Bituruna se consolida como referência nacional em enoturismo

Bituruna, conhecida como a Capital Paranaense do Vinho, ganha cada vez mais notoriedade no cenário do enoturismo brasileiro. Com forte influência da colonização italiana e gaúcha, o município se destaca não apenas pelo cultivo de uvas para a produção vinícola, mas também por sua gastronomia, cultura e relevância econômica no setor.
Nesta semana, Bituruna é um dos destaques da Press Trip Nacional, iniciativa que reúne jornalistas e influenciadores para conhecer e divulgar destinos turísticos. Promovida pelo Sebrae Nacional em parceria com outras organizações, a ação tem como foco a valorização das vitivinícolas e dos roteiros enoturísticos do país, promovendo a experiência do plantio, produção e degustação de vinhos.
A programação, que teve início na última segunda-feira (17) e segue até sexta-feira (21), inclui visitas técnicas, degustações e diversas experiências imersivas. O roteiro conta com o acompanhamento do Viaje Paraná, órgão vinculado à Secretaria do Turismo do Estado (Setu-PR), e contempla visitas a vinícolas, empórios, restaurantes e propriedades ligadas ao turismo rural.
Entre os locais visitados está a Vinícola Sanber, onde os participantes tiveram a oportunidade de harmonizar vinhos locais com queijos da região sudoeste do Paraná. O roteiro inclui ainda passeios por produções de erva-mate e visitas a pontos turísticos, como a Estátua de Santa Bárbara, o Parque de Eventos e o Garrafão, grande escultura que simboliza a tradição vitivinícola de Bituruna.
A experiência tem surpreendido os visitantes. Para a influenciadora Francine Agnoletto, de Estrela (RS), a viagem revelou um novo olhar sobre a cultura vinícola paranaense. “Já conhecia algumas vinícolas próximas a Curitiba, mas essa experiência em Bituruna foi uma surpresa. O vinho com Indicação Geográfica local tem um sabor único, e toda a experiência foi incrível”, destacou.
O jornalista Willian Batista, de Guarapuava, também enfatizou a relevância do município como destino enoturístico. “Bituruna oferece uma imersão completa na cultura do vinho, combinando tradição familiar e inovação. A qualidade das vinícolas e a riqueza cultural do local são impressionantes”, afirmou.
Nesta quarta-feira (19), os participantes visitarão a Vinícola Bertoletti e outros produtores especializados na vitivinicultura. Até o encerramento da Press Trip, na sexta-feira (21), novas experiências e visitas a pontos turísticos fortalecerão a promoção do enoturismo local.
Bituruna e a valorização da vitivinicultura
A Press Trip faz parte do Projeto Imagem (PI), desenvolvido pelo Instituto de Gestão, Planejamento e Desenvolvimento da Vitivinicultura do Estado do Rio Grande do Sul (Consevitis-RS) em parceria com o Sebrae Nacional. O objetivo é ampliar a visibilidade dos polos vitivinícolas e enoturísticos do Brasil, destacando a diversidade de produtos e a riqueza cultural associada à produção de uvas e vinhos.
“Queremos mostrar o potencial das regiões vitivinícolas brasileiras, sejam elas tradicionais ou emergentes, para que mais pessoas reconheçam a importância desse setor no cenário turístico e econômico do país”, explica Martha Caus, coordenadora do projeto.
Localizada a 313 quilômetros de Curitiba, Bituruna detém um dos 16 selos paranaenses de Indicação Geográfica (IG). O reconhecimento foi concedido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) aos vinhos produzidos com a uva “Casca Dura”, atestando a excelência e a tradição da produção local.
A certificação foi concedida à Associação dos Produtores de Uva e Vinho de Bituruna (Apruvibi), que reúne quatro vinícolas: Bertoletti, Sanber, Di Sandi e Dell Mont. Esse selo reforça o compromisso do município com a qualidade e a autenticidade de seus produtos, impulsionando a vitivinicultura e consolidando Bituruna como um dos principais polos enoturísticos do Paraná.
Desde 2019, o Governo do Estado tem incentivado a produção vitivinícola por meio do Programa de Revitalização da Viticultura Paranaense (Revitis). Além de fomentar o aumento da produção com qualidade superior, a iniciativa apoia a industrialização, comercialização e o turismo associado ao setor. Com esses investimentos e a crescente valorização do enoturismo, Bituruna se firma como um destino imperdível para os apreciadores de vinho e da cultura vitivinícola.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio


Agronegócio
Mercado de Arroz: Preço em Queda e Expectativa por Exportações

O mercado brasileiro de arroz continua a enfrentar uma queda acentuada nos preços, impulsionada pela colheita que avança rapidamente no país. No Rio Grande do Sul, o processo de ceifa já alcançou 26,21% da área semeada, conforme o mais recente levantamento do Instituto Riograndense do Arroz (Irga). A Fronteira Oeste lidera os trabalhos, seguida pela Planície Costeira Interna, Planície Costeira Externa, Região Central, Campanha e, por último, a Zona Sul.
A aceleração da colheita, em grande parte devido às condições climáticas favoráveis, tem intensificado a oferta de arroz no mercado, o que reforça a pressão para baixo nos preços. “A maior disponibilidade do grão tem influenciado diretamente a baixa nas cotações”, afirma o analista e consultor da Safras & Mercado, Evandro Oliveira.
Em relação aos preços, a média da saca de 50 quilos de arroz do Rio Grande do Sul (58/62% de grãos inteiros e pagamento à vista), referência principal no mercado nacional, foi cotada em R$ 83,02 na última quinta-feira (13). Este valor representa uma queda de 6,05% em comparação à semana anterior e um recuo de 15,56% em relação ao mesmo período do mês passado. Além disso, o preço atual é 18,03% inferior ao registrado no mesmo período de 2024.
Exportações em Perspectiva
Enquanto o mercado doméstico enfrenta a pressão da colheita, as exportações permanecem como um fator de expectativa. Há rumores sobre a saída de um navio de arroz pelo porto de Rio Grande na próxima semana, já com parte da nova safra a bordo. “Para abril, ainda não há contratos fechados, apenas embarques negociados em dezembro de 2024”, explica Oliveira. Além disso, circulam informações sobre dois novos embarques, um de 32 mil toneladas e outro de 25 mil toneladas, com detalhes ainda não definidos sobre variedades ou destinos.
No mercado internacional, o Paraguai continua com contratos firmados em 2024, com preços variando entre US$ 360 e US$ 370 por tonelada. No entanto, os preços atuais caíram para US$ 300 a US$ 310 por tonelada, o que sugere uma maior pressão sobre o mercado global. O país vizinho também realizou vendas antecipadas para embarques em fevereiro, mas não houve novos negócios relevantes desde então.
Nos Estados Unidos, a guerra comercial com o México e as políticas do governo Trump ainda são fatores a serem observados, podendo alterar fluxos de exportação e criar novas oportunidades para fornecedores de arroz de outros países. “Uma escalada na disputa comercial pode fazer com que compradores mexicanos busquem o Mercosul, o que pode beneficiar o Brasil e outros produtores da região”, finaliza Oliveira.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio
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