Minas Gerais reforça segurança no campo com lançamento da Agenda Positiva

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O Governo de Minas Gerais, por meio da Polícia Militar (PMMG), Polícia Civil (PCMG) e da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), em parceria com o Sistema Faemg, anunciou nesta quinta-feira (13/3) a Agenda Positiva para Segurança no Campo. A iniciativa visa fortalecer a proteção de produtores rurais, trabalhadores e suas famílias, e foi apresentada durante solenidade na sede da Faemg, em Belo Horizonte.

O secretário-adjunto de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, João Ricardo Albanez, destacou a relevância da atuação conjunta para garantir a segurança no meio rural. “As propriedades rurais hoje são unidades produtivas altamente tecnológicas, com equipamentos modernos e valorização dos produtos. Isso amplia a necessidade de segurança para que o produtor tenha tranquilidade na aquisição de insumos, colheita e escoamento da produção”, afirmou.

Para o presidente da Faemg, Antonio de Salvo, garantir a segurança dos agricultores é fundamental. “Não aceitamos a insegurança. As propriedades rurais são extensões de nossos lares, e é essencial encontrar soluções eficazes. Estamos agindo de forma preventiva para evitar prejuízos”, reforçou.

Segurança integrada e operações estratégicas

A Agenda Positiva busca resguardar produtores e propriedades ao longo de todo o ano, não apenas durante a colheita. Entre as principais medidas da Polícia Militar está a elaboração de uma megaoperação com uso de drones e tecnologia de reconhecimento facial, além do reforço no treinamento dos militares que atuam no Patrulha Rural. O uso do aplicativo “QApp – Módulo Policiamento Rural” também será intensificado, permitindo o mapeamento de estradas rurais via GPS, georreferenciamento de comunidades e cadastro de propriedades. Além disso, o serviço de inteligência monitorará organizações criminosas.

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“A Polícia Militar está focada na prevenção e repressão de crimes no campo por meio de operações e interação comunitária. Essa abordagem tem se mostrado eficiente, com as forças de segurança trabalhando de forma conjunta”, destacou o chefe do Estado-Maior da PMMG, coronel Maurício José de Oliveira.

Atualmente, o Patrulha Rural está presente em 283 municípios, atuando na prevenção criminal e policiamento comunitário. Apenas em 2024, a PMMG recapturou 1.175 foragidos da Justiça em áreas rurais e prendeu 1.400 pessoas por porte ilegal de armas.

Na Polícia Civil, o destaque é o projeto “Campo Seguro”, que promove uma atuação integrada entre delegacias e aprimora a troca de informações para investigação de crimes rurais. O estado conta com 11 Delegacias Especializadas de Repressão a Crimes Rurais, localizadas em Uberaba, Uberlândia, Frutal, São Sebastião do Paraíso, Araxá, Passos, Guaxupé, Patrocínio, Alfenas, Poços de Caldas e Belo Horizonte.

“Em parceria com a Faemg, estamos estruturando um curso obrigatório para 100% do nosso efetivo, garantindo que todos conheçam a realidade do campo e as especificidades das investigações em áreas rurais”, explicou a delegada-geral Letícia Gamboge, chefe da PCMG.

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Iniciativas dos produtores rurais

Além das ações governamentais, os próprios produtores têm investido em medidas de segurança para minimizar riscos. Entre as principais iniciativas adotadas estão:

  • Investimento em tecnologia de segurança;
  • Monitoramento por câmeras de vídeo;
  • Alinhamento estratégico com a Polícia Militar;

Interação contínua com o patrulhamento rural, seja presencialmente ou pelo aplicativo;

  • Participação ativa em reuniões para planejamento de operações.

Com a integração entre produtores, forças de segurança e governo, a Agenda Positiva pretende fortalecer a segurança no campo, garantindo um ambiente mais protegido para o desenvolvimento da agropecuária em Minas Gerais.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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Perspectivas para a Safra de Trigo 2025 em São Paulo: Desafios e Oportunidades no Setor

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A primeira reunião de 2025 da Câmara Setorial do Trigo de São Paulo, promovida pelo Sindicato da Indústria do Trigo no Estado de São Paulo (Sindustrigo), aconteceu na quinta-feira, 13 de março, na Cooperativa Capão Bonito, localizada em Capão Bonito (SP). O evento, realizado de forma híbrida, abordou os desafios enfrentados pelo setor, as perspectivas para as safras de 2024/2025 e 2025/2026, além de analisar o mercado internacional do grão.

