Mercado de trigo sinaliza reversão de tendência: confira as perspectivas

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De acordo com análise da consultoria TF Agroeconômica, o mercado de trigo apresenta sinais de reversão de tendência, impulsionado por fundamentos sólidos como a menor oferta tanto no Brasil quanto no mercado internacional, além de um dólar relativamente elevado. As projeções indicam alta para o primeiro semestre de 2025, demandando estratégias diferenciadas para os diversos agentes do setor.

Recomendações para cerealistas e moinhos

Para cerealistas e cooperativas que precisam liberar espaço para estocagem de soja e milho, a consultoria recomenda a venda do trigo físico e a substituição por contratos futuros com vencimento em julho ou setembro de 2025. Essa abordagem visa garantir os ganhos esperados no mercado.

Por outro lado, moinhos são orientados a aproveitar quedas no mercado de Chicago para adquirir contratos futuros, reduzindo os custos antes de uma provável elevação nos preços. Além disso, a consultoria sugere a participação em cursos voltados para operações seguras no mercado futuro, reforçando sua posição de destaque com mais de cinco décadas de atuação no setor.

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Cenário global: alta versus fatores de contenção

Entre os fatores que sustentam a tendência de alta estão:

  • Desvalorização do dólar frente ao euro, com queda acumulada superior a 2% na semana.
  • Preocupações climáticas na Rússia, como a possibilidade de geadas que podem afetar safras de inverno.
  • Ritmo acelerado das exportações ucranianas, que já alcançaram 65,19% da cota prevista para a temporada 2024/2025.

Entretanto, elementos de baixa também limitam o avanço dos preços, como:

  • Redução temporária das taxas de exportação na Argentina, elevando a competitividade do trigo argentino.
  • Preços mais baixos no mercado europeu.
  • Relatório do USDA, que apontou vendas de trigo abaixo do esperado nos Estados Unidos.
  • No Brasil, estoques abastecidos nos moinhos até março, dificultando altas expressivas no curto prazo.
Fundos de investimento e recuperação nos preços

No aspecto técnico, o mercado de trigo aponta para uma recuperação positiva, com fundos de investimento reduzindo suas posições líquidas vendidas tanto na bolsa de Chicago quanto na de Kansas. Esse movimento reforça a perspectiva de alta, mas demanda planejamento estratégico e monitoramento das oscilações de mercado para assegurar resultados favoráveis.

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Planejamento como chave para o sucesso

Embora o cenário apresente oportunidades promissoras, a volatilidade exige que agentes do setor estejam atentos às dinâmicas globais e locais, adotando estratégias assertivas para potencializar ganhos no mercado de trigo ao longo de 2025.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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Sistema Faemg Senar alerta para desafios da cafeicultura na safra 25

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A cafeicultura mineira enfrenta um cenário desafiador para a safra 2025, com impacto do clima adverso na produção e forte volatilidade no mercado. Segundo um informativo do Sistema Faemg Senar, a falta de chuvas e as altas temperaturas prejudicaram o desenvolvimento das lavouras, enquanto os preços futuros do café oscilaram diante da incerteza sobre a oferta brasileira. O relatório também aponta que as exportações no Sudeste Asiático seguem aquecidas, o que pode influenciar a competitividade do produto nacional.

De acordo com o levantamento, o desempenho das exportações de café no Vietnã e na Indonésia tem apresentado resultados contrastantes. No Vietnã, entre outubro de 2024 e fevereiro de 2025, os embarques totalizaram 11,44 milhões de sacas, embora ainda abaixo dos 13,24 milhões de sacas registrados na safra anterior. A principal razão dessa queda está relacionada à menor produção e estoques reduzidos. Já na Indonésia, o cenário é mais positivo. As exportações da temporada 2024/2025, entre abril de 2024 e janeiro de 2025, somaram 6,49 milhões de sacas, superando as expectativas e refletindo um aumento de 20% em relação ao ano anterior. A recuperação da safra e os preços atrativos ajudaram a impulsionar os embarques, e a estimativa é que as exportações alcancem 7,9 milhões de sacas.

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No Brasil, as incertezas sobre a produção continuam a afetar o mercado. O contrato de café para maio de 2025, que atingiu 410 c/lb, reflete o impacto de um clima adverso e a redução da oferta. Embora as previsões de chuvas possam suavizar a pressão sobre os preços, a alta volatilidade no mercado continua a ser um fator de preocupação para os produtores. No mercado físico de Minas Gerais, em fevereiro de 2025, o preço do café arábica tipo 6 registrou um aumento de 2,7%, com as regiões produtoras apresentando variações significativas: a Chapada de Minas teve uma alta de 13,8%, atingindo R$ 2.730/sc, enquanto o Cerrado Mineiro registrou R$ 2.701/sc, com um aumento de 5,7%.

Os desafios climáticos, como as altas temperaturas e a falta de chuvas, também afetaram a fase crítica da granação dos frutos, que define a qualidade e a produtividade da safra. A previsão para março é de retorno das chuvas em volumes acima da média histórica, especialmente nas regiões Sul de Minas, Campos das Vertentes e Montanhas de Minas. Com isso, a recomendação para os cafeicultores é seguir as previsões meteorológicas e intensificar o manejo fitossanitário das lavouras, controlando pragas e investindo em práticas nutricionais para garantir um bom desenvolvimento das plantas.

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A expectativa é que os preços do café fiquem entre R$ 2.500 e R$ 3.000 por saca até a entrada da safra, mas com uma possibilidade de queda devido à colheita. A orientação é que os produtores se atentem ao gerenciamento da produção, para mitigar perdas e otimizar os resultados durante este período de incerteza.

Fonte: Pensar Agro

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