Feijão Guandu Adaptado ao Semiárido Pode Reduzir Custos de Alimentação de Rebanhos

O feijão guandu, leguminosa que se adapta bem ao clima e solo do Semiárido brasileiro, tem mostrado grande potencial para reduzir os custos de alimentação de rebanhos, como caprinos, ovinos e até bovinos. Pesquisa conduzida pela Embrapa Caprinos e Ovinos (CE) avaliou 21 genótipos da planta, selecionando a cultivar Super N como a mais produtiva para a região, com produtividade média de matéria seca de forragem superior a 6,2 mil quilos por hectare (kg/ha).
A pesquisa foi realizada em três localidades do Semiárido – Sobral e Boa Viagem (CE) e Sumé (PB) – em clima semiárido quente, com pluviometria média entre 400 e 800 mm. Durante três anos, foram avaliadas quatro cultivares comerciais e 17 genótipos experimentais, buscando identificar os materiais mais estáveis frente às variações ambientais. Os resultados mostraram que os 21 genótipos estudados apresentaram produtividade de matéria seca de forragem variando de 4,6 mil a 9 mil kg/ha, superando em mais de 2 mil kg/ha a produtividade do guandu Taipeiro, uma variedade com potencial para a região, que produziu 2,49 mil kg/ha.
A cultivar Super N se destacou não apenas pela alta produtividade, mas também pela adaptação às condições do Semiárido. Com produção superior a 5,7 mil kg/ha, foi 16% mais produtiva que a cultivar Iapar 43. As quatro cultivares comerciais avaliadas apresentaram produtividade superior a 5 mil kg/ha.
A pesquisa, que contou com a parceria da Embrapa Pecuária Sudeste (SP), do Instituto Federal do Ceará (IFCE) e da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), visa fornecer aos produtores do Semiárido variedades de feijão guandu adaptadas à realidade local. O pesquisador da Embrapa responsável pelo estudo, Fernando Guedes, destaca a importância do melhoramento genético realizado especificamente para as condições da região.
O professor Ranoel Gonçalves, da UFCG, enfatiza que a parceria com a Embrapa é fundamental para a adaptação da cultivar de guandu às necessidades dos produtores de caprinos e ovinos. A região de Sumé, com um dos maiores rebanhos de caprinos leiteiros do Brasil, está sendo crucial para a avaliação da aceitação das cultivares pelos produtores locais.
Além disso, Guedes explica que, após a validação dos genótipos em propriedades maiores, a Embrapa promoverá dias de campo e divulgará as formas de aquisição das sementes. O programa de melhoramento genético também visa lançar novas cultivares de guandu que superem a produtividade das já recomendadas.
Versatilidade e Benefícios do Feijão Guandu
O feijão guandu, também conhecido como andu, é uma leguminosa nativa da África, altamente adaptável ao solo e clima do Brasil. Sua principal vantagem é a versatilidade, podendo ser utilizado tanto para consumo humano quanto para a alimentação de animais. Além de ser uma excelente fonte de proteínas e fibras, o guandu é também uma forrageira que contribui para a fixação de nitrogênio no solo, melhorando as condições para outros cultivos.
Na alimentação de ruminantes, o guandu é uma alternativa nutritiva aos farelos de soja e milho, ajudando a reduzir os custos com concentrados. Suas folhas e grãos são os principais produtos utilizados para a alimentação animal, enquanto os galhos e a casca da vagem têm um valor secundário. O guandu pode ser fornecido como feno ou silagem, proporcionando uma dieta equilibrada e de baixo custo para os rebanhos.
Esse potencial do feijão guandu pode transformar a alimentação de rebanhos no Semiárido, contribuindo para uma pecuária mais econômica e sustentável.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio


Agronegócio
Preços do Frango Vivo Demonstram Estabilidade, mas Custos de Produção Geram Preocupações

