Sustentabilidade e Rentabilidade
Armazenamento de Energia Impulsiona Sustentabilidade e Rentabilidade no Agronegócio

A busca por eficiência energética e segurança no abastecimento tem levado produtores rurais brasileiros a adotarem sistemas híbridos de energia solar, que combinam a geração fotovoltaica com armazenamento em baterias. A tecnologia garante maior estabilidade elétrica, reduz a dependência de combustíveis fósseis e melhora a rentabilidade das propriedades agrícolas.
O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio, calculado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), mostrou que, em 2024, o setor representou 22% do PIB nacional. Esse crescimento também impulsionou a adoção da energia solar no campo. Dados da Associação Brasileira de Energia Solar (Absolar) revelam que o número de unidades produtoras dessa energia saltou de 54 mil em 2020 para 471 mil no final de 2024. Atualmente, o meio rural responde por quase 15% da potência solar instalada no Brasil.
Estabilidade energética e segurança para o agronegócio
A adoção de baterias para armazenamento surge como uma solução essencial para evitar perdas financeiras decorrentes de apagões e oscilações no fornecimento de energia. No campo, a eletricidade é indispensável para atividades como irrigação, climatização de granjas, iluminação e funcionamento de câmaras frias.
“O armazenamento de energia permite que as propriedades rurais maximizem o uso da energia solar, reduzindo a dependência da rede elétrica e de geradores a diesel. Com baterias, o excedente gerado durante o dia pode ser armazenado para uso noturno ou em períodos de baixa geração, garantindo maior estabilidade e segurança energética”, explica o engenheiro Marcelo Niendicker.
Além de assegurar um suprimento contínuo, o uso de baterias contribui para a redução do consumo de diesel, tornando a operação mais eficiente. Segundo Niendicker, o modelo híbrido combina painéis solares, baterias e geradores a diesel:
- Durante o dia, a energia solar alimenta a propriedade e recarrega as baterias;
- Se a demanda ultrapassa a capacidade da bateria, o gerador a diesel entra em operação como backup;
Essa configuração reduz o uso de combustíveis fósseis e melhora a eficiência energética.
Redução de custos e viabilidade econômica
A economia gerada pelos sistemas de armazenamento é um dos fatores decisivos para sua adoção. A redução de custos operacionais, a proteção contra oscilações de preços da energia e a maior sustentabilidade das operações agrícolas tornam a tecnologia cada vez mais atrativa, especialmente para produtores em regiões remotas, onde o fornecimento elétrico pode ser instável ou oneroso.
Para exemplificar, o engenheiro destaca diferentes capacidades de baterias e suas aplicações no campo:
- Bateria de 50 kWh: Alimenta cinco bombas d’água de 1 CV por 10 horas para irrigação.
- Bateria de 100 kWh: Mantém um sistema de ordenha automatizado e iluminação funcionando por 12 horas.
- Bateria de 200 kWh: Suporta um pivô central de irrigação e refrigeração de leite por 8 horas, reduzindo o uso de diesel.
Crescimento da adesão e novas perspectivas
A diretora de Transição Energética da ORI Energy, Luciana Machado, confirma que a aceitação dos sistemas de armazenamento tem crescido significativamente no setor. Inicialmente, o alto custo e a falta de conhecimento técnico eram barreiras à adoção. No entanto, a queda nos preços das baterias e a maior conscientização sobre seus benefícios impulsionaram a procura.
“Hoje, muitos produtores optam por sistemas que garantam fornecimento contínuo de energia, especialmente em áreas sujeitas a instabilidade elétrica. Além disso, há um forte interesse na redução dos custos com eletricidade e na sustentabilidade do negócio”, ressalta Machado.
Ela destaca ainda que a combinação entre baterias e painéis fotovoltaicos potencializa a eficiência e a resiliência das operações agrícolas, proporcionando uma solução mais sustentável e econômica para o agronegócio brasileiro.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio


Agronegócio
Crescimento nas Exportações de Carne Suína em Fevereiro Impulsiona Receita em 32,6%

As exportações brasileiras de carne suína, incluindo tanto os produtos in natura quanto processados, atingiram 114,4 mil toneladas em fevereiro deste ano, o que representa um crescimento de 17% em comparação com o mesmo período de 2024, quando o total embarcado foi de 97,8 mil toneladas. Esse desempenho é o melhor já registrado para o mês de fevereiro.
Em termos de receita, as exportações de carne suína alcançaram US$ 272,9 milhões em fevereiro, refletindo um aumento de 32,6% em relação aos US$ 205,7 milhões registrados no ano passado. No acumulado do primeiro bimestre de 2025, o volume embarcado cresceu 11,6%, somando 220,4 mil toneladas, frente às 197,5 mil toneladas exportadas nos dois primeiros meses de 2024. A receita totalizou US$ 510,9 milhões, o que representa um crescimento de 26,2% em relação aos US$ 404,8 milhões do ano passado.
As Filipinas continuam sendo o principal destino das exportações brasileiras de carne suína, com um total de 23 mil toneladas em fevereiro, registrando um aumento de 72% em relação ao mesmo mês de 2024. Outros destinos relevantes incluem a China, com 19,4 mil toneladas (-26,2%), Hong Kong, com 13,4 mil toneladas (+49,8%), Japão, com 9 mil toneladas (+61,8%), e Chile, com 8,3 mil toneladas (-0,2%). Também houve aumento nas exportações para países como Argentina (+313,1%), Uruguai (+13,1%), Costa do Marfim (+58,4%) e Vietnã (+64,8%).
O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, destacou a relevância do México como novo mercado, com mais de 2 mil toneladas exportadas em fevereiro, impulsionadas pela renovação do programa de segurança alimentar mexicano. Santin também apontou a demanda crescente das Filipinas, Japão e outros países da Ásia, África e Américas, o que projeta bons resultados para o setor no decorrer de 2025.
No âmbito estadual, Santa Catarina, principal exportador de carne suína do Brasil, embarcou 61,8 mil toneladas em fevereiro, um aumento de 14,2% em relação ao mesmo mês do ano anterior. O Rio Grande do Sul ficou em segundo lugar, com 23,9 mil toneladas (+13,8%), seguido pelo Paraná, com 17,9 mil toneladas (+48,1%), Minas Gerais, com 2,3 mil toneladas (+43,9%), e Mato Grosso, com 2,8 mil toneladas (+21%).
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio
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