“A saúde integral da mulher é prioridade absoluta do Ministério da Saúde”, afirma Padilha em primeira reunião no Congresso Nacional

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No segundo dia à frente do Ministério da Saúde, o ministro Alexandre Padilha realizou a primeira reunião no Congresso Nacional com a bancada feminina da Câmara dos Deputados. O encontro ocorreu nesta quarta-feira (12) e marcou o compromisso do governo em priorizar a saúde das mulheres. “A saúde integral da mulher é prioridade absoluta na gestão do Ministério da Saúde”, defendeu Padilha. 

Liderada pela deputada Benedita da Silva, a bancada feminina levou ao ministro sugestões de projetos e medidas para fortalecer o atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS). Durante a reunião, Padilha enfatizou a importância de garantir um cuidado ainda mais amplo para todas. “Não dá para falar de saúde sem falar das mulheres, sem envolvê-las no enfrentamento dos desafios do setor. As mulheres são maioria da população e principais usuárias do SUS, seja por conta própria ou como cuidadoras de seus filhos, pais e familiares. Além disso, a maior parte dos profissionais da saúde são mulheres”, destacou o ministro. 

A deputada Benedita da Silva (RJ) agradeceu ao ministro pela disponibilidade em dialogar com o grupo e reforçou a importância da parceria para avançar em projetos fundamentais. “A bancada feminina tem trabalhado intensamente e conquistado avanços em diversos projetos. Hoje, na área da saúde, temos três propostas voltadas para o câncer, três relacionadas à saúde mental e psicossocial, duas para acompanhamento em saúde, além de iniciativas específicas para a saúde da mulher negra, combate à violência sexual e regulamentação da profissão de doulas. O que queremos é ouvi-lo, dar-lhe as boas-vindas e reforçar que estamos prontas para construir juntos”, declarou Benedita. 

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A parlamentar Jandira Feghali (RJ) destacou a importância da participação feminina no debate sobre o Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS) e o incentivo à inovação científica. “A questão da mulher é transversal e, entre os temas discutidos, está o Complexo Industrial da Saúde. Acredito que precisamos acompanhar mais de perto o desenvolvimento desse trabalho, pois há pesquisadores inovando nessa área, o que pode trazer impactos positivos para as políticas públicas de saúde”, afirmou Feghali. 

Para Antônia Lúcia, deputada pelo estado do Acre, há necessidade de medidas mais rígidas para garantir a aplicação de vacinas em crianças e políticas voltadas ao tratamento de câncer e saúde mental. “Vossa Excelência terá a oportunidade de se debruçar sobre projetos fundamentais para o combate ao câncer e a manutenção da qualidade de vida das pessoas com deficiência psicológica. Além disso, gostaria de sugerir a criação de uma tipificação criminal para servidores públicos que se recusarem a aplicar vacinas nas crianças”, pontuou a parlamentar. 

“Estou muito feliz por vê-lo à frente do Ministério da Saúde. Conheço seu trabalho e a diferença que fez no Governo Federal e na Secretaria de Saúde da capital paulista. Um dos pontos que precisamos discutir é a distribuição de fraldas geriátricas nas UBS”, propôs a deputada Juliana Cardoso (SP). 

A deputada Célia Xakriabá (MG) destacou pautas voltadas à saúde indígena e alertou sobre os impactos ambientais na saúde dos povos originários. “Temos duas coisas em comum: o senhor, que é doutor do corpo, e nós, povos indígenas, que somos doutores e embaixadores da floresta. Nesse sentido, temos dois projetos fundamentais. Um deles regulamenta as profissões de Agente Indígena de Saúde (AIS) e de Agente Indígena de Saneamento (Aisan), no âmbito do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SasiSUS). O outro, de minha autoria, trata dos impactos dos agrotóxicos nas terras indígenas. Vivemos um momento de profunda crise climática, e precisamos discutir de que maneira podemos enfrentar esse problema”, alertou. 

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O ministro Alexandre Padilha, ao ouvir as parlamentares, destacou que o encontro reforça a parceria entre o Ministério da Saúde e a bancada feminina para impulsionar projetos que ampliem o acesso das mulheres aos serviços de saúde. “Saiu daqui um casamento entre o Ministério da Saúde e a bancada das mulheres. Vou me reunir com a Liderança do Governo na Câmara para avaliar a possibilidade de priorizarmos esses projetos. Vamos fazer de março um mês extremamente produtivo para a saúde integral das mulheres no Congresso Nacional”, afirmou. 

Outras importantes iniciativas mencionadas são a instalação de uma sala de situação permanente no Ministério da Saúde para acelerar agendas relacionadas às mulheres, o fortalecimento da Rede Alyne e a ampliação da prevenção e diagnóstico do câncer de colo de útero e de mama. Padilha também destacou que a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) discutirá a incorporação de novos medicamentos para o tratamento da endometriose e anticoncepcionais que beneficiem mulheres e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. 

O ministro da Saúde reforçou, ainda, a importância de reduzir o tempo de espera para exames e tratamentos, garantindo um atendimento mais rápido e eficiente para a população feminina. “Vamos consolidar o Brasil como a maior rede pública de prevenção diagnóstica de câncer do mundo. Temos todas as condições de fazer isso e é uma prioridade absoluta nossa”, destacou. 

