Fecitur/IGR Assume Papel Estratégico no Conselho Estadual de Turismo

A Federação dos Circuitos Turísticos de Minas Gerais (Fecitur/IGR) tomou posse, no último dia 10 de fevereiro, como membro do Conselho Estadual de Turismo para a gestão 2025-2026. A cerimônia, realizada em Belo Horizonte, reforçou o compromisso da entidade com a promoção do turismo sustentável no estado. Entre as principais atribuições da Fecitur/IGR está a implementação do recém-lançado Plano Diretor do Turismo Verde, iniciativa do Governo de Minas Gerais voltada à preservação das riquezas naturais e do patrimônio histórico e cultural mineiro.
O plano foi elaborado em uma ação conjunta entre as secretarias estaduais de Cultura e Turismo (Secult-MG), Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), com apoio da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge). A Fecitur/IGR desempenhou um papel central no processo, liderando 15 oficinas que reuniram representantes de 48 Instâncias de Governança Regionais (IGRs), 20 operadores turísticos nacionais, 42 receptivos mineiros e sete especialistas em turismo sustentável. Ao todo, cerca de 370 municípios participaram dos debates, consolidando o plano como uma iniciativa abrangente e colaborativa.
A implementação do Plano Diretor do Turismo Verde segue um modelo estruturado, começando em nível nacional e sendo adaptado às realidades regionais e municipais. Nos últimos dois anos, as oficinas realizadas pela Fecitur/IGR nos municípios destacaram o papel essencial das Instâncias de Governança Regionais na absorção e aplicação das diretrizes do plano. Com a publicação do plano nacional, os esforços foram intensificados para que, até março de 2025, as IGRs e prefeituras atualizem seus planos locais, garantindo que a sustentabilidade esteja no centro das políticas de turismo do estado.
Para a presidente da Fecitur/IGR, Teresa Lemos, o sucesso da iniciativa depende da mobilização de toda a cadeia produtiva do turismo. “A participação da Fecitur/IGR na execução do Plano Diretor do Turismo Verde é essencial, pois sua implementação só será eficaz com a adesão e o comprometimento das Instâncias de Governança Regionais e de todos os agentes do setor. Juntos, trabalharemos para fortalecer o turismo em Minas Gerais, promovendo práticas sustentáveis que beneficiem nossas comunidades e preservem nosso valioso patrimônio natural e cultural”, afirmou.
O engajamento das prefeituras, sobretudo nos municípios de menor porte, é um fator determinante para a concretização do plano. Muitas cidades com menos de 21 mil habitantes enfrentam desafios estruturais e dificuldades na capacitação da mão de obra local. Nesse sentido, a Fecitur/IGR atua como facilitadora, colaborando com os gestores municipais para aprimorar a infraestrutura turística, incluindo serviços essenciais como abastecimento de água e saneamento básico. O objetivo é preparar os destinos para receber visitantes de forma sustentável, respeitando a identidade cultural local e minimizando impactos sociais.
Com essa nova fase, a Fecitur/IGR reafirma seu papel estratégico na construção de um turismo responsável em Minas Gerais, fortalecendo o desenvolvimento sustentável e impulsionando a economia do setor no estado.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio


Agronegócio
“Biocombustíveis não são vilões da inflação”, diz presidente da CTE na Câmara

O debate sobre os impactos dos biocombustíveis na inflação voltou à tona nos primeiros meses de 2025, com o governo atribuindo parte da alta de preços a esses produtos. Para o deputado federal e presidente da Comissão de Transição Energética da Câmara dos Deputados, essa narrativa é equivocada e pode prejudicar a implementação de políticas estratégicas para o setor.
Ele destacou que a tentativa de vincular biocombustíveis ao aumento do custo de vida contrasta com a recente sanção da Lei do Combustível do Futuro, que atraiu R$ 200 bilhões em investimentos para ampliar a participação de combustíveis renováveis na matriz energética brasileira. “Não podemos deixar que a polêmica ‘food versus fuel’, criada na Europa, atrapalhe o avanço das energias renováveis no Brasil”, afirmou.
O parlamentar rebateu a ideia de que o Brasil enfrenta uma competição por terras agricultáveis como ocorre na União Europeia. Ele apontou que, enquanto países como Dinamarca, Irlanda e Países Baixos destinam mais de 60% de seus territórios à agricultura, o Brasil utilizou apenas 9% de sua área para a produção agropecuária em 2024. Além disso, há cerca de 159 milhões de hectares degradados, dos quais 36 milhões poderiam ser recuperados para a produção de alimentos sem comprometer biomas preservados.
A alta do óleo de soja, segundo o deputado, não tem relação com a produção de biodiesel, mas sim com fatores como a quebra de safra devido a questões climáticas e a valorização do dólar. Ele lembrou que, durante a pandemia, o preço do óleo de soja disparou e, em 2023, registrou uma deflação de 36%. No entanto, com a safra recorde de 2024/25, a tendência é de acomodação nos preços, o que deve aliviar a pressão sobre os custos dos alimentos.
O mesmo ocorre com o milho. O parlamentar destacou que o aumento da produção de etanol de milho não impactou os preços dos alimentos, pois os estoques do grão no Brasil permanecem em níveis confortáveis. “Nosso mercado segue alinhado ao internacional, e o crescimento da produção de biocombustíveis não compromete a oferta alimentar”, ressaltou. Ele também destacou a importância da “safrinha”, que aumenta a oferta do grão sem afetar os preços e permite que o país produza energia renovável sem prejudicar a segurança alimentar.
Outro ponto criticado foi a decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) de reduzir a adição de biodiesel ao diesel fóssil de 15% para 14% (B14), medida que entrará em vigor em março. Segundo o deputado, o argumento de que essa redução evitaria impactos nos preços dos alimentos não se sustenta, uma vez que há oferta suficiente de soja no mercado. “O Brasil produziu 147,38 milhões de toneladas de soja em 2024, mas apenas 54 milhões foram esmagadas para biodiesel. Além disso, o biocombustível reduz as emissões de gases de efeito estufa em até 80%”, afirmou.
O parlamentar também mencionou a importância do aumento da mistura de etanol na gasolina. No dia 17 de março, o Ministério de Minas e Energia apresentará os estudos do E30, que prevê a elevação do percentual de etanol na gasolina de 27% para 30%. “Isso tornará o Brasil autossuficiente em gasolina. Manter o percentual atual passa uma mensagem negativa ao mercado e pode frear investimentos em biocombustíveis”, alertou.
Para o presidente da Comissão de Transição Energética, os biocombustíveis são a alternativa mais custo-efetiva para a descarbonização e representam uma grande oportunidade para investimentos e geração de riqueza. “Não abriremos mão disso. O Brasil tem uma vantagem competitiva única no setor, e precisamos consolidá-la”, concluiu.
Fonte: Pensar Agro
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