Para a safra de trigo de 2025, a previsão é de estabilidade na área cultivada, apesar de alguns indícios de redução em algumas cooperativas devido à migração de produtores para outras culturas, como sorgo e milho, motivada pelos custos de produção. No entanto, o trigo continua sendo uma opção atraente para os agricultores paulistas, impulsionado pela forte demanda das indústrias moageiras e pela rapidez na comercialização do grão. O vice-presidente da Câmara Setorial do Trigo, José Reinaldo Oliveira, afirmou: “Existem várias alternativas de cultivo, mas o trigo segue competitivo, pois a demanda permanece constante e o estoque disponível para os moinhos é baixo.”

Embora fatores climáticos ainda apresentem incertezas, Oliveira demonstrou otimismo quanto à produtividade da próxima safra. “Se as condições climáticas forem favoráveis, com chuvas regulares e temperaturas adequadas, podemos alcançar níveis de produção semelhantes aos de anos anteriores. O trigo continua sendo uma opção viável, oferecendo segurança econômica ao produtor”, afirmou.

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O presidente da Câmara Setorial do Trigo, Nelson Montagna, que participou remotamente, reforçou a importância da expansão da produção estadual. “Há mercado e demanda para o trigo paulista. Precisamos focar na qualidade e no crescimento do setor, que enfrentará altos e baixos, mas a tendência é de progresso”, resumiu Montagna.

Impactos Globais: Guerra e Competitividade no Mercado Internacional

O analista de mercado de trigo da Safras & Mercado, Élcio Bento, abordou o cenário internacional, destacando como os fatores globais influenciam diretamente os preços no Brasil. “O Brasil está atrelado ao mercado argentino, que é influenciado pelas flutuações das bolsas norte-americanas”, comparou Bento. Ele ainda ressaltou que a guerra comercial entre China e Estados Unidos, que em 2018 reduziu drasticamente as exportações de trigo americano para o mercado chinês, pode criar novas oportunidades para o trigo argentino. “Caso os EUA enfrentem restrições, o trigo argentino pode ganhar espaço na China”, explicou Bento.

Outro ponto importante levantado foi o impacto da guerra na Ucrânia, que tem afetado o fluxo de trigo pelo Mar Negro. Bento prevê que, no curto prazo, a normalização desse fluxo poderia aliviar a pressão sobre os preços globais, embora o impacto para a safra de 2025 seja limitado. Ele ainda destacou a crescente competitividade do trigo argentino em relação ao produto americano, apontando que, para atender à demanda paulista, o estado precisará importar o grão.

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Atualizações sobre o Cenário Paulista: Desafios e Inovações no Setor

Raquel Nakazato Pinotti, pesquisadora científica da APTA e assessora de pesquisa da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo (SAA), representou o coordenador das Câmaras Setoriais da SAA, José Carlos de Faria Cardoso Júnior. Ela enfatizou a necessidade de uma proposta tributária que considere as especificidades do trigo paulista, sem depender de mandatos políticos. “É essencial criar uma política tributária que apoie a produção e garanta que o produtor tenha as condições necessárias para avançar”, afirmou.

A reunião também abordou o panorama atual do plantio no estado, com as maiores cooperativas paulistas compartilhando suas projeções de produção de trigo. Além disso, foram apresentados estudos sobre novas cultivares e alternativas para mitigar problemas fitossanitários. A APTA trouxe um estudo sobre o uso do Tereoil, um composto de terebintina para desinfecção de fungos contaminantes. A Biotrigo Genética, por sua vez, apresentou um panorama sobre o desempenho das principais variedades cultivadas em São Paulo.

O setor segue com desafios a serem superados, mas as perspectivas para o trigo paulista permanecem positivas, com foco na qualidade e na sustentabilidade da produção.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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