Brasil Registra Segundo Maior Valor Histórico nas Exportações de Janeiro e Expande Presença em Novos Mercados

Publicados

O agronegócio brasileiro iniciou 2025 com resultados promissores, registrando exportações no valor de US$ 11 bilhões em janeiro, o segundo maior valor histórico para o mês. Esse desempenho reflete a continuidade da expansão observada no ano anterior, com avanços significativos em diversos setores. Apesar da redução nas exportações de soja, milho e do complexo sucroalcooleiro, o crescimento de outras commodities ajudou a impulsionar os números, especialmente com o aumento de 5,3% no índice geral de preços. O cenário positivo é resultado da valorização de produtos como café, celulose, carnes, suco de laranja e cacau.

Seis setores atingiram a marca de US$ 1 bilhão em exportações no mês, destacando-se carnes (18,9% do total), produtos florestais (13,8%), café (13,2%), complexo soja (10,1%), complexo sucroalcooleiro (10%) e cereais, farinhas e preparações (9,1%). Além disso, o Brasil consolidou sua presença em mercados estratégicos, como o de fibras e produtos têxteis (+45,1%), fumo (+44,3%) e sucos (+31,9%).

Destaques Positivos: Crescimento Expressivo em Produtos-Chave

Entre os principais destaques estão as exportações de café verde, que somaram US$ 1,3 bilhão, um aumento de 79,4%, impulsionado tanto pelas altas cotações internacionais (+63,8%) quanto pelo maior volume exportado (+9,5%). A celulose, por sua vez, teve crescimento de 44,1%, superando US$ 1 bilhão, com destaque para as vendas à China (+53,3%) e à União Europeia (+60,2%). O algodão também apresentou avanço de 47,5%, atingindo US$ 710,7 milhões, impulsionado pela safra recorde e pela demanda crescente de mercados como Paquistão e Vietnã. As exportações de carne suína cresceram 17,9%, totalizando US$ 215,6 milhões, com aumento expressivo nas vendas para Japão (+107,4%) e Filipinas (+64,5%).

Leia Também:  Produção de soja deverá atingir 153,2 milhões de toneladas
Diversificação de Mercados e Expansão de Oportunidades

A estratégia de diversificação de mercados, coordenada pela Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura (Mapa), tem gerado resultados concretos. Entre os novos destinos, destacam-se Paquistão (+166,3%), Bangladesh (+85,1%) e Turquia (+122,7%). A abertura de novos postos de adidância, como no caso de Bangladesh, tem fortalecido as relações comerciais e ampliado as oportunidades para os produtos brasileiros. A União Europeia, um dos parceiros comerciais mais importantes, registrou um crescimento de 39,5% nas compras de produtos agropecuários, totalizando US$ 1,89 bilhão.

A China, maior parceiro comercial do Brasil, segue sendo um mercado essencial, com destaque para o aumento das exportações de celulose (+53,3%) e fumo (+36,7%).

Perspectivas de Expansão: Novos Mercados e Produtos em Alta

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitará Japão e Vietnã em breve, com o objetivo de reforçar as relações comerciais e abrir novas portas para o agronegócio brasileiro. As frutas brasileiras, reconhecidas pela qualidade e sustentabilidade, apresentam grande potencial de crescimento. Recentemente, uma delegação brasileira participou da maior feira de frutas do mundo, realizada em Berlim, com a agenda de fortalecer a promoção comercial.

Leia Também:  Expectativa de Crescimento na Produção de Milho Segunda Safra em MS para 2024/25
Dados Relevantes sobre as Exportações do Setor Agropecuário

Entre os dados mais notáveis, as exportações de produtos não convencionais cresceram 13,8% em relação ao mesmo mês de 2024, refletindo uma maior diversificação da pauta exportadora. O Brasil exportou mais de 40 mil toneladas de sebo bovino, insumo essencial para a produção de biodiesel nos Estados Unidos. Além disso, as exportações de óleo essencial de laranja aumentaram 19,5%, com a União Europeia superando os Estados Unidos como principal destino. As vendas de gergelim para a Índia cresceram impressionantes 250,6%, consolidando o Brasil como um importante fornecedor dessa commodity, com previsão de crescimento ainda maior devido à recente abertura do mercado chinês.

