Retrocesso econômico: controle de preços e novos impostos ameaçam competitividade

Em um cenário de economia digitalizada, crescente competitividade global e necessidade de segurança para investimentos, o governo Lula discute medidas que remetem às políticas intervencionistas da década de 1980 para conter a inflação dos alimentos — um dos maiores desafios do terceiro mandato do presidente.
Entre as propostas debatidas no Palácio do Planalto estão a imposição de cotas de exportação e a criação de um imposto sobre a venda de produtos ao exterior, conforme apuração de Daniel Rittner, diretor da CNN em Brasília. As ideias, consideradas ultrapassadas por especialistas, trazem preocupações quanto ao impacto na competitividade do agronegócio brasileiro, atualmente um dos mais produtivos do mundo.
A experiência internacional oferece um alerta: políticas semelhantes foram adotadas nos governos de Cristina Kirchner na Argentina, apoiada por Lula à época, e resultaram em distorções econômicas e prejuízos à agropecuária do país vizinho. No Brasil, além de elevar custos de produção e comprometer a eficiência do setor, tais medidas enviariam um sinal negativo ao mercado: investir no país significaria enfrentar incertezas constantes, com risco de mudanças abruptas nas regras econômicas.
A resistência interna ao plano já se manifesta dentro do próprio governo. Segundo fontes consultadas por Rittner, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, deixou claro que poderá deixar o cargo caso a proposta avance. As pastas da Fazenda, comandada por Fernando Haddad, e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, liderada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, também demonstram preocupação.
Embora a inflação dos alimentos seja um desafio global, adotar medidas protecionistas pode indicar despreparo e falta de alternativas estruturais para lidar com o problema no Brasil. A valorização do real frente ao dólar, por exemplo, já poderia aliviar a pressão sobre os preços das commodities, reduzindo os impactos internos da inflação.
No entanto, para que o câmbio favoreça a economia, é essencial restaurar a confiança na condução do governo e em sua previsibilidade. Caso contrário, a aposta no intervencionismo econômico poderá resultar no mesmo desfecho visto em outras experiências semelhantes: o fracasso.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio


Agronegócio
Safra 2025/26: Impacto do Clima e Perspectivas para Cana, Açúcar e Etanol no Centro-Sul

Revisão de Março da StoneX para a Safra 2025/26
A terceira revisão das estimativas da safra 2025/26 de cana-de-açúcar no Centro-Sul trouxe ajustes importantes devido ao regime de chuvas abaixo da média nos primeiros meses do ano. Em janeiro e fevereiro, as precipitações somaram apenas 223,4 mm, 35% abaixo da média histórica, comprometendo a umidade do solo e impactando a produtividade dos canaviais.
Diante desse cenário, a consultoria StoneX revisou a estimativa de moagem para 608,5 milhões de toneladas, uma redução em relação à projeção anterior de 611,4 milhões de toneladas. Ainda assim, o volume representa a quarta maior safra da história. A produtividade por hectare (TCH) também sofreu corte, passando de 79,4 ton/ha para 71,9 ton/ha.
Apesar das condições climáticas adversas, o teor de sacarose da cana (ATR) foi revisado para cima, atingindo 141,1 kg/ton, favorecido pelo tempo seco. Com isso, a produção de açúcar foi reajustada para 41,7 milhões de toneladas, um crescimento de 4,2% em relação à safra anterior. As exportações também devem crescer, chegando a 32,6 milhões de toneladas.
No setor de etanol, a expectativa é de menor demanda em comparação a 2024/25, com a produção projetada em 34,5 milhões de metros cúbicos (-2%). O aumento da mistura do etanol anidro na gasolina de 27% para 30%, ainda sem data definida, pode estimular a oferta do biocombustível. No caso do etanol de milho, a capacidade de produção no início da safra deve atingir 10,3 milhões de metros cúbicos anuais, com previsão de crescimento de 600 mil metros cúbicos ao longo do ciclo.
Revisão da Safra 2024/25
A StoneX também atualizou os dados da safra 2024/25, que está próxima da conclusão. Até a primeira metade de fevereiro, a moagem acumulada era de 614,4 milhões de toneladas, 5% abaixo do ciclo recorde de 2023/24. A produtividade média ficou em 78,5 ton/ha, com uma área colhida inflada pelo processamento de cana bisada.
O mix destinado ao açúcar ficou em 48%, levemente abaixo da projeção anterior, totalizando 40 milhões de toneladas (-5,6%). No mercado de etanol hidratado, as vendas no mercado interno foram estimadas em 21,6 milhões de metros cúbicos (+16% a/a), reduzindo os estoques finais, mas mantendo um volume relevante para o próximo ciclo.
Perspectivas Climáticas e Impactos na Safra
O início de 2025 tem sido marcado por temperaturas acima da média no Centro-Sul, acelerando o processo de evapotranspiração e reduzindo a umidade do solo. Apesar disso, índices como o NDVI (que mede a saúde e a densidade da vegetação) continuam elevados, sugerindo um cenário relativamente favorável para a produtividade.
Se as previsões climáticas se concretizarem, com um volume de chuvas acima da média em março, a expectativa é de que o início da safra 2025/26 possa ser adiado. Caso contrário, a colheita deve começar adiantada, com uma cana de menor qualidade e um mix menos voltado para o açúcar, aumentando a oferta de etanol no período inicial do ciclo.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio
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