Ministério da Saúde reúne instituições parceiras para fortalecer ações e estratégias ligadas à Rede Alyne

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Em setembro, com a atualização da Rede Cegonha para Rede Alyne, o Brasil deu um passo importante para o enfrentamento da morbimortalidade materna e infantil, especialmente nas populações mais sujeitas a situações de vulnerabilização.

Com a Rede Alyne, espera-se a distribuição mais equitativa dos recursos para a redução de desigualdades regionais e raciais, o fortalecimento do protagonismo da mulher sobre o gestar e parir e o incentivo às boas práticas na atenção ao nascimento e ao parto normal, fortalecendo a inserção de enfermeiras e de enfermeiros obstétricos nos serviços de saúde conforme tem sido demonstrado em evidências científicas e recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Com base nisso, representantes do Ministério da Saúde, do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) se reuniram, na quarta-feira (15), em Brasília, para avaliar as ações implementadas até o momento e definir estratégias de fortalecimento da iniciativa. O foco é organizar as redes de atenção à saúde seguindo o planejamento regional integrado (PRI) e considerando todas as particularidades, diversidades e pluralidades dos territórios brasileiros. 

A diretora do Departamento de Gestão do Cuidado Integral da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Saps), Grace Fatima Souza Rosa, destaca que a realização do evento é determinante para o sucesso do programa. “Precisamos fazer um olhar estratégico para o que já temos em funcionamento nos territórios e o que ainda precisamos articular, levando em conta que temos novos prefeitos e novos secretários de saúde”. 

Grace reforça, ainda, o compromisso do Ministério da Saúde de reduzir em 25% a mortalidade materna, de modo geral, até 2027 e, especificamente, em 50% a mortalidade para mulheres pretas e indígenas, também até 2027. “Entendemos que as mulheres pretas e indígenas são as mais prejudicadas, as que mais morrem e as que enfrentam maior dificuldade de acesso e cuidado”, acrescenta. 

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Ações estratégicas

Entre as ações do Ministério da Saúde em andamento há as novas estratégias para combate ao racismo; a expansão do telemonitoramento do pré-natal de alto risco; o fortalecimento da Rede de Bancos de Leite Humano; as estratégias para o cuidado obstétrico e neonatal; os cursos para qualificação de profissionais; e a expansão do Método Canguru (abordagem essencial para atenção a bebês prematuros). 

No evento, a assessora técnica do Conass Maria José Evangelista ressaltou a importância do combate ao racismo e da organização do trabalho em rede. “Após diálogos com o Ministério da Saúde, passamos a ter um olhar mais atento para o combate ao racismo e às desigualdades. Entendemos que esse trabalho também é primordial para alcançarmos os nossos objetivos. Tão importante também é termos serviços conectados, que garantam a continuidade do cuidado e a resolutividade do Sistema Único de Saúde, além de melhorar a relação dos profissionais e usuários”. 

Reforçando também a necessidade do trabalho em rede, a diretora do Departamento de Atenção Hospitalar, Domiciliar e de Urgência (DAHU), da Secretaria de Atenção Especializada à Saúde (Saes), Aline de Oliveira Costa, explicou que “precisamos ter muito claro com os gestores as responsabilidades. Não podem existir, por exemplo, maternidades lindas, mas que funcionem como ilhas. É preciso somarmos esforços, para que a gente de fato possa mudar a realidade da vida das mulheres e das crianças. Esse é o nosso grande objetivo”. 

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Mais sobre a Rede Alyne 

É uma das cinco redes temáticas do SUS e está organizada em seis componentes fundamentais: pré-natal; parto e nascimento; puerpério e atenção integral à saúde da criança; sistema logístico; sistema de apoio; e sistema de governança.  

Entre suas propostas, além da expansão das ações voltadas para saúde materna e infantil, estão a oferta de capacitação para qualificação do cuidado e estímulo ao pré-natal da parceria, para que se consiga o fortalecimento da rede de apoio nos cuidados desde a gestação até o acompanhamento do crescimento e do desenvolvimento da criança, entre outras. 

O encontro, que visou fortalecer o planejamento de ações de forma tripartite (com a participação dos três entes federados), possibilitou um planejamento compartilhado, com indicação clara de ações, responsáveis e prazos, para auxiliar no fortalecimento e no acompanhamento da implementação da Rede Alyne nos estados e municípios. 

Para o assessor técnico do Conasems Michael Diana, “uma importante meta é termos homogeneidade em um País de diversidade, para que o fluxo de atenção à saúde funcione de forma similar em todos os lugares. Fazer isso envolve comunicação e educação permanente, que são duas grandes preocupações dentro do Conasems. Temos um cenário de diversidade, e conseguir chegar com comunicação e entendimento em todas as secretarias municipais de saúde é o nosso principal desafio”. 

Finalmente, a Rede Alyne visa ampliar o acesso a serviços de saúde integrados e humanizados para gestantes, puérperas e crianças de todo o Brasil, promovendo maior equidade e justiça social. 

Ministério da Saúde

Fonte: Ministério da Saúde

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SAÚDE

Encontro promove troca de experiências internacionais no cuidado a pessoas com sífilis

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O Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (Dathi) promoveu, na terça-feira (11), o webinário Atuação da Enfermagem na Atenção às Pessoas com Sífilis – Relatos de Experiências. O evento, moderado pelo Ministério da Saúde e pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), em cooperação internacional com o Ministério de Saúde e Bem-estar Social do Paraguai, reuniu profissionais e gestores de enfermagem do Brasil e do Paraguai, proporcionando um espaço para a troca de experiências sobre as melhores práticas no tratamento da sífilis

Durante o evento, a Coordenação-Geral de Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis brasileira destacou a relevância da troca de experiências entre os profissionais de Saúde entre os dois países para a atualização das práticas de prevenção e manejo da doença, principalmente em gestantes e populações mais vulnerabilizadas, destacando a participação ativa dos profissionais de enfermagem e a colaboração internacional para fortalecer o combate à sífilis na América Latina. 

As representantes do Paraguai, enfermeiras Lucia Belém Martinez Alderete e Alan Nícolas Ascona Gonzales, compartilharam experiências no combate à sífilis congênita, com foco em estratégias de monitoramento e gestão. No Brasil, a enfermeira Ivani Gromann apresentou o trabalho realizado na Atenção Primária à Saúde em Cacoal (Rondônia), enquanto o enfermeiro Erasmo Diógenes discutiu as abordagens no atendimento de pessoas em situação de rua em São José do Rio Preto (São Paulo) e Maria Alix (Ceará) sobre o uso racional da penicilina. 

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O webinário também destacou os desafios enfrentados pelos profissionais de saúde – especialmente em relação à interpretação de exames e à avaliação de cicatrizes sorológicas, que podem levar à tratamentos inadequados, principalmente em gestantes. 

Outro ponto discutido foi o uso racional da penicilina no tratamento da sífilis, um medicamento regulamentado para prescrição pela enfermagem, mas que ainda enfrenta desafios para garantir que todos os profissionais de saúde estejam qualificados para utilizá-la corretamente. 

Em relação ao atendimento a pessoas em situação de rua, foi apresentado o modelo de cuidado desenvolvido em São José do Rio Preto, enfatizando a distribuição de kits de saúde e a realização de exames no local. 

Swelen Botaro e João Moraes
Ministério da Saúde

Fonte: Ministério da Saúde

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