Em primeira agenda como ministro, Padilha recebe entidades médicas

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A primeira atividade de trabalho do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, foi uma reunião com entidades representativas da sociedade médica: Conselho Federal de Medicina (CFM), Federação Médica Brasileira (FMB), Federação Nacional dos Médicos (FENAM), Associação Médica Brasileira (AMB) e Associação Brasileira de Educação Médica (ABEM). Padilha tomou posse nesta segunda-feira (10), em cerimônia no Palácio do Planalto, onde reiterou a obsessão em reduzir o tempo de espera por atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS)

Na reunião com as entidades médicas, Padilha voltou a afirmar que não é possível reduzir a espera para acesso a tratamentos especializados no país sem dialogar com os médicos. “Por isso chamamos as entidades médicas aqui, para envolvê-las nesse esforço e nessa obsessão. Muito já foi feito pela gestão da ministra Nísia, mas podemos acelerar ainda mais e ampliar essas possibilidades, usando toda a estrutura e a força de trabalho do Brasil para reduzir o tempo de espera por atendimento”, detalhou. 

O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Hiran Gallo, manifestou a importância do ministro Padilha, na primeira hora de trabalho, chamar as entidades médicas para dialogar. “Sinal de que o ministro quer uma saúde de qualidade para a população brasileira e o CFM está disposto a essa ajuda. Nós construímos pontes para o futuro, jamais iremos construir muros”, afirmou. 

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Nesse sentido, o presidente da Federação Médica Brasileira (FMB), Fernando Mendonça, disse que ouvir é o mais importante.  “Precisamos mediar a qualidade para a assistência à saúde da população e, para isso, precisamos ouvir os pares que fazem essa assistência acontecer. Os profissionais médicos são parte importante disso, então queremos participar, levando qualidade para a população, sempre com respeito ao profissional”, ponderou. 

Lúcia Santos, presidente da Federação Nacional dos Médicos (FENAM), defendeu que saúde é um serviço essencial e todo brasileiro clama por isso. “Hoje, na posse, o ministro Padilha disse que a qualidade é mais importante que a quantidade. Discutir a pauta da medicina – que se confunde com a pauta da saúde – é extremamente prazeroso, pois sabemos que vamos avançar nas questões da medicina e da saúde”, disse, afirmando estar esperançosa e aberta ao diálogo, para construir coletivamente uma saúde que o brasileiro merece. 

Para César Fernandes, presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), o convite para a primeira reunião no Ministério da Saúde foi uma “delicadeza com as entidades médicas, o que mostra que o ministro Padilha realmente quer ter uma boa interlocução conosco. Ele quis nos ouvir e dissemos a ele que precisamos ser transparentes na discussão de encaminhamentos para a saúde no Brasil, buscando convergência no que é possível”, defendeu. 

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O diretor-presidente da Associação Brasileira de Educação Médica (ABEM), Sandro Schreiber, também presente na reunião, acrescentou ao debate que o encontro com o ministro Padilha “simbolizou a relevância para a formação médica e a atuação da medicina no Brasil. A ABEM está pronta para contribuir com as políticas que fortaleçam a qualidade da formação médica no país”, disse. “Esse é o caminho que aponta essa reunião e queremos construir juntos”, concluiu. 

 Ministério da Saúde

Fonte: Ministério da Saúde

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Ministro Alexandre Padilha recebe familiares de vítimas da Covid-19

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Nesta terça-feira (11), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, recebeu em seu gabinete representantes de associações e familiares de vítimas que entraram para as estatísticas de milhares de vidas perdidas durante a pandemia de Covid-19. “Resiliência é a palavra que utilizo para resumir este encontro hoje. O enfrentamento à Covid-19, seja dos trabalhadores ou das famílias, é uma prova enorme de resiliência. Resiliência do SUS, do povo brasileiro, da ciência”, afirmou o ministro, reforçando que articula a criação de um Grupo de Trabalho – coordenado pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente – para propor um modelo de estrutura para que cada estado possa enfrentar melhor situações de surtos, epidemias, endemias e os impactos das mudanças climáticas. 

Há exatos cinco anos, o diretor da OMS, Tedros Adhanom, declarou que os países deveriam adotar uma estratégia integral e combinada para prevenir infecções, salvar vidas e minimizar o impacto da pandemia. Na época, o Brasil não adotou os mecanismos sugeridos pela OMS, vindo o país a registrar mais de 700 mil óbitos. 

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Na reunião com o ministro Padilha, participaram a Sociedade Brasileira de Bioética (SBB), a Associação de Vítimas da Covid-19 (Avico); a Associação Vida e Justiça; o Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (CEBES); a Coalização Nacional Orfandade e Direitos; a Fiocruz; o Instituto Questão de Ciência; a atual presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Fernanda Magano e o presidente do CNS durante a pandemia, Fernando Pigatto. “É importante que a gente tenha, no Brasil, uma política de estado mais estável”, defendeu a nova secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Mariângela Simão. 

O dia 11 de março é doloroso para Izabela Lopes Jamar, que perdeu a mãe para a Covid-19. “Quero justiça e que pessoas sejam responsabilizadas pelos crimes de saúde pública e pela divulgação de fake news que cometeram”, afirmou. 

Kátia Castilho perdeu a mãe e o pai por Covid-19. A mãe, segundo ela, foi vítima de uma empresa acusada de promover tratamentos para a doença sem eficácia comprovada. “Março e abril foram os meses que perdi meus pais. A gente precisa que o Ministério da Saúde olhe mais para nós. Não podemos ser esquecidos”, declarou. 

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A advogada Bruna Morato depôs na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia. “O que me traz aqui são dois sentimentos: esperança e indignação. A minha resistência está relacionada à rede apoio a esses parentes e associações”, disse, solicitando ao Ministério da Saúde ampliação do apoio na assistência aos familiares das vítimas. 

A presidente da Associação de Vítimas e Familiares da Covid-19, Paola Falceta, defendeu a criação de uma política de saúde mental com linha de cuidado para familiares órfãos como método de preparo para os sistemas de saúde em caso de novas pandemias. “Grande parte da população utiliza o SUS e, provavelmente, teremos outras pandemias. Quanto antes tivermos protocolos, melhor”, defendeu. 

Ministério da Saúde

Fonte: Ministério da Saúde

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