Brazilian Fish Expande Suas Exportações e Almeja a Liderança no Mercado Internacional de Pescados

A Brazilian Fish, uma das principais empresas brasileiras do setor de pescados, está vivenciando um período de notável expansão no mercado internacional. Após reposicionar sua marca, anteriormente especializada apenas em tilápia, a companhia se consolida como um player de referência, ampliando seu portfólio de produtos em 2024. Além da tilápia, a empresa agora exporta polaca, salmão, merluza, cação e pescada branca, consolidando sua presença com produtos embalados sob a marca BF. Essa diversificação resultou na abertura de novas oportunidades e no fortalecimento da posição da empresa no cenário global.
O destaque de 2024 foi o crescimento expressivo das exportações, que atingiram um recorde em agosto, com 105 toneladas de produtos enviados ao exterior, representando 20% da produção total. Comparado ao início do ano, quando a empresa exportava apenas 24 toneladas, esse avanço é significativo. O filé de tilápia continua sendo o principal produto exportado, enquanto itens como escamas e pele, enviados regularmente ao Japão, demonstram o compromisso da Brazilian Fish com a inovação e o aproveitamento integral dos recursos.
A planta de Santa Fé do Sul, em São Paulo, tem sido essencial para atender à crescente demanda. Com a capacidade de produção ampliada de 42 para 75 toneladas, a expectativa é que esse número atinja 100 toneladas no primeiro semestre de 2025. A empresa também realiza a vacinação diária de entre 120 e 130 mil peixes, garantindo a qualidade e a saúde dos produtos que chegam aos mercados internacionais.
O incremento nas exportações impactou diretamente no desempenho financeiro da Brazilian Fish, com um aumento de 16% no faturamento anual. Além disso, a empresa tem se beneficiado da diversificação geográfica. Enquanto São Paulo e Minas Gerais continuam sendo os principais mercados, com crescimento de 50% nas vendas na região nos últimos 12 meses, a companhia iniciou operações no Sul e no Norte do Brasil há apenas 60 dias, expandindo sua atuação para Santa Catarina, Paraná, Manaus e Roraima.
Uma parceria estratégica com o Aeroporto Internacional de Guarulhos tem sido crucial para o aumento das exportações. O terminal paulista agora serve como o principal ponto de envio de tilápia fresca para os Estados Unidos. A redução no tempo de transporte — de 48 para 36 horas entre a retirada do peixe da água e sua chegada às prateleiras — se revela um diferencial competitivo no mercado norte-americano. A empresa também marcará presença em importantes feiras internacionais, como a Gulfood 2025, em Dubai, e a Seafood Expo North America, em Boston.
Oportunidades no Mercado Global
A recente disputa comercial entre os Estados Unidos e a China, caracterizada pela imposição e remoção de tarifas sobre produtos chineses, abriu uma janela de oportunidade para produtores brasileiros, como a Brazilian Fish, expandirem sua participação no mercado norte-americano. A tilápia, segunda espécie de pescado mais cultivada no mundo, tem se mostrado uma excelente alternativa para os consumidores americanos, especialmente devido à reputação de qualidade dos produtos brasileiros.
Entre janeiro e setembro de 2024, o Brasil exportou 3.116 toneladas de tilápia, respondendo por 24% do mercado americano de filé fresco e ocupando a segunda posição entre os maiores exportadores dessa espécie. Esse crescimento, aliado à excelência do produto brasileiro, coloca o país em uma posição estratégica para substituir parte da oferta chinesa, principalmente nos Estados Unidos, maior consumidor global de tilápia. O momento é oportuno para fortalecer a imagem do pescado brasileiro no mercado internacional, promovendo a tilápia como uma opção de qualidade superior, sem se restringir a disputas econômicas.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio


Agronegócio
Mercado de Arroz: Preço em Queda e Expectativa por Exportações

O mercado brasileiro de arroz continua a enfrentar uma queda acentuada nos preços, impulsionada pela colheita que avança rapidamente no país. No Rio Grande do Sul, o processo de ceifa já alcançou 26,21% da área semeada, conforme o mais recente levantamento do Instituto Riograndense do Arroz (Irga). A Fronteira Oeste lidera os trabalhos, seguida pela Planície Costeira Interna, Planície Costeira Externa, Região Central, Campanha e, por último, a Zona Sul.
A aceleração da colheita, em grande parte devido às condições climáticas favoráveis, tem intensificado a oferta de arroz no mercado, o que reforça a pressão para baixo nos preços. “A maior disponibilidade do grão tem influenciado diretamente a baixa nas cotações”, afirma o analista e consultor da Safras & Mercado, Evandro Oliveira.
Em relação aos preços, a média da saca de 50 quilos de arroz do Rio Grande do Sul (58/62% de grãos inteiros e pagamento à vista), referência principal no mercado nacional, foi cotada em R$ 83,02 na última quinta-feira (13). Este valor representa uma queda de 6,05% em comparação à semana anterior e um recuo de 15,56% em relação ao mesmo período do mês passado. Além disso, o preço atual é 18,03% inferior ao registrado no mesmo período de 2024.
Exportações em Perspectiva
Enquanto o mercado doméstico enfrenta a pressão da colheita, as exportações permanecem como um fator de expectativa. Há rumores sobre a saída de um navio de arroz pelo porto de Rio Grande na próxima semana, já com parte da nova safra a bordo. “Para abril, ainda não há contratos fechados, apenas embarques negociados em dezembro de 2024”, explica Oliveira. Além disso, circulam informações sobre dois novos embarques, um de 32 mil toneladas e outro de 25 mil toneladas, com detalhes ainda não definidos sobre variedades ou destinos.
No mercado internacional, o Paraguai continua com contratos firmados em 2024, com preços variando entre US$ 360 e US$ 370 por tonelada. No entanto, os preços atuais caíram para US$ 300 a US$ 310 por tonelada, o que sugere uma maior pressão sobre o mercado global. O país vizinho também realizou vendas antecipadas para embarques em fevereiro, mas não houve novos negócios relevantes desde então.
Nos Estados Unidos, a guerra comercial com o México e as políticas do governo Trump ainda são fatores a serem observados, podendo alterar fluxos de exportação e criar novas oportunidades para fornecedores de arroz de outros países. “Uma escalada na disputa comercial pode fazer com que compradores mexicanos busquem o Mercosul, o que pode beneficiar o Brasil e outros produtores da região”, finaliza Oliveira.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio
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