Dólar inicia semana em alta diante da expectativa por novas tarifas dos EUA sobre metais

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O dólar abriu em alta nesta segunda-feira (10), impulsionado pela expectativa do mercado em relação ao novo pacote de tarifas que os Estados Unidos devem anunciar ainda hoje. O presidente americano, Donald Trump, revelou no domingo (9) que o governo planeja impor uma taxa de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio no país.

Atualmente, cerca de 25% do aço e 50% do alumínio utilizados nos EUA são provenientes do exterior, com diversos países entre os fornecedores, incluindo o Brasil. Dessa forma, a medida pode impactar significativamente as economias dos principais exportadores desses produtos, como Brasil, Canadá, México, China, Rússia e União Europeia, além de aumentar as preocupações com a inflação americana.

O encarecimento dos produtos importados pressiona os custos de produção nos Estados Unidos, elevando os preços ao consumidor final. Esse cenário pode levar o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) a manter taxas de juros elevadas por um período prolongado ou até mesmo promover novos aumentos. Juros altos aumentam a atratividade dos títulos públicos dos EUA, considerados os mais seguros do mundo, fortalecendo o dólar em relação a outras moedas.

Desempenho do dólar e do Ibovespa

Às 09h01, o dólar registrava alta de 0,34%, sendo cotado a R$ 5,8125. Na sexta-feira (7), a moeda americana encerrou o pregão com avanço de 0,51%, a R$ 5,7930. Com esse desempenho, a divisa acumulou uma desvalorização de 0,76% na semana, recuo de 6,26% no ano e estabilidade no mês.

Já o Ibovespa, principal índice acionário da B3, iniciará suas negociações às 10h. No último pregão, na sexta-feira (7), o índice fechou em queda de 1,27%, aos 124.619 pontos. No acumulado da semana, houve retração de 1,20%, enquanto no mês a variação ainda é positiva, com alta de 3,60% no ano.

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Reações internacionais e impacto econômico dominam as discussões financeiras desta segunda-feira

Em entrevista realizada antes de assistir ao Super Bowl 2025, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que “qualquer aço que entrar nos EUA terá uma tarifa de 25%”. A decisão, segundo Trump, será formalizada nesta segunda-feira. No entanto, o presidente não especificou os países que serão diretamente impactados pela medida.

Logo após o anúncio, autoridades dos principais países exportadores de aço e alumínio para os EUA começaram a se manifestar. Na Coreia do Sul, o Ministério da Indústria convocou representantes das siderúrgicas para discutir maneiras de minimizar os efeitos da tarifa sobre as empresas. Na Europa, a Comissão Europeia afirmou que não vê justificativa para a imposição das tarifas e se comprometeu a agir para proteger os interesses das empresas, trabalhadores e consumidores do bloco.

O ministro da Economia da Alemanha, Robert Habeck, reforçou que a União Europeia deve reagir de forma unificada e decisiva contra as restrições tarifárias unilaterais, destacando que o continente está preparado para enfrentar as consequências.

No Brasil, o governo ainda não se pronunciou oficialmente sobre o tema. De acordo com o blog da jornalista Ana Flor, o anúncio não causou surpresa, e, por ora, a orientação é analisar o impacto das tarifas antes de adotar uma resposta oficial.

Preocupação com a inflação nos EUA e impactos na política monetária

A principal apreensão sobre as novas tarifas de Trump refere-se ao potencial aumento da inflação nos Estados Unidos. Com o encarecimento das importações, os custos de produção nos EUA podem subir, afetando o poder de compra e impactando diretamente a economia. Esse cenário pode dificultar o processo de redução das taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA.

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Dirigentes do Fed já indicaram que não há pressa em reduzir as taxas de juros, que atualmente variam entre 4,25% e 4,50% ao ano. A instituição está monitorando de perto o contexto político e econômico para definir suas próximas ações, sendo a inflação um dos principais fatores em consideração. Com uma taxa de inflação atual de 2,9%, o Fed trabalha para levá-la até a meta de 2%.