O mercado brasileiro de frango registrou uma semana de preços estáveis para o quilo do frango vivo e para os cortes no atacado. Segundo Allan Maia, analista da Safras & Mercado, a oferta equilibrada em relação à demanda tem sido um fator determinante para a manutenção dos preços, embora os custos de produção, que apresentam uma tendência de alta, comecem a gerar preocupações entre os produtores.
Maia destaca que o consumo de frango segue apresentando um bom desempenho, impulsionado pela atratividade dos cortes em relação a outras proteínas, como a carne bovina. A expectativa é de que esse cenário de estabilidade se mantenha nas próximas semanas. Além disso, o bom desempenho das exportações tem ajudado a reduzir a oferta no mercado doméstico, o que favorece a formação de preços mais equilibrados.
Preços Internos de Frango
De acordo com levantamento realizado pela Safras & Mercado, os preços dos cortes congelados de frango no atacado de São Paulo apresentaram variações ao longo da semana. O quilo do peito manteve-se estável em R$ 11,00, enquanto o quilo da coxa teve um pequeno aumento, passando de R$ 8,20 para R$ 8,30. Por outro lado, o preço do quilo da asa recuou de R$ 12,50 para R$ 12,10. Na distribuição, o preço do peito permaneceu em R$ 11,25, enquanto o quilo da coxa subiu para R$ 8,50 e o da asa caiu para R$ 12,30.
Nos cortes resfriados, também foram observadas mudanças nas cotações. No atacado, o preço do peito se manteve em R$ 11,10, enquanto o preço da coxa aumentou de R$ 8,30 para R$ 8,40, e o preço da asa caiu de R$ 12,60 para R$ 12,20. Na distribuição, o preço do peito permaneceu em R$ 11,35, enquanto o preço da coxa subiu para R$ 8,60 e o da asa diminuiu para R$ 12,40.
O levantamento semanal realizado pela Safras & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil revelou que, em Minas Gerais, o quilo vivo ficou em R$ 5,55, enquanto em São Paulo o valor se manteve em R$ 5,60. Em outras regiões, como Santa Catarina e Paraná, os preços continuaram em R$ 4,35 e R$ 4,30, respectivamente, com os maiores valores observados em Pernambuco (R$ 7,25), Ceará (R$ 7,50) e Pará (R$ 8,00).
Exportações
As exportações brasileiras de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas, totalizaram US$ 237,071 milhões em março, durante três dias úteis, com uma média diária de US$ 79,023 milhões. A quantidade exportada foi de 131,247 mil toneladas, com uma média diária de 43,749 mil toneladas. O preço médio da tonelada foi de US$ 1.806,3.
Em comparação com o mesmo período de 2024, os dados indicam um avanço de 129,8% no valor médio diário, um aumento de 123,9% na quantidade média diária e uma elevação de 2,6% no preço médio. Esses números foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior e reforçam a boa performance do setor no mercado internacional.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio
- 6 dias atrás
Em São José dos Bandeirantes, guia de pesca pega peixe de 120 quilos e com cerca de 2 metros no Rio Araguaia
- POLÍTICA NACIONAL2 dias atrás
Proposta mantém condições do contrato de crédito rural em caso de prorrogação ou renegociação
- ESTADO5 dias atrás
Como está a ponte que liga Rialma a Nova Glória na BR-153? Assista
- PLANTÃO POLICIAL4 dias atrás
Homem mata esposa e se mata em seguida
- CIDADES5 dias atrás
Agricultora de Ceres colhe manga com 2 quilos
- PLANTÃO POLICIAL4 dias atrás
Resgatados 40 cavalos em abatedouro clandestino especialista em “hambúrgueres”, em Anápolis
- Acidente2 dias atrás
Acidente com carro de luxo tira vida de médico na BR-060, em Anápolis; Assista
- ESTADO5 dias atrás
Nota de pesar pela morte do policial civil Rafael da Gama Pinheiro