Edjalma Borges
Ministério da Saúde

Fonte: Ministério da Saúde

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SAÚDE

Ministério da Saúde apresenta resultados de pesquisa de avaliação do Proadi-SUS

O objetivo principal foi avaliar o Proadi-SUS, identificando as melhores práticas, os desafios e as oportunidades de aprimoramento do programa. 

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Ministério da Saúde apresenta resultados de pesquisa de avaliação do Proadi-SUS. Foto: Erasmo Salomão/MS

O Ministério da Saúde está realizando, em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a primeira pesquisa de avaliação do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), com foco nos 169 projetos desenvolvidos durante o 5º triênio (2021-2023). Os resultados da 1ª etapa do estudo foram apresentados em evento realizado na sexta-feira (14), em Brasília

O objetivo principal foi avaliar o Proadi-SUS, identificando as melhores práticas, os desafios e as oportunidades de aprimoramento do programa.  “Queremos tornar o Proadi-SUS ainda mais potente, garantindo que os projetos desenvolvidos no âmbito do programa estejam alinhados com as prioridades do SUS e as necessidades de saúde da população”, afirmou o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Adriano Massuda, durante a mesa de abertura do evento.

Também participaram da mesa, a coordenadora do projeto e professora da UFMG, Telma Maria Gonçalves Menicucci; o coordenador do núcleo de acompanhamento de projetos estratégicos do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Nilo Bretas; e o diretor de Cuidado Público e Responsabilidade Social do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), Guilherme de Paula Pinto Schettino.

Resultados gerais

A pesquisa avaliou processos, entregas e potenciais efeitos no desenvolvimento institucional do SUS. De acordo com as análises, 70% do total de projetos é focado na área de gestão e pesquisa. A maioria das ações tem abrangência nacional, com concentração nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste. A vigência média dos projetos foi de 25,2 meses, com valor médio executado de R$ 13,2 milhões.

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As áreas temáticas mais presentes foram doenças crônicas, gestão em saúde e formação de profissionais. Já os objetivos do Plano Nacional de Saúde mais contemplados foram qualificação da força de trabalho, melhoria da gestão e ampliação do acesso. Outro destaque é para os níveis de atenção em saúde mais frequentes, como a atenção especializada e atenção primária.

Os projetos do Proadi-SUS apresentaram 890 entregas que foram organizadas em nove categorias de análise: ações relacionadas à infraestrutura; assessoria; atendimento ou procedimento em saúde; monitoramento e avaliação; coleta, processamento e análise de dados; desenvolvimento de produtos; divulgação e publicação; gestão do projeto e da pesquisa; e treinamento e capacitação.

Também foram percebidos melhora da qualidade do cuidado, como o fortalecimento às linhas de atenção do SUS, a ampliação da qualificação de gestores e profissionais de saúde que atuam no SUS, fomento à pesquisa e inovação, a criação de protocolos clínicos; e redução de custos ao sistema, uma vez que contribuiu para a diminuição do número de internações e de atendimentos de emergência.

Recomendações

O relatório apresenta um conjunto de recomendações para o aprimoramento contínuo do Proadi-SUS, considerando desafios e oportunidades, e ampliação do seu impacto no SUS:

  • Utilização de Novas Tecnologias;
  • Fortalecimento da Articulação do Programa com as demais políticas do SUS;
  • Ampliação do alcance dos projetos;
  • Sustentabilidade das Ações;
  • Monitoramento e avaliação contínuos;
  • Transparência e Prestação de Contas;
  • Inovação e Criatividade;
  • Resultados e Impacto mensuráveis;
  • Comunicação e Disseminação;
  • Foco no Usuário do SUS;
  • Avaliação de Impacto a Longo Prazo;
  • Incorporação do conhecimento e das tecnologias para o SUS.
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Próximas etapas

A pesquisa de avaliação terá mais duas etapas que envolverá trabalho de campo com os autores envolvidos na execução e acompanhamentos dos projetos (hospitais de excelência e secretarias do Ministério da Saúde), e seus beneficiados (serviços de saúde do SUS), além de uma proposta estruturada de monitoramento e avaliação do programa.

O relatório da primeira etapa da pesquisa com os ajustes finais será disponibilizado na página do Ministério da Saúde.

Sobre o programa

O Proadi-SUS é uma iniciativa do Ministério da Saúde que visa fortalecer o SUS por meio de parcerias com hospitais de excelência.

Criado em 2009, o programa financia projetos de capacitação, pesquisa, inovação e gestão em saúde, utilizando recursos provenientes da imunidade tributária concedida atualmente a seis hospitais filantrópicos, sendo: Hospital Alemão Oswaldo Cruz; BP-Beneficência Portuguesa de São Paulo; HCor-Hospital do Coração; Hospital Israelita Albert Einstein; Hospital Moinhos de Vento; e Hospital Sírio Libanês.

Ministério da Saúde

Fonte: Ministério da Saúde

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