Na quarta-feira (12), o Departamento de Comércio dos EUA divulgará os dados oficiais da inflação referentes a janeiro, e ao longo da semana, o presidente do Fed, Jerome Powell, deve fazer um pronunciamento que poderá oferecer novas indicações sobre a trajetória das taxas de juros.

Expectativas de inflação no Brasil

No cenário doméstico, a atenção se volta para a divulgação dos dados de inflação no Brasil, que ocorrerá nesta terça-feira (11). Além disso, nos próximos dias, outros indicadores econômicos serão revelados, trazendo mais clareza sobre o desempenho da economia nacional.

Nesta segunda-feira (10), o Banco Central do Brasil divulgou a mais recente edição do Boletim Focus, relatório que reúne as projeções dos economistas do mercado financeiro. As previsões para a inflação brasileira foram elevadas pela 17ª vez consecutiva, e agora, os economistas estimam que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve encerrar 2025 com uma alta de 5,58%, bem acima da meta estabelecida pelo governo, que é de 3%. A meta será considerada cumprida se a inflação ficar dentro do intervalo de 1,50% a 4,50%.

Fonte: Portal do Agronegócio

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Mercado de Arroz: Preço em Queda e Expectativa por Exportações

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O mercado brasileiro de arroz continua a enfrentar uma queda acentuada nos preços, impulsionada pela colheita que avança rapidamente no país. No Rio Grande do Sul, o processo de ceifa já alcançou 26,21% da área semeada, conforme o mais recente levantamento do Instituto Riograndense do Arroz (Irga). A Fronteira Oeste lidera os trabalhos, seguida pela Planície Costeira Interna, Planície Costeira Externa, Região Central, Campanha e, por último, a Zona Sul.

A aceleração da colheita, em grande parte devido às condições climáticas favoráveis, tem intensificado a oferta de arroz no mercado, o que reforça a pressão para baixo nos preços. “A maior disponibilidade do grão tem influenciado diretamente a baixa nas cotações”, afirma o analista e consultor da Safras & Mercado, Evandro Oliveira.

Em relação aos preços, a média da saca de 50 quilos de arroz do Rio Grande do Sul (58/62% de grãos inteiros e pagamento à vista), referência principal no mercado nacional, foi cotada em R$ 83,02 na última quinta-feira (13). Este valor representa uma queda de 6,05% em comparação à semana anterior e um recuo de 15,56% em relação ao mesmo período do mês passado. Além disso, o preço atual é 18,03% inferior ao registrado no mesmo período de 2024.

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Exportações em Perspectiva

Enquanto o mercado doméstico enfrenta a pressão da colheita, as exportações permanecem como um fator de expectativa. Há rumores sobre a saída de um navio de arroz pelo porto de Rio Grande na próxima semana, já com parte da nova safra a bordo. “Para abril, ainda não há contratos fechados, apenas embarques negociados em dezembro de 2024”, explica Oliveira. Além disso, circulam informações sobre dois novos embarques, um de 32 mil toneladas e outro de 25 mil toneladas, com detalhes ainda não definidos sobre variedades ou destinos.

No mercado internacional, o Paraguai continua com contratos firmados em 2024, com preços variando entre US$ 360 e US$ 370 por tonelada. No entanto, os preços atuais caíram para US$ 300 a US$ 310 por tonelada, o que sugere uma maior pressão sobre o mercado global. O país vizinho também realizou vendas antecipadas para embarques em fevereiro, mas não houve novos negócios relevantes desde então.

Nos Estados Unidos, a guerra comercial com o México e as políticas do governo Trump ainda são fatores a serem observados, podendo alterar fluxos de exportação e criar novas oportunidades para fornecedores de arroz de outros países. “Uma escalada na disputa comercial pode fazer com que compradores mexicanos busquem o Mercosul, o que pode beneficiar o Brasil e outros produtores da região”, finaliza Oliveira.

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Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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