Isan Rezende entrevista Emílio Mouchrek, presidente da SMEA e do Conselho Técnico-Científico da Avimig

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No podcast Pensar Agro desta semana, apresentado por Isan Rezende,  o entrevistado é o e engenheiro agrônomo e mestre em Zootecnia Emílio Mouchrek, presidente da Sociedade Mineira dos Engenheiros Agrônomos (SMEA) e do Conselho Técnico-Científico e Ambiental da Associação dos Avicultores de Minas Gerais (AVIMIG).

Com larga experiência na área, Mouchrek traça um panorama realista do mercado de trabalho para os agrônomos, destacando os desafios impostos pela desatualização da grade curricular dos cursos de graduação em Agronomia, que, em muitos casos, não acompanha o ritmo acelerado dos avanços científicos e tecnológicos. Essa defasagem, segundo o especialista, pode gerar lacunas na formação dos profissionais, dificultando sua inserção no mercado de trabalho e sua competitividade em um cenário cada vez mais exigente.

O debate se estende às novas profissões que surgem no âmbito das ciências agronômicas, como o agrônomo gestor, o agrônomo ambiental e o agrônomo de precisão. Mouchrek reconhece a importância e a legitimidade dessas áreas de atuação, mas ressalta que elas não eliminam as funções basilares do Engenheiro Agrônomo, que continua sendo peça fundamental para o bom funcionamento do agronegócio.

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“Não vejo as novas profissões como uma ameaça à profissão de Engenheiro Agrônomo. Pelo contrário, acredito que elas complementam e enriquecem a nossa área de atuação”, afirma Mouchrek. “O importante é que cada profissional atue dentro de suas competências e atribuições, contribuindo para o desenvolvimento sustentável da agricultura brasileira.”

Na entrevista, Mouchrek também destaca o papel da SMEA e da Avimig na defesa dos direitos e interesses dos engenheiros agrônomos, na promoção da atualização profissional contínua e na busca por soluções para os desafios do setor. As entidades, segundo ele, trabalham em conjunto para fortalecer a profissão e garantir que os Engenheiros Agrônomos estejam preparados para os desafios do futuro.

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Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Mercado de Arroz: Preço em Queda e Expectativa por Exportações

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O mercado brasileiro de arroz continua a enfrentar uma queda acentuada nos preços, impulsionada pela colheita que avança rapidamente no país. No Rio Grande do Sul, o processo de ceifa já alcançou 26,21% da área semeada, conforme o mais recente levantamento do Instituto Riograndense do Arroz (Irga). A Fronteira Oeste lidera os trabalhos, seguida pela Planície Costeira Interna, Planície Costeira Externa, Região Central, Campanha e, por último, a Zona Sul.

A aceleração da colheita, em grande parte devido às condições climáticas favoráveis, tem intensificado a oferta de arroz no mercado, o que reforça a pressão para baixo nos preços. “A maior disponibilidade do grão tem influenciado diretamente a baixa nas cotações”, afirma o analista e consultor da Safras & Mercado, Evandro Oliveira.

Em relação aos preços, a média da saca de 50 quilos de arroz do Rio Grande do Sul (58/62% de grãos inteiros e pagamento à vista), referência principal no mercado nacional, foi cotada em R$ 83,02 na última quinta-feira (13). Este valor representa uma queda de 6,05% em comparação à semana anterior e um recuo de 15,56% em relação ao mesmo período do mês passado. Além disso, o preço atual é 18,03% inferior ao registrado no mesmo período de 2024.

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Exportações em Perspectiva

Enquanto o mercado doméstico enfrenta a pressão da colheita, as exportações permanecem como um fator de expectativa. Há rumores sobre a saída de um navio de arroz pelo porto de Rio Grande na próxima semana, já com parte da nova safra a bordo. “Para abril, ainda não há contratos fechados, apenas embarques negociados em dezembro de 2024”, explica Oliveira. Além disso, circulam informações sobre dois novos embarques, um de 32 mil toneladas e outro de 25 mil toneladas, com detalhes ainda não definidos sobre variedades ou destinos.

No mercado internacional, o Paraguai continua com contratos firmados em 2024, com preços variando entre US$ 360 e US$ 370 por tonelada. No entanto, os preços atuais caíram para US$ 300 a US$ 310 por tonelada, o que sugere uma maior pressão sobre o mercado global. O país vizinho também realizou vendas antecipadas para embarques em fevereiro, mas não houve novos negócios relevantes desde então.

Nos Estados Unidos, a guerra comercial com o México e as políticas do governo Trump ainda são fatores a serem observados, podendo alterar fluxos de exportação e criar novas oportunidades para fornecedores de arroz de outros países. “Uma escalada na disputa comercial pode fazer com que compradores mexicanos busquem o Mercosul, o que pode beneficiar o Brasil e outros produtores da região”, finaliza Oliveira.

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Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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