Programa Desenrola Rural entra em vigor para renegociação de dívidas agrícolas

A partir desta segunda-feira (24/02), entra em vigor o Programa Desenrola Rural, sancionado pelo presidente Lula por meio do Decreto 12.381/2025. A iniciativa permitirá que agricultores familiares, assentados da reforma agrária, quilombolas e demais povos e comunidades tradicionais renegociem créditos em situação de inadimplência. Com a regularização, os beneficiários poderão voltar a acessar o crédito rural e ampliar a produção de alimentos, contribuindo para o abastecimento e a redução de preços no mercado.
Os agricultores interessados já podem procurar uma agência bancária para renegociar suas dívidas, que podem ter descontos de até 96%. A medida abrange débitos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), além de outras pendências, como cartões de crédito, empréstimos em instituições financeiras, Créditos de Instalação e dívidas inscritas na Dívida Ativa da União (DAU), incluindo impostos e outros débitos federais com mais de um ano de inadimplência.
O programa também assegura que pequenas pendências, como contas de água, luz ou telefone, não impeçam o agricultor familiar de obter novos financiamentos.
Como funciona
Os interessados em renegociar dívidas inscritas na Dívida Ativa da União poderão acessar, a partir de 24/02, o portal Regularize e, por meio do CPF, selecionar a opção “Consultar Dívida” para verificar as formas de pagamento disponíveis.
Já os débitos do Pronaf ou outros adquiridos junto a instituições financeiras deverão ser renegociados diretamente com os respectivos bancos. Para regularizar dívidas referentes ao Crédito de Instalação, os beneficiários podem procurar o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) ou acessar a plataforma digital Sala da Cidadania, disponível no endereço: https://saladacidadania.incra.gov.br.
Além disso, agricultores podem buscar auxílio junto a sindicatos, associações e entidades representativas para obter orientações sobre o processo de renegociação.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio


Agronegócio
Preços do Frango Vivo Demonstram Estabilidade, mas Custos de Produção Geram Preocupações

O mercado brasileiro de frango registrou uma semana de preços estáveis para o quilo do frango vivo e para os cortes no atacado. Segundo Allan Maia, analista da Safras & Mercado, a oferta equilibrada em relação à demanda tem sido um fator determinante para a manutenção dos preços, embora os custos de produção, que apresentam uma tendência de alta, comecem a gerar preocupações entre os produtores.
Maia destaca que o consumo de frango segue apresentando um bom desempenho, impulsionado pela atratividade dos cortes em relação a outras proteínas, como a carne bovina. A expectativa é de que esse cenário de estabilidade se mantenha nas próximas semanas. Além disso, o bom desempenho das exportações tem ajudado a reduzir a oferta no mercado doméstico, o que favorece a formação de preços mais equilibrados.
Preços Internos de Frango
De acordo com levantamento realizado pela Safras & Mercado, os preços dos cortes congelados de frango no atacado de São Paulo apresentaram variações ao longo da semana. O quilo do peito manteve-se estável em R$ 11,00, enquanto o quilo da coxa teve um pequeno aumento, passando de R$ 8,20 para R$ 8,30. Por outro lado, o preço do quilo da asa recuou de R$ 12,50 para R$ 12,10. Na distribuição, o preço do peito permaneceu em R$ 11,25, enquanto o quilo da coxa subiu para R$ 8,50 e o da asa caiu para R$ 12,30.
Nos cortes resfriados, também foram observadas mudanças nas cotações. No atacado, o preço do peito se manteve em R$ 11,10, enquanto o preço da coxa aumentou de R$ 8,30 para R$ 8,40, e o preço da asa caiu de R$ 12,60 para R$ 12,20. Na distribuição, o preço do peito permaneceu em R$ 11,35, enquanto o preço da coxa subiu para R$ 8,60 e o da asa diminuiu para R$ 12,40.
O levantamento semanal realizado pela Safras & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil revelou que, em Minas Gerais, o quilo vivo ficou em R$ 5,55, enquanto em São Paulo o valor se manteve em R$ 5,60. Em outras regiões, como Santa Catarina e Paraná, os preços continuaram em R$ 4,35 e R$ 4,30, respectivamente, com os maiores valores observados em Pernambuco (R$ 7,25), Ceará (R$ 7,50) e Pará (R$ 8,00).
Exportações
As exportações brasileiras de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas, totalizaram US$ 237,071 milhões em março, durante três dias úteis, com uma média diária de US$ 79,023 milhões. A quantidade exportada foi de 131,247 mil toneladas, com uma média diária de 43,749 mil toneladas. O preço médio da tonelada foi de US$ 1.806,3.
Em comparação com o mesmo período de 2024, os dados indicam um avanço de 129,8% no valor médio diário, um aumento de 123,9% na quantidade média diária e uma elevação de 2,6% no preço médio. Esses números foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior e reforçam a boa performance do setor no mercado internacional.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio
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