Mercado de Trigo no Brasil em Janeiro: Transações Limitadas e Discrepâncias entre Compradores e Vendedores

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O mercado doméstico de trigo no Brasil registrou um mês de janeiro marcado por negociações restritas, devido à considerável disparidade entre os preços ofertados pelos vendedores e os valores aceitos pelos compradores. De acordo com o analista da Safras & Mercado, Elcio Bento, o Rio Grande do Sul viu transações limitadas, com um negócio fechado na última quinta-feira a R$ 1.280 por tonelada no FOB da região das Missões.

Bento destaca que os moinhos do estado alegam que não há espaço para novas aquisições até o final da primeira quinzena de março, com o foco do interesse voltado para retiradas entre abril e maio. No entanto, os preços ofertados não correspondem às expectativas dos vendedores, criando um impasse no mercado.

Em relação à comercialização da safra gaúcha, o analista informa que até o momento, 71% das 3,95 milhões de toneladas colhidas já foram comercializadas. Deste total, 1,65 milhão de toneladas foram destinadas à exportação, sendo 800 mil toneladas para trigo milling e 850 mil para trigo destinado à ração animal. Moinhos de outros estados adquiriram 420 mil toneladas, enquanto a indústria de sementes comprou 170 mil toneladas, e a de ração nacional ficou com 70 mil toneladas. No total, os moinhos gaúchos adquiriram 480 mil toneladas.

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A estimativa para a moagem local é de 1,9 milhão de toneladas. Para atingir essa meta, ainda será necessário que os moinhos adquiram 1,42 milhão de toneladas. O saldo restante de grãos no estado é de 1,16 milhão de toneladas, o que implica que, caso não ocorram novas vendas para fora do estado, será necessário importar 260 mil toneladas. Caso essa importação não se concretize, a moagem precisará ser ajustada para baixo, em relação às estimativas iniciais.

Fonte: Portal do Agronegócio

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Mercado de Arroz: Preço em Queda e Expectativa por Exportações

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O mercado brasileiro de arroz continua a enfrentar uma queda acentuada nos preços, impulsionada pela colheita que avança rapidamente no país. No Rio Grande do Sul, o processo de ceifa já alcançou 26,21% da área semeada, conforme o mais recente levantamento do Instituto Riograndense do Arroz (Irga). A Fronteira Oeste lidera os trabalhos, seguida pela Planície Costeira Interna, Planície Costeira Externa, Região Central, Campanha e, por último, a Zona Sul.

A aceleração da colheita, em grande parte devido às condições climáticas favoráveis, tem intensificado a oferta de arroz no mercado, o que reforça a pressão para baixo nos preços. “A maior disponibilidade do grão tem influenciado diretamente a baixa nas cotações”, afirma o analista e consultor da Safras & Mercado, Evandro Oliveira.

Em relação aos preços, a média da saca de 50 quilos de arroz do Rio Grande do Sul (58/62% de grãos inteiros e pagamento à vista), referência principal no mercado nacional, foi cotada em R$ 83,02 na última quinta-feira (13). Este valor representa uma queda de 6,05% em comparação à semana anterior e um recuo de 15,56% em relação ao mesmo período do mês passado. Além disso, o preço atual é 18,03% inferior ao registrado no mesmo período de 2024.

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Exportações em Perspectiva

Enquanto o mercado doméstico enfrenta a pressão da colheita, as exportações permanecem como um fator de expectativa. Há rumores sobre a saída de um navio de arroz pelo porto de Rio Grande na próxima semana, já com parte da nova safra a bordo. “Para abril, ainda não há contratos fechados, apenas embarques negociados em dezembro de 2024”, explica Oliveira. Além disso, circulam informações sobre dois novos embarques, um de 32 mil toneladas e outro de 25 mil toneladas, com detalhes ainda não definidos sobre variedades ou destinos.

No mercado internacional, o Paraguai continua com contratos firmados em 2024, com preços variando entre US$ 360 e US$ 370 por tonelada. No entanto, os preços atuais caíram para US$ 300 a US$ 310 por tonelada, o que sugere uma maior pressão sobre o mercado global. O país vizinho também realizou vendas antecipadas para embarques em fevereiro, mas não houve novos negócios relevantes desde então.

Nos Estados Unidos, a guerra comercial com o México e as políticas do governo Trump ainda são fatores a serem observados, podendo alterar fluxos de exportação e criar novas oportunidades para fornecedores de arroz de outros países. “Uma escalada na disputa comercial pode fazer com que compradores mexicanos busquem o Mercosul, o que pode beneficiar o Brasil e outros produtores da região”, finaliza Oliveira.

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Fonte: Portal do Agronegócio

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