Calmaria no Mercado de Arroz Sustenta Preço em Meio a Desafios no Setor

O mercado brasileiro de arroz atravessa um período de calmaria, com liquidez baixa e preços mantidos em níveis praticamente estáveis. Segundo Evandro Oliveira, analista e consultor da Safras & Mercado, os produtores adotam uma postura firme, retendo a oferta na expectativa de preços mais vantajosos, enquanto as indústrias enfrentam resistência para reajustar os valores devido às dificuldades impostas pelo setor varejista e atacadista, que segue pressionando as margens e dificultando o repasse de custos ao consumidor final.
Embora o dólar tenha recuado, sendo cotado recentemente abaixo de R$ 5,90, ainda se mantém em patamar favorável para as exportações. Contudo, as vendas externas enfrentam desafios significativos. A escassez de oferta e a queda acentuada nos preços do arroz em casca dos Estados Unidos, principal concorrente do Brasil no mercado internacional, dificultam a formalização de novos contratos.
A atual dinâmica do mercado reflete um impasse entre produtores e compradores. “Enquanto os produtores tentam segurar o produto, esperando por melhores preços, as indústrias lidam com custos elevados e dificuldades para absorver novos aumentos”, explica Oliveira.
Oferta e Pressão no Curto Prazo
No curto prazo, a intensificação da colheita no Rio Grande do Sul, prevista para meados de fevereiro, deve aumentar a oferta do grão, pressionando ainda mais os preços. A média da saca de 50 quilos de arroz (58/62% de grãos inteiros e pagamento à vista) no estado gaúcho, principal referência nacional, foi cotada a R$ 100,28 na última quinta-feira (23), registrando uma alta de 0,26% em relação à semana anterior. Quando comparado ao mesmo período do mês anterior, houve uma queda de 0,52%, e em relação a 2024, o valor é 22,37% inferior.
Avanço da Safra 2024/25 e Condições Climáticas Favoráveis
No campo, a safra 2024/25 segue avançando, com os primeiros cortes sendo realizados em Itaqui e Maçambara, regiões onde as lavouras semeadas no início de setembro começam a ser colhidas. De acordo com dados preliminares da Emater/RS, a produtividade tem sido satisfatória, alcançando até 8.750 kg/ha, sem impactos significativos da estiagem que afeta o estado desde dezembro.
As condições climáticas têm se mostrado favoráveis à cultura do arroz, com excelente disponibilidade de radiação solar e baixa umidade relativa do ar, o que contribui para a boa saúde das lavouras. No entanto, temperaturas que chegam perto de 40°C em algumas regiões geram preocupação, principalmente para lavouras em fase de floração e pré-floração.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio


Agronegócio
Comércio interestadual de leite, mel e ovos é autorizado para estabelecimentos cadastrados no e-Sisbi

Foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (14) o Decreto nº 12.408, que autoriza, em caráter excepcional, o comércio interestadual de leite fluido pasteurizado e ultrapasteurizado, de mel e de ovos in natura. A medida beneficia estabelecimentos registrados em serviços de inspeção estadual, distrital e municipal que possuam cadastro geral ativo no Sistema de Gestão de Serviços de Inspeção (e-Sisbi).
A autorização tem validade de um ano e não altera as exigências de saúde animal aplicáveis para o trânsito dos produtos, conforme programas oficiais de controle ou de erradicação de doenças do departamento de Saúde Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária (SDA/Mapa).
REQUISITOS PARA A COMERCIALIZAÇÃO INTERESTADUAL
Estabelecimentos e produtos que serão comercializados deverão estar cadastrados no e-SISBI.
Os produtos destinados ao comércio interestadual deverão apresentar rótulo com informações de rastreabilidade, incluindo o serviço de inspeção responsável, ser submetidos a controles oficiais e a programas de controle para assegurar a inocuidade do alimento e cumprir os critérios microbiológicos, físico-químicos e higiênico-sanitários estabelecidos na legislação.
Os registros acima deverão ser mantidos, no mínimo, pelo período de um ano, contado da data final do prazo de validade dos produtos.
O serviço de inspeção municipal poderá ser individual ou vinculado a consórcios públicos de municípios, neste caso, deverá constar, na rotulagem do produto, além das demais informações previstas na legislação: a identificação do consórcio em letras maiúsculas, na forma SIGLA – UF e a denominação do consórcio, o número de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço e o telefone de contato da sede.
O QUE É O E-SISBI?
É um sistema eletrônico que gerencia os serviços oficiais de inspeção de produtos de origem animal dos estados, Distrito Federal, municípios e consórcios de municípios. Ele permite o Cadastro Geral voluntário de todos os serviços de inspeção, dos estabelecimentos e produtos neles registrados, além de facilitar o processo de adesão ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-POA), dentro do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa).
Por meio do e-Sisbi, os serviços de inspeção podem indicar, de forma digital, estabelecimentos e produtos para adesão ao Sisbi-POA, mediante solicitação dos interessados.
Informações à imprensa
imprensa@agro.gov.br
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