Em 2024, o Brasil exportou mais de US$ 1,3 bilhão em frutas para 137 países, reforçando sua presença global.

Segundo o secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luís Rua, ferramentas como o AgroInsights e o Passaporte Agro têm sido fundamentais para a expansão das exportações. “Nosso objetivo é continuar qualificando a inserção dos produtos brasileiros no mercado internacional, diversificando destinos e ampliando a oferta de produtos, gerando mais renda e emprego no interior do país”, afirmou.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

Agronegócio

Safra 2025/26: Impacto do Clima e Perspectivas para Cana, Açúcar e Etanol no Centro-Sul

Publicados

em

Revisão de Março da StoneX para a Safra 2025/26

A terceira revisão das estimativas da safra 2025/26 de cana-de-açúcar no Centro-Sul trouxe ajustes importantes devido ao regime de chuvas abaixo da média nos primeiros meses do ano. Em janeiro e fevereiro, as precipitações somaram apenas 223,4 mm, 35% abaixo da média histórica, comprometendo a umidade do solo e impactando a produtividade dos canaviais.

Diante desse cenário, a consultoria StoneX revisou a estimativa de moagem para 608,5 milhões de toneladas, uma redução em relação à projeção anterior de 611,4 milhões de toneladas. Ainda assim, o volume representa a quarta maior safra da história. A produtividade por hectare (TCH) também sofreu corte, passando de 79,4 ton/ha para 71,9 ton/ha.

Apesar das condições climáticas adversas, o teor de sacarose da cana (ATR) foi revisado para cima, atingindo 141,1 kg/ton, favorecido pelo tempo seco. Com isso, a produção de açúcar foi reajustada para 41,7 milhões de toneladas, um crescimento de 4,2% em relação à safra anterior. As exportações também devem crescer, chegando a 32,6 milhões de toneladas.

Leia Também:  Expectativa de Crescimento na Produção de Milho Segunda Safra em MS para 2024/25

No setor de etanol, a expectativa é de menor demanda em comparação a 2024/25, com a produção projetada em 34,5 milhões de metros cúbicos (-2%). O aumento da mistura do etanol anidro na gasolina de 27% para 30%, ainda sem data definida, pode estimular a oferta do biocombustível. No caso do etanol de milho, a capacidade de produção no início da safra deve atingir 10,3 milhões de metros cúbicos anuais, com previsão de crescimento de 600 mil metros cúbicos ao longo do ciclo.

Revisão da Safra 2024/25

A StoneX também atualizou os dados da safra 2024/25, que está próxima da conclusão. Até a primeira metade de fevereiro, a moagem acumulada era de 614,4 milhões de toneladas, 5% abaixo do ciclo recorde de 2023/24. A produtividade média ficou em 78,5 ton/ha, com uma área colhida inflada pelo processamento de cana bisada.

O mix destinado ao açúcar ficou em 48%, levemente abaixo da projeção anterior, totalizando 40 milhões de toneladas (-5,6%). No mercado de etanol hidratado, as vendas no mercado interno foram estimadas em 21,6 milhões de metros cúbicos (+16% a/a), reduzindo os estoques finais, mas mantendo um volume relevante para o próximo ciclo.

Leia Também:  Preços da Carne Suína Sobem Com Oferta Ajustada ao Mercado
Perspectivas Climáticas e Impactos na Safra

O início de 2025 tem sido marcado por temperaturas acima da média no Centro-Sul, acelerando o processo de evapotranspiração e reduzindo a umidade do solo. Apesar disso, índices como o NDVI (que mede a saúde e a densidade da vegetação) continuam elevados, sugerindo um cenário relativamente favorável para a produtividade.

Se as previsões climáticas se concretizarem, com um volume de chuvas acima da média em março, a expectativa é de que o início da safra 2025/26 possa ser adiado. Caso contrário, a colheita deve começar adiantada, com uma cana de menor qualidade e um mix menos voltado para o açúcar, aumentando a oferta de etanol no período inicial do ciclo.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

VALE SÃO PATRÍCIO

PLANTÃO POLICIAL

ACIDENTE

POLÍTICA

MAIS LIDAS DA SEMANA