A semana começa animada com a soja em alta nesta segunda, na bolsa de Chicago

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A soja abriu a semana com leve alta na Bolsa de Chicago nesta segunda-feira (20.05), impulsionada por ganhos no mercado do trigo e pela expectativa para o novo relatório de safras do USDA.

Por volta das 7h40 (horário de Brasília), os contratos futuros da soja para entrega em julho subiam 2,75 cents por bushel, cotados a US$ 12,33, enquanto os de agosto avançavam 0,50 cents, para US$ 12,29. A valorização acompanha o desempenho do trigo, que registra alta de quase 3% nos contratos negociados na CBOT.

Os olhares dos analistas se voltam para o clima no Meio-