Mercados financeiros enfrentam incertezas com tarifas dos EUA e desempenho da Nvidia

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Os mercados de ações europeus registraram queda nesta quinta-feira (27) após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçar impor tarifas de 25% sobre importações da União Europeia. Apesar disso, as bolsas globais mantiveram relativa estabilidade, já que os resultados da Nvidia não trouxeram grandes surpresas.

Trump gerou confusão sobre as tarifas destinadas a Canadá e México ao afirmar que entrariam em vigor em 2 de abril, sugerindo uma extensão de um mês. No entanto, um funcionário da Casa Branca esclareceu posteriormente que o prazo original de 4 de março continuava válido “até este momento”, elevando a incerteza sobre a política comercial dos EUA.

Além disso, o presidente norte-americano propôs uma tarifa “recíproca” de 25% sobre automóveis e outros produtos europeus, o que pressionou as bolsas da região. O índice STOXX 600 recuou 0,6%, enquanto o euro registrou leve desvalorização de 0,1%, embora tenha permanecido dentro da faixa de oscilação da última semana.

“Estamos diante de tantas notícias que os investidores ficam paralisados, sem saber ao certo em que se concentrar. No caso de Trump, há sempre a dúvida sobre o que é apenas estratégia de negociação e o que realmente se tornará uma política concreta”, afirmou Michael Brown, estrategista sênior de pesquisa da Pepperstone.

Diante desse cenário de incerteza, investidores buscaram reduzir a exposição a ativos de maior risco. Nos Estados Unidos, os contratos futuros do Nasdaq apontavam alta de 0,6%, enquanto os futuros do S&P 500 subiam 0,5%.

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O dólar americano manteve-se fortalecido, e os rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano apresentaram alta, refletindo a avaliação dos investidores sobre o impacto das tarifas e o desempenho da economia sob o governo Trump. Os rendimentos dos títulos de dois anos subiram para 4,1%, após atingirem na quarta-feira o menor nível desde novembro, em 4,065%. Já os rendimentos dos papéis de 10 anos avançaram para 4,2924%, contra 4,245% do dia anterior.

Preocupações com o crescimento dos EUA aumentam

O dólar tem sofrido pressão nas últimas semanas, acompanhando a queda nos rendimentos dos títulos do Tesouro, à medida que dados econômicos fracos aumentam as preocupações sobre o crescimento dos EUA. Os planos tarifários de Trump intensificaram as incertezas no mercado.

Diante desse panorama, investidores reforçaram apostas em cortes de juros pelo Federal Reserve, agora projetando duas reduções de 0,25 ponto percentual ao longo do ano, sendo a primeira possivelmente em julho. Os mercados aguardam a divulgação de novos indicadores econômicos, como o PIB dos EUA e os pedidos de bens duráveis, que serão publicados nesta quinta-feira, enquanto o índice de Despesas de Consumo Pessoal (PCE), principal referência de inflação do Fed, será divulgado na sexta-feira.

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“Os mercados estão menos confiantes no crescimento econômico dos EUA”, afirmou Shoki Omori, estrategista-chefe global da Mizuho Securities.

O índice do dólar americano, que mede seu desempenho em relação a seis moedas principais, avançou 0,17%, para 106,64, estendendo os ganhos desde a mínima de dois meses e meio atingida no início da semana.

No setor corporativo, as ações da Nvidia caíram 1,1% no pré-mercado, após recuarem 1,5% no fechamento da quarta-feira. A fabricante de chips apresentou uma previsão otimista para o primeiro trimestre, mas o mercado, já habituado a grandes resultados da empresa, reagiu de forma moderada.

Entre os ativos digitais, o bitcoin subiu para US$ 85.988, após uma queda acumulada de quase 12% nos três primeiros dias da semana. Geoff Kendrick, chefe global de pesquisa de ativos digitais do Standard Chartered e otimista em relação à criptomoeda, alertou os investidores sobre riscos de novas quedas. “Seja paciente. Esses tipos de perdas raramente terminam bem, e ainda acredito que uma grande capitulação pode estar por vir”, afirmou em nota aos clientes.

O ouro, tradicionalmente um ativo de segurança, sofreu queda e foi cotado a US$ 2.879 a onça, pressionado pela valorização do dólar e pelo aumento nos rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano.

Fonte: Portal do Agronegócio

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Mercado de Arroz: Preço em Queda e Expectativa por Exportações

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O mercado brasileiro de arroz continua a enfrentar uma queda acentuada nos preços, impulsionada pela colheita que avança rapidamente no país. No Rio Grande do Sul, o processo de ceifa já alcançou 26,21% da área semeada, conforme o mais recente levantamento do Instituto Riograndense do Arroz (Irga). A Fronteira Oeste lidera os trabalhos, seguida pela Planície Costeira Interna, Planície Costeira Externa, Região Central, Campanha e, por último, a Zona Sul.

A aceleração da colheita, em grande parte devido às condições climáticas favoráveis, tem intensificado a oferta de arroz no mercado, o que reforça a pressão para baixo nos preços. “A maior disponibilidade do grão tem influenciado diretamente a baixa nas cotações”, afirma o analista e consultor da Safras & Mercado, Evandro Oliveira.

Em relação aos preços, a média da saca de 50 quilos de arroz do Rio Grande do Sul (58/62% de grãos inteiros e pagamento à vista), referência principal no mercado nacional, foi cotada em R$ 83,02 na última quinta-feira (13). Este valor representa uma queda de 6,05% em comparação à semana anterior e um recuo de 15,56% em relação ao mesmo período do mês passado. Além disso, o preço atual é 18,03% inferior ao registrado no mesmo período de 2024.

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Exportações em Perspectiva

Enquanto o mercado doméstico enfrenta a pressão da colheita, as exportações permanecem como um fator de expectativa. Há rumores sobre a saída de um navio de arroz pelo porto de Rio Grande na próxima semana, já com parte da nova safra a bordo. “Para abril, ainda não há contratos fechados, apenas embarques negociados em dezembro de 2024”, explica Oliveira. Além disso, circulam informações sobre dois novos embarques, um de 32 mil toneladas e outro de 25 mil toneladas, com detalhes ainda não definidos sobre variedades ou destinos.

No mercado internacional, o Paraguai continua com contratos firmados em 2024, com preços variando entre US$ 360 e US$ 370 por tonelada. No entanto, os preços atuais caíram para US$ 300 a US$ 310 por tonelada, o que sugere uma maior pressão sobre o mercado global. O país vizinho também realizou vendas antecipadas para embarques em fevereiro, mas não houve novos negócios relevantes desde então.

Nos Estados Unidos, a guerra comercial com o México e as políticas do governo Trump ainda são fatores a serem observados, podendo alterar fluxos de exportação e criar novas oportunidades para fornecedores de arroz de outros países. “Uma escalada na disputa comercial pode fazer com que compradores mexicanos busquem o Mercosul, o que pode beneficiar o Brasil e outros produtores da região”, finaliza Oliveira.

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Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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