Exportação de Carne Bovina Ultrapassa 99 Mil Toneladas até a Segunda Semana de Fevereiro

A Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgou nesta segunda-feira (17) que os embarques de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada totalizaram 99,8 mil toneladas até a segunda semana de fevereiro de 2025. Para efeito de comparação, no mesmo mês do ano anterior, as exportações alcançaram 178,5 mil toneladas ao longo de 19 dias úteis.
A média diária de exportação no período ficou em 9,9 mil toneladas, representando um aumento de 6,2% em relação à média registrada em fevereiro de 2024, que foi de 9,3 mil toneladas.
Os preços médios da carne bovina exportada atingiram US$ 4.948 por tonelada, refletindo uma valorização anual de 9,3% em comparação com os valores praticados no mesmo período do ano anterior, que estavam em US$ 4.526 por tonelada.
Em termos de receita, o montante negociado até a segunda semana de fevereiro alcançou US$ 494,078 milhões. Em 2024, o faturamento total do mês de fevereiro foi de US$ 808,285 milhões.
A média diária do faturamento ficou em US$ 49,407 milhões, registrando um crescimento de 16,1% em relação ao mesmo período do ano passado, quando a média foi de US$ 42,541 milhões.
Os dados refletem um cenário positivo para as exportações de carne bovina brasileira, impulsionado pelo aumento nos embarques e pela valorização do produto no mercado internacional.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio


Agronegócio
Especialistas Apontam Necessidade de Maior Conhecimento sobre o Mercado Chinês pelo Agro Brasileiro

A influência crescente da China no mercado global de grãos e as projeções para a negociação de soja e milho foram os principais temas abordados na 35ª edição do Fórum Nacional da Soja, realizado durante a 25ª Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque (RS). O evento, promovido pela Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS) e Cotrijal, contou com o patrocínio de CCGL e Sistema Ocergs Sescoop.
Na abertura do fórum, o presidente da FecoAgro/RS, Paulo Pires, destacou a importância da Expodireto como um espaço para difusão de tecnologia, inovação e cooperativismo, além de ser um ponto de discussão sobre temas relevantes, como a conservação do solo e o investimento em irrigação. Pires ressaltou que as mudanças climáticas têm intensificado os desafios relacionados à distribuição irregular das chuvas e ao aumento das temperaturas. “Precisamos de uma política pública que seja favorável ao Rio Grande do Sul. Não pedimos perdão de dívidas, nem anistia, mas sim uma política que nos ajude a superar este momento desafiador”, concluiu.
China e a Soja Brasileira: Desafios e Oportunidades
Em sua palestra, o investidor e especialista em China, Ricardo Geromel, abordou a relevância crescente do país asiático para a economia brasileira. Desde 2009, a China é o principal parceiro comercial do Brasil, e, nos últimos quatro anos, os negócios entre os dois países têm atingido números recordes. Geromel enfatizou que a soja é, sem dúvida, um dos maiores responsáveis por esse desempenho. “Mais da metade de toda a soja brasileira exportada vai para a China. O que você sabe sobre a China? Precisamos conhecer mais sobre o nosso maior comprador de soja. A China é a segunda maior economia do mundo e não podemos ignorar sua importância”, afirmou.
Cenários de Mercado: Produção, Custos e Desafios
Na segunda palestra, o sócio-diretor da Agroconsult, André Debastiani, apresentou uma análise das perspectivas para os mercados de soja e milho na safra 2024/2025. Para Debastiani, o ano será marcado por desafios significativos, com uma oferta de produção robusta no Brasil, mas com pressão sobre os preços devido à superprodução. “Vamos produzir mais do que o mundo consome, o que cria uma grande pressão sobre os preços. Além disso, o cenário inflacionário e o aumento dos custos de produção apertam as margens dos produtores, resultando em um nível elevado de endividamento”, destacou.
O especialista também observou que, embora a produção de grãos seja boa em algumas regiões, nem todos os estados terão bons resultados. “O centro-norte do país apresenta uma boa produção, mas o Rio Grande do Sul e o sul do Mato Grosso do Sul enfrentam problemas. O Rio Grande do Sul precisa de uma política pública eficaz para renegociar as dívidas dos produtores e oferecer medidas estruturantes de crédito, além de mais tecnologia para alcançar altas produtividades”, concluiu Debastiani.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio
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