Mercado alemão dispara após vitória conservadora nas eleições federais

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As ações alemãs lideraram os ganhos nos mercados acionários europeus nesta segunda-feira, refletindo a vitória do bloco conservador liderado por Friedrich Merz na eleição federal realizada no domingo.

O índice pan-europeu STOXX 600 avançava 0,22%, alcançando 555,08 pontos, com destaque para os setores imobiliário e de serviços públicos, que registravam altas superiores a 1,5% cada.

Na Alemanha, o índice DAX subia quase 1%, impulsionado pelo desempenho positivo das fabricantes de armas. Empresas do setor de defesa, como Rheinmetall, Hensoldt e Renk, registravam avanços entre 3,3% e 4,3%, impulsionadas pela perspectiva de um aumento nos investimentos militares sob o novo governo em Berlim. O índice europeu do setor aeroespacial e de defesa também refletia essa tendência, com alta de 0,9%.

Friedrich Merz surge como principal candidato a ocupar o cargo de chanceler após a vitória do seu bloco nas eleições. No entanto, ele deverá enfrentar longas negociações para a formação de uma coalizão, especialmente após o partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) conquistar um segundo lugar histórico.

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A incerteza em relação à formação do novo governo pode atrasar a implementação de políticas econômicas cruciais, incluindo reformas orçamentárias e aumentos de investimentos para estimular a maior economia da Europa, que vem enfrentando dois anos consecutivos de retração.

“O principal ponto de atenção dos investidores agora é o tempo necessário para a formação de uma coalizão”, afirmou Lale Akoner, analista-chefe de mercado global da eToro. “O mercado ainda está assimilando os resultados e avaliando se a nova coalizão terá capacidade de implementar políticas voltadas ao crescimento econômico.”

Por outro lado, o setor de recursos básicos registrava queda de 0,7%, pressionado pela desvalorização dos metais em meio a temores de uma nova guerra comercial. O movimento foi impulsionado pelas declarações do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que ameaçou impor tarifas mais altas sobre importações.

Desempenho dos mercados europeus
  • Londres: o índice Financial Times avançava 0,31%, para 8.685 pontos.
  • Frankfurt: o índice DAX subia 0,87%, alcançando 22.480 pontos.
  • Paris: o CAC-40 recuava 0,19%, fechando em 8.138 pontos.
  • Milão: o Ftse/Mib registrava alta de 0,22%, atingindo 38.504 pontos.
  • Madri: o Ibex-35 avançava 0,50%, chegando a 1.016 pontos.
  • Lisboa: o PSI20 liderava os ganhos, com valorização de 1,35%, encerrando em 6.801 pontos.
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Fonte: Portal do Agronegócio

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Perspectivas para a Safra de Trigo 2025 em São Paulo: Desafios e Oportunidades no Setor

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A primeira reunião de 2025 da Câmara Setorial do Trigo de São Paulo, promovida pelo Sindicato da Indústria do Trigo no Estado de São Paulo (Sindustrigo), aconteceu na quinta-feira, 13 de março, na Cooperativa Capão Bonito, localizada em Capão Bonito (SP). O evento, realizado de forma híbrida, abordou os desafios enfrentados pelo setor, as perspectivas para as safras de 2024/2025 e 2025/2026, além de analisar o mercado internacional do grão.

Para a safra de trigo de 2025, a previsão é de estabilidade na área cultivada, apesar de alguns indícios de redução em algumas cooperativas devido à migração de produtores para outras culturas, como sorgo e milho, motivada pelos custos de produção. No entanto, o trigo continua sendo uma opção atraente para os agricultores paulistas, impulsionado pela forte demanda das indústrias moageiras e pela rapidez na comercialização do grão. O vice-presidente da Câmara Setorial do Trigo, José Reinaldo Oliveira, afirmou: “Existem várias alternativas de cultivo, mas o trigo segue competitivo, pois a demanda permanece constante e o estoque disponível para os moinhos é baixo.”

Embora fatores climáticos ainda apresentem incertezas, Oliveira demonstrou otimismo quanto à produtividade da próxima safra. “Se as condições climáticas forem favoráveis, com chuvas regulares e temperaturas adequadas, podemos alcançar níveis de produção semelhantes aos de anos anteriores. O trigo continua sendo uma opção viável, oferecendo segurança econômica ao produtor”, afirmou.

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O presidente da Câmara Setorial do Trigo, Nelson Montagna, que participou remotamente, reforçou a importância da expansão da produção estadual. “Há mercado e demanda para o trigo paulista. Precisamos focar na qualidade e no crescimento do setor, que enfrentará altos e baixos, mas a tendência é de progresso”, resumiu Montagna.

Impactos Globais: Guerra e Competitividade no Mercado Internacional

O analista de mercado de trigo da Safras & Mercado, Élcio Bento, abordou o cenário internacional, destacando como os fatores globais influenciam diretamente os preços no Brasil. “O Brasil está atrelado ao mercado argentino, que é influenciado pelas flutuações das bolsas norte-americanas”, comparou Bento. Ele ainda ressaltou que a guerra comercial entre China e Estados Unidos, que em 2018 reduziu drasticamente as exportações de trigo americano para o mercado chinês, pode criar novas oportunidades para o trigo argentino. “Caso os EUA enfrentem restrições, o trigo argentino pode ganhar espaço na China”, explicou Bento.

Outro ponto importante levantado foi o impacto da guerra na Ucrânia, que tem afetado o fluxo de trigo pelo Mar Negro. Bento prevê que, no curto prazo, a normalização desse fluxo poderia aliviar a pressão sobre os preços globais, embora o impacto para a safra de 2025 seja limitado. Ele ainda destacou a crescente competitividade do trigo argentino em relação ao produto americano, apontando que, para atender à demanda paulista, o estado precisará importar o grão.

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Atualizações sobre o Cenário Paulista: Desafios e Inovações no Setor

Raquel Nakazato Pinotti, pesquisadora científica da APTA e assessora de pesquisa da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo (SAA), representou o coordenador das Câmaras Setoriais da SAA, José Carlos de Faria Cardoso Júnior. Ela enfatizou a necessidade de uma proposta tributária que considere as especificidades do trigo paulista, sem depender de mandatos políticos. “É essencial criar uma política tributária que apoie a produção e garanta que o produtor tenha as condições necessárias para avançar”, afirmou.

A reunião também abordou o panorama atual do plantio no estado, com as maiores cooperativas paulistas compartilhando suas projeções de produção de trigo. Além disso, foram apresentados estudos sobre novas cultivares e alternativas para mitigar problemas fitossanitários. A APTA trouxe um estudo sobre o uso do Tereoil, um composto de terebintina para desinfecção de fungos contaminantes. A Biotrigo Genética, por sua vez, apresentou um panorama sobre o desempenho das principais variedades cultivadas em São Paulo.

O setor segue com desafios a serem superados, mas as perspectivas para o trigo paulista permanecem positivas, com foco na qualidade e na sustentabilidade da produção.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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