo, você sugeriria alguém que considera sem credibilidade para uma vaga? A resposta é simples: claro que não. Pois além de não acreditar no trabalho da pessoa em questão, ainda corre o risco de você mesmo se prejudicar futuramente, já que você estaria assumindo um risco, no mínimo, desnecessário. Ou seja, isso só demonstra a importância dessa prática e como é essencial conseguirmos aproveitar as oportunidades que aparecem.

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E é justamente nessas tentativas de se recolocar no mercado de trabalho, por meio de um novo emprego, que o networking pode fazer a diferença na vida de uma pessoa. De acordo com dados disponibilizados por um estudo feito pela Harvard Business School, mais de 70% das vagas de emprego são preenchidas através de redes de contatos, o que apenas reforça a necessidade de construir e cultivar boas relações estabelecidas no ambiente de trabalho.

Neste sentido, engana-se aquele que pensa que só deve haver trocas com pessoas do mesmo setor e área de atuação. Querendo ou não, essa atitude acaba limitando bastante, pois não permite que você conheça espaços diferentes. Tenha em mente que quanto mais  diversificadas forem as suas relações, maior será o leque de possibilidades para você, seja para um aprendizado como para uma eventual transição de carreira. Nunca se sabe.

No entanto, não se desespere achando que precisa conversar com muitas pessoas ao mesmo tempo. Acredite, a qualidade das conexões é mais importante do que a quantidade. Por isso, considero fundamental aprender a cultivar essas relações, que são baseadas na confiança e no respeito. O networking genuíno traz oportunidades e, eventualmente, os melhores resultados para ambas as partes.

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Aliado a isso, penso também que alguém só vai te indicar se você realmente fizer um bom trabalho e tiver uma postura adequada. Você precisa conseguir deixar uma marca e se tornar uma referência positiva para as pessoas naquilo que você faz, pois é isso que pode ser o diferencial. É preciso ter substância, e não só aparência. Com isso, seus resultados no longo prazo tendem a ser melhores.

Pedro Signorelli é especialista em gestão

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