Adversidades climáticas já provocam atraso na colheita da safra 2024/25

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A colheita de soja no Brasil enfrenta um ritmo significativamente mais lento na safra 2024/25, com condições climáticas adversas dificultando o avanço dos trabalhos no campo. Em Mato Grosso, principal produtor nacional, apenas 1,41% da área cultivada foi colhida até o momento, o que representa um aumento de 0,71 ponto percentual em relação à semana anterior. Apesar disso, o percentual está bem abaixo dos 12,82% registrados na mesma época da safra passada.

A região médio-norte, maior produtora do Estado, apresenta o melhor desempenho relativo, com 2,15% da área colhida. No entanto, esse número ainda reflete um atraso de 15,93 pontos percentuais em comparação com o mesmo período do ciclo anterior. A região oeste, tradicionalmente a primeira a iniciar os trabalhos, mostra o maior atraso: apenas 1,10% da área foi colhida, contra 23,45% no ano passado.

Outras regiões, como nordeste e noroeste, apresentam os menores índices de avanço, com 0,57% e 1,13% da área colhida, respectivamente. Em contrapartida, as regiões sudeste, centro-sul e médio-norte destacam-se pelos maiores avanços semanais, com progressos próximos de 1 ponto percentual.

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O atraso na colheita reflete o plantio tardio em setembro e outubro de 2024, fora da janela climática ideal. Chuvas persistentes, que comprometem tanto o plantio quanto a colheita, agravaram a situação, especialmente nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Norte/Nordeste do país.

Este ritmo, um dos mais lentos desde a safra 2020/21, também impacta a logística e o planejamento das etapas subsequentes, como o cultivo de milho segunda safra. O cenário exige atenção redobrada dos produtores para mitigar perdas e ajustar estratégias diante das condições climáticas desafiadoras.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Safra 2025/26: Impacto do Clima e Perspectivas para Cana, Açúcar e Etanol no Centro-Sul

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Revisão de Março da StoneX para a Safra 2025/26

A terceira revisão das estimativas da safra 2025/26 de cana-de-açúcar no Centro-Sul trouxe ajustes importantes devido ao regime de chuvas abaixo da média nos primeiros meses do ano. Em janeiro e fevereiro, as precipitações somaram apenas 223,4 mm, 35% abaixo da média histórica, comprometendo a umidade do solo e impactando a produtividade dos canaviais.

Diante desse cenário, a consultoria StoneX revisou a estimativa de moagem para 608,5 milhões de toneladas, uma redução em relação à projeção anterior de 611,4 milhões de toneladas. Ainda assim, o volume representa a quarta maior safra da história. A produtividade por hectare (TCH) também sofreu corte, passando de 79,4 ton/ha para 71,9 ton/ha.

Apesar das condições climáticas adversas, o teor de sacarose da cana (ATR) foi revisado para cima, atingindo 141,1 kg/ton, favorecido pelo tempo seco. Com isso, a produção de açúcar foi reajustada para 41,7 milhões de toneladas, um crescimento de 4,2% em relação à safra anterior. As exportações também devem crescer, chegando a 32,6 milhões de toneladas.

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No setor de etanol, a expectativa é de menor demanda em comparação a 2024/25, com a produção projetada em 34,5 milhões de metros cúbicos (-2%). O aumento da mistura do etanol anidro na gasolina de 27% para 30%, ainda sem data definida, pode estimular a oferta do biocombustível. No caso do etanol de milho, a capacidade de produção no início da safra deve atingir 10,3 milhões de metros cúbicos anuais, com previsão de crescimento de 600 mil metros cúbicos ao longo do ciclo.

Revisão da Safra 2024/25

A StoneX também atualizou os dados da safra 2024/25, que está próxima da conclusão. Até a primeira metade de fevereiro, a moagem acumulada era de 614,4 milhões de toneladas, 5% abaixo do ciclo recorde de 2023/24. A produtividade média ficou em 78,5 ton/ha, com uma área colhida inflada pelo processamento de cana bisada.

O mix destinado ao açúcar ficou em 48%, levemente abaixo da projeção anterior, totalizando 40 milhões de toneladas (-5,6%). No mercado de etanol hidratado, as vendas no mercado interno foram estimadas em 21,6 milhões de metros cúbicos (+16% a/a), reduzindo os estoques finais, mas mantendo um volume relevante para o próximo ciclo.

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Perspectivas Climáticas e Impactos na Safra

O início de 2025 tem sido marcado por temperaturas acima da média no Centro-Sul, acelerando o processo de evapotranspiração e reduzindo a umidade do solo. Apesar disso, índices como o NDVI (que mede a saúde e a densidade da vegetação) continuam elevados, sugerindo um cenário relativamente favorável para a produtividade.

Se as previsões climáticas se concretizarem, com um volume de chuvas acima da média em março, a expectativa é de que o início da safra 2025/26 possa ser adiado. Caso contrário, a colheita deve começar adiantada, com uma cana de menor qualidade e um mix menos voltado para o açúcar, aumentando a oferta de etanol no período inicial do ciclo.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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