Mercado de Milho Apresenta Tendência Mista nas Bolsas Internacionais

Os principais contratos de milho encerraram a terça-feira (21) com variações mistas, conforme os dados divulgados pela consultoria TF Agroeconômica. O mercado foi influenciado pela queda do dólar e pela ausência de tarifas aplicadas pelos Estados Unidos, o que favoreceu uma demanda pelos portos americanos. Por outro lado, a demanda no Brasil segue aquecida, impulsionada pela iminente colheita da primeira safra e o plantio da safrinha. A consultoria destaca que, apesar da proximidade da nova oferta, a procura por milho neste início de ano está superando as expectativas, o que sustenta os preços.
Na B3, os preços do milho apresentaram oscilações durante o dia. O contrato com vencimento em março/25 fechou a R$ 77,56, com queda de R$ 0,57 no dia e R$ 1,60 na semana. Já o vencimento para maio/25 teve uma leve alta de R$ 0,04, encerrando a R$ 76,01, mas acumulou uma queda de R$ 0,82 na semana. O contrato de julho/25, por sua vez, subiu R$ 0,26, fechando a R$ 72,75, com uma alta de R$ 0,22 na semana.
Na Bolsa de Chicago, os preços do milho registraram alta, impulsionados pela proteção do mercado e pela boa demanda pelo grão norte-americano. O contrato de março/25, referência para a safra de verão no Brasil, subiu 1,19%, alcançando US$ 490,00 por bushel. Já o contrato de maio/25 avançou 1,67%, fechando a US$ 499,75 por bushel.
A alta recente no milho nos Estados Unidos levou os preços de volta ao patamar de outubro de 2023, com o contrato de julho/25 superando os US$ 5 por bushel, enquanto o contrato de maio se manteve próximo a esse valor. A reação positiva do mercado foi impulsionada pela ausência de tarifas desde o início da administração de Donald Trump, que, no entanto, ameaça impor tarifas de 25% sobre o México, o maior comprador de milho dos EUA.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio


Agronegócio
Mercado de Arroz: Preço em Queda e Expectativa por Exportações

O mercado brasileiro de arroz continua a enfrentar uma queda acentuada nos preços, impulsionada pela colheita que avança rapidamente no país. No Rio Grande do Sul, o processo de ceifa já alcançou 26,21% da área semeada, conforme o mais recente levantamento do Instituto Riograndense do Arroz (Irga). A Fronteira Oeste lidera os trabalhos, seguida pela Planície Costeira Interna, Planície Costeira Externa, Região Central, Campanha e, por último, a Zona Sul.
A aceleração da colheita, em grande parte devido às condições climáticas favoráveis, tem intensificado a oferta de arroz no mercado, o que reforça a pressão para baixo nos preços. “A maior disponibilidade do grão tem influenciado diretamente a baixa nas cotações”, afirma o analista e consultor da Safras & Mercado, Evandro Oliveira.
Em relação aos preços, a média da saca de 50 quilos de arroz do Rio Grande do Sul (58/62% de grãos inteiros e pagamento à vista), referência principal no mercado nacional, foi cotada em R$ 83,02 na última quinta-feira (13). Este valor representa uma queda de 6,05% em comparação à semana anterior e um recuo de 15,56% em relação ao mesmo período do mês passado. Além disso, o preço atual é 18,03% inferior ao registrado no mesmo período de 2024.
Exportações em Perspectiva
Enquanto o mercado doméstico enfrenta a pressão da colheita, as exportações permanecem como um fator de expectativa. Há rumores sobre a saída de um navio de arroz pelo porto de Rio Grande na próxima semana, já com parte da nova safra a bordo. “Para abril, ainda não há contratos fechados, apenas embarques negociados em dezembro de 2024”, explica Oliveira. Além disso, circulam informações sobre dois novos embarques, um de 32 mil toneladas e outro de 25 mil toneladas, com detalhes ainda não definidos sobre variedades ou destinos.
No mercado internacional, o Paraguai continua com contratos firmados em 2024, com preços variando entre US$ 360 e US$ 370 por tonelada. No entanto, os preços atuais caíram para US$ 300 a US$ 310 por tonelada, o que sugere uma maior pressão sobre o mercado global. O país vizinho também realizou vendas antecipadas para embarques em fevereiro, mas não houve novos negócios relevantes desde então.
Nos Estados Unidos, a guerra comercial com o México e as políticas do governo Trump ainda são fatores a serem observados, podendo alterar fluxos de exportação e criar novas oportunidades para fornecedores de arroz de outros países. “Uma escalada na disputa comercial pode fazer com que compradores mexicanos busquem o Mercosul, o que pode beneficiar o Brasil e outros produtores da região”, finaliza Oliveira.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio
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