MAPFRE Registra Lucro de 255 Milhões de Euros no Brasil em 2024

A MAPFRE, importante companhia global no setor de seguros e serviços financeiros, fechou o ano de 2024 com um lucro líquido de 255 milhões de euros no Brasil, marcando um aumento de 9,5% em comparação ao ano anterior. Além disso, a companhia obteve um total de 4,8 bilhões de euros em prêmios emitidos no país, o que representou uma queda de 6,5% em relação a 2023. A operação LATAM, que abrange o Brasil, seguiu como a principal responsável pelo desempenho positivo, com um lucro de 408 milhões de euros, um incremento de 34 milhões em relação ao ano anterior.
O segmento de Seguros Não Vida foi um dos pilares para o desempenho robusto da MAPFRE no Brasil. O índice combinado da companhia, que mede a eficiência das operações, registrou uma significativa melhora, alcançando 72,8%. Esse resultado foi impulsionado pela redução de 6,7 pontos no índice combinado de Seguros Gerais, que atingiu 63,2%, com destaque para o bom desempenho do ramo agrícola. Já o índice combinado do seguro auto também apresentou um avanço de 1,3 pontos. No segmento de Vida Risco, a MAPFRE manteve sua contribuição relevante, com um índice combinado de 84,2%.
Em termos de crescimento em moeda local, a empresa obteve um aumento de 1,7% nos prêmios, com destaque para os segmentos de Vida Risco e Seguros Gerais, que apresentaram um crescimento de 2,2%. Ambos os segmentos demonstraram resistência, apesar dos desafios impostos pela redução da atividade comercial e pelo impacto do aumento das taxas de juros. O ramo agrícola, por sua vez, foi influenciado principalmente pelas flutuações nos preços das commodities.
Felipe Nascimento, CEO da MAPFRE no Brasil, afirmou que a empresa tem mantido um crescimento consistente, com investimentos contínuos em soluções para seus canais de distribuição. Ele destacou que a estratégia de oferta multiproduto, além da parceria bem-sucedida com o Banco do Brasil, tem ampliado o alcance da companhia e proporcionado flexibilidade aos clientes. “O Brasil segue sendo um mercado fundamental para a MAPFRE, com resiliência em um cenário de volatilidade. Continuaremos nossa trajetória de crescimento, consolidando nossa liderança no setor segurador brasileiro”, declarou Nascimento.
Lucro Global da MAPFRE Cresce 29%
No âmbito global, a MAPFRE obteve um lucro atribuído de 902 milhões de euros, o que representa um aumento de 29% em comparação com 2023. Os prêmios da companhia cresceram 4,5%, totalizando 28 bilhões de euros, com crescimento em diversas linhas de negócios. As receitas globais ultrapassaram os 33 bilhões de euros, e a MAPFRE RE, que abrange os negócios de resseguros e riscos globais, alcançou um recorde de 325 milhões de euros, superando em 81 milhões os resultados de 2023.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio


Agronegócio
Perspectivas para a Safra de Trigo 2025 em São Paulo: Desafios e Oportunidades no Setor

A primeira reunião de 2025 da Câmara Setorial do Trigo de São Paulo, promovida pelo Sindicato da Indústria do Trigo no Estado de São Paulo (Sindustrigo), aconteceu na quinta-feira, 13 de março, na Cooperativa Capão Bonito, localizada em Capão Bonito (SP). O evento, realizado de forma híbrida, abordou os desafios enfrentados pelo setor, as perspectivas para as safras de 2024/2025 e 2025/2026, além de analisar o mercado internacional do grão.
Para a safra de trigo de 2025, a previsão é de estabilidade na área cultivada, apesar de alguns indícios de redução em algumas cooperativas devido à migração de produtores para outras culturas, como sorgo e milho, motivada pelos custos de produção. No entanto, o trigo continua sendo uma opção atraente para os agricultores paulistas, impulsionado pela forte demanda das indústrias moageiras e pela rapidez na comercialização do grão. O vice-presidente da Câmara Setorial do Trigo, José Reinaldo Oliveira, afirmou: “Existem várias alternativas de cultivo, mas o trigo segue competitivo, pois a demanda permanece constante e o estoque disponível para os moinhos é baixo.”
Embora fatores climáticos ainda apresentem incertezas, Oliveira demonstrou otimismo quanto à produtividade da próxima safra. “Se as condições climáticas forem favoráveis, com chuvas regulares e temperaturas adequadas, podemos alcançar níveis de produção semelhantes aos de anos anteriores. O trigo continua sendo uma opção viável, oferecendo segurança econômica ao produtor”, afirmou.
O presidente da Câmara Setorial do Trigo, Nelson Montagna, que participou remotamente, reforçou a importância da expansão da produção estadual. “Há mercado e demanda para o trigo paulista. Precisamos focar na qualidade e no crescimento do setor, que enfrentará altos e baixos, mas a tendência é de progresso”, resumiu Montagna.
Impactos Globais: Guerra e Competitividade no Mercado Internacional
O analista de mercado de trigo da Safras & Mercado, Élcio Bento, abordou o cenário internacional, destacando como os fatores globais influenciam diretamente os preços no Brasil. “O Brasil está atrelado ao mercado argentino, que é influenciado pelas flutuações das bolsas norte-americanas”, comparou Bento. Ele ainda ressaltou que a guerra comercial entre China e Estados Unidos, que em 2018 reduziu drasticamente as exportações de trigo americano para o mercado chinês, pode criar novas oportunidades para o trigo argentino. “Caso os EUA enfrentem restrições, o trigo argentino pode ganhar espaço na China”, explicou Bento.
Outro ponto importante levantado foi o impacto da guerra na Ucrânia, que tem afetado o fluxo de trigo pelo Mar Negro. Bento prevê que, no curto prazo, a normalização desse fluxo poderia aliviar a pressão sobre os preços globais, embora o impacto para a safra de 2025 seja limitado. Ele ainda destacou a crescente competitividade do trigo argentino em relação ao produto americano, apontando que, para atender à demanda paulista, o estado precisará importar o grão.
Atualizações sobre o Cenário Paulista: Desafios e Inovações no Setor
Raquel Nakazato Pinotti, pesquisadora científica da APTA e assessora de pesquisa da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo (SAA), representou o coordenador das Câmaras Setoriais da SAA, José Carlos de Faria Cardoso Júnior. Ela enfatizou a necessidade de uma proposta tributária que considere as especificidades do trigo paulista, sem depender de mandatos políticos. “É essencial criar uma política tributária que apoie a produção e garanta que o produtor tenha as condições necessárias para avançar”, afirmou.
A reunião também abordou o panorama atual do plantio no estado, com as maiores cooperativas paulistas compartilhando suas projeções de produção de trigo. Além disso, foram apresentados estudos sobre novas cultivares e alternativas para mitigar problemas fitossanitários. A APTA trouxe um estudo sobre o uso do Tereoil, um composto de terebintina para desinfecção de fungos contaminantes. A Biotrigo Genética, por sua vez, apresentou um panorama sobre o desempenho das principais variedades cultivadas em São Paulo.
O setor segue com desafios a serem superados, mas as perspectivas para o trigo paulista permanecem positivas, com foco na qualidade e na sustentabilidade da produção.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio
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