Safra de Cafés do Brasil em 2024: Produção de 54,21 Milhões de Sacas de 60kg

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A safra de cafés do Brasil no ano-cafeeiro de 2024 alcançou um total de 54,21 milhões de sacas de 60kg, o que representa uma leve redução de 1,6% em relação ao volume produzido em 2023, que foi de 55,07 milhões de sacas. Este total engloba as espécies Coffea arabica (café arábica) e Coffea canephora (robusta + conilon), com a produção de Coffea arabica respondendo por 39,59 milhões de sacas, ou 73,03% da produção nacional. A produção de Coffea canephora, por sua vez, somou 14,61 milhões de sacas, correspondendo a 26,97% da safra total.

A produção das duas espécies ocorreu em uma área de aproximadamente 1,88 milhão de hectares, resultando em uma produtividade média nacional de 28,83 sacas por hectare, o que representa um leve decréscimo de 1,9% em relação ao ano anterior.

Desempenho da Espécie Coffea arabica

A produção de Coffea arabica alcançou 39,59 milhões de sacas, cultivadas em uma área de 1,50 milhão de hectares. A produtividade média foi de 26,2 sacas por hectare, apresentando um pequeno aumento de 0,2% em relação à safra de 2023.

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Desempenho da Espécie Coffea canephora

Já a produção de Coffea canephora no ano-cafeeiro de 2024 totalizou 14,61 milhões de sacas, colhidas em 372,42 mil hectares, com uma produtividade média de 39,2 sacas por hectare. Esse valor representa uma diminuição de 5,9% em comparação à produtividade da safra anterior.

Distribuição Regional da Produção

A produção de café no Brasil está distribuída em quase todos os estados do país, com destaque para a Região Sudeste, que respondeu por 88,08% da produção nacional em 2024, totalizando 47,75 milhões de sacas. Em seguida, a Região Nordeste contribuiu com 3,07 milhões de sacas (5,68%), e a Região Norte com 2,11 milhões de sacas (3,90%). As Regiões Sul e Centro-Oeste apresentaram produções menores, com 675,30 mil sacas (1,24%) e 524,00 mil sacas (1,01%), respectivamente.

Conclusão e Fontes

Os dados apresentados são baseados no Quarto Levantamento da Safra de Café 2024 da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), disponível no Observatório do Café, plataforma coordenada pela Embrapa Café e pelo Consórcio Pesquisa Café.

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4° Levantamento da Safra de Café de 2024

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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Inflação dos Alimentos e os Desafios da Agricultura Brasileira

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O Brasil se caracteriza por ser um país com segurança alimentar, apresentando oferta abundante de alimentos de qualidade e, em geral, acessíveis à população, conforme análise de José Zeferino Pedrozo, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/SC). Esse cenário é reflexo de uma agricultura moderna, tecnificada, sustentável e competitiva, composta por diversas cadeias produtivas que formam o vasto setor do agronegócio.

Entretanto, a agricultura, por ser uma atividade exposta a diversas variáveis incontroláveis, como o clima, sofre influências que impactam a produtividade, a produção, a sanidade das lavouras e, consequentemente, os resultados econômicos. Neste momento, os alimentos essenciais enfrentam aumento de preços, acompanhados por uma inflação persistente, o que tem pressionado o orçamento dos brasileiros. Não se pode apontar culpados diretos para essa realidade, mas sim reconhecer os fatores imperiosos que a originam.

Em 2024, o excesso de chuvas no Sul e a seca no Centro-Oeste afetaram severamente as principais culturas, resultando em uma perda de cerca de 30 milhões de toneladas de milho, soja, feijão, entre outras. Esse fenômeno climático não foi exclusivo do Brasil, pois impactos semelhantes ocorreram em diversos outros países. A consequência imediata foi o aumento da demanda global por proteínas, enquanto a oferta de grãos e carnes, tanto no Brasil quanto no resto do mundo, se reduzia. O reflexo disso foi o aumento generalizado dos preços dos alimentos nos mercados doméstico e internacional.

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Embora os custos de produção tenham experimentado uma redução em alguns insumos, como fertilizantes e defensivos, essa queda foi compensada pelos altos custos de energia elétrica, serviços, logística e outros componentes do denominado “custo Brasil”.

Diante desse cenário de preços elevados, tanto no Brasil quanto globalmente, não faz sentido que o Governo Federal considere uma intervenção no mercado. Experiências passadas já demonstraram que essa medida é equivocada, desorganiza o mercado e gera insegurança, afastando produtores e empresários rurais. O resultado é a desarticulação da produção, o que agrava ainda mais a escassez de alimentos.

O que o Governo pode fazer é ampliar a oferta de crédito rural, garantindo que os recursos sejam liberados de maneira oportuna para o preparo das lavouras. Apesar dos anúncios oficiais, produtores de diversas regiões têm se queixado da burocracia e da demora na liberação dos recursos, o que, muitas vezes, compromete o cumprimento dos prazos para plantio, prejudicando a produção e a produtividade na colheita.

Além disso, a importação de alimentos não é uma opção viável no atual contexto, pois, devido à desvalorização do real frente a outras moedas, os produtos importados chegariam ao consumidor com preços mais elevados do que os nacionais.

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A boa notícia, no entanto, é que o Brasil terá uma safra recorde de 330 milhões de toneladas em 2025, o que permitirá reequilibrar a dinâmica entre oferta e demanda, tanto no atacado quanto no varejo. Com isso, os consumidores brasileiros deverão encontrar alimentos com preços mais estabilizados, acessíveis e aceitáveis.

Para o futuro, não se trata de reinventar soluções, mas de apoiar os produtores e aprimorar as políticas de incentivo ao setor primário da economia – agricultura, pecuária, pesca e extrativismo – para garantir que o Brasil continue a liderar a produção de alimentos para o mundo.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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