Após sequência de valorizações, contratos futuros do açúcar registram queda nas bolsas internacionais

Os contratos futuros do açúcar encerraram a última sexta-feira (31) em baixa nas principais bolsas internacionais, interrompendo uma sequência de sete dias de valorização na ICE Futures de Nova York.
De acordo com a agência Reuters, o mercado manteve-se sustentado pela escassez de oferta no curto prazo. No entanto, as projeções favoráveis para a safra 2025/26 exerceram pressão baixista sobre os preços.
Nova York
Na ICE Futures, o contrato de açúcar bruto para março de 2025 fechou cotado a 19,35 centavos de dólar por libra-peso, uma retração de 12 pontos em relação à sessão anterior. O vencimento para maio de 2025 também registrou queda, recuando 11 pontos e sendo negociado a 17,88 cts/lb. Os demais contratos tiveram desvalorização entre 11 e 12 pontos.
A Reuters também destacou que a produção de açúcar na Índia para o ano comercial 2024/25, que se encerra em setembro de 2025, pode sofrer uma redução de 14,7%, totalizando 27,27 milhões de toneladas. Essa queda deve-se, sobretudo, ao redirecionamento de uma parcela maior da produção para a fabricação de etanol, conforme apontado por um órgão do setor.
Londres
Na ICE Futures Europe, em Londres, o açúcar branco também registrou desvalorização em todos os vencimentos. O contrato para março de 2025 foi negociado a US$ 519,50 por tonelada, queda de US$ 3,20. O contrato para maio de 2025 recuou US$ 1,10, sendo cotado a US$ 502,10 por tonelada. Os demais vencimentos apresentaram quedas entre 10 centavos e US$ 1,90.
Mercado doméstico
Diferentemente do cenário internacional, o mercado interno registrou alta nas cotações do açúcar cristal na sexta-feira, conforme o Indicador Cepea/Esalq, da USP. A saca de 50 quilos foi negociada a R$ 153,25, ante os R$ 150,21 da sessão anterior, o que representa uma valorização de 2,02%. No entanto, no acumulado de janeiro, o indicador registrou uma queda de 4,97%.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio


Agronegócio
Previsão do IBGE para Safra 2025: Aumento de 10,6% em Relação a 2024

Em fevereiro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou suas projeções para a safra de 2025, que totaliza 323,8 milhões de toneladas de cereais, leguminosas e oleaginosas, representando um aumento de 10,6% em comparação à produção de 2024, que foi de 292,7 milhões de toneladas. A previsão é de um acréscimo de 31,1 milhões de toneladas, embora a estimativa seja 0,5% inferior à de janeiro, com uma queda de 1,6 milhão de toneladas.
A área a ser colhida em 2025 será de 81,0 milhões de hectares, um crescimento de 2,4% em relação ao ano anterior, o que equivale a 1,9 milhão de hectares a mais. Em comparação a janeiro, houve um pequeno aumento de 28.921 hectares, ou 0,0%.
Os três principais produtos que compõem a estimativa de safra são arroz, milho e soja, os quais, somados, representam 92,9% da produção prevista e ocupam 87,5% da área a ser colhida. A área destinada à produção de algodão herbáceo (em caroço) cresceu 3,2%, enquanto o arroz em casca teve um aumento de 7,1%. Outros produtos, como feijão, soja e milho, também apresentaram variações significativas em suas áreas cultivadas e estimativas de produção.
Entre os destaques da estimativa estão a soja, com uma previsão de 164,4 milhões de toneladas, e o milho, que deve alcançar 124,8 milhões de toneladas (com 25,3 milhões de toneladas na primeira safra e 99,5 milhões de toneladas na segunda safra). Já a produção de arroz é estimada em 11,5 milhões de toneladas, a de trigo em 7,2 milhões de toneladas, a de algodão herbáceo (em caroço) em 9,0 milhões de toneladas, e a de sorgo em 4,1 milhões de toneladas.
Variação Regional da Produção e Participação por Estado
Em relação às variações anuais de produção por região, o Centro-Oeste, Sul, Sudeste, Nordeste e Norte apresentaram aumentos na produção, destacando-se o Sul, com 11,7% de crescimento. No entanto, as variações mensais indicaram declínios nas produções do Norte e Sul, enquanto o Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste registraram acréscimos.
Mato Grosso segue como o maior produtor nacional de grãos, com uma participação de 29,8%, seguido por Paraná (13,6%), Goiás (11,5%), Rio Grande do Sul (11,4%), Mato Grosso do Sul (7,9%) e Minas Gerais (5,6%). Esses estados juntos respondem por 79,8% da produção total do país. As regiões Centro-Oeste e Sul dominam a produção, com participações de 49,4% e 27,0%, respectivamente.
Destaques por Produto na Estimativa de Fevereiro de 2025
Em relação ao mês de janeiro, a produção de diversos produtos apresentou variações. O café canephora teve um aumento de 1,5%, e a produção de arroz cresceu 0,7%. Já a produção de milho da segunda safra aumentou 0,6%, enquanto a batata da segunda safra teve uma pequena elevação de 0,3%. Por outro lado, houve quedas na produção de batata da primeira safra (-4,8%), feijão da primeira safra (-1,9%) e soja (-1,3%).
As estimativas de produção também variaram significativamente entre os estados. Goiás, Minas Gerais e Paraná foram os estados com as maiores variações absolutas positivas, enquanto o Rio Grande do Sul, Rondônia e Alagoas registraram quedas em suas previsões.
Perspectivas para Produtos Específicos
- Arroz (em casca): A produção foi estimada em 11,5 milhões de toneladas, um aumento de 0,7% em relação ao mês anterior e de 9,0% em relação a 2024. O crescimento na área plantada se deve à atratividade dos preços da cultura.
- Batata-inglesa: A produção deve alcançar 4,3 milhões de toneladas, uma redução de 2,2% em relação ao mês de janeiro, com São Paulo apresentando uma queda de 16,8% na estimativa de produção.
- Café (em grão): A produção total de café, considerando as espécies arábica e canephora, foi estimada em 3,2 milhões de toneladas. A produção de café arábica teve uma queda de 12,8% em relação a 2024, refletindo uma bienalidade negativa. Já o café canephora apresentou crescimento de 4,9%.
- Cereais de inverno (em grão): Para o trigo, a produção foi estimada em 7,2 milhões de toneladas, com uma queda de 3,8% em relação ao ano passado. A produção de aveia e cevada, por outro lado, mostrou um pequeno aumento.
- Feijão (em grão): A produção de feijão foi estimada em 3,4 milhões de toneladas, um crescimento de 9,6% em relação a 2024, atendendo completamente ao consumo interno do Brasil.
Essas estimativas refletem a dinâmica da agricultura brasileira, com variações importantes tanto em termos de área plantada quanto de produção, com destaque para a soja e o milho, que continuam a dominar o cenário agrícola nacional.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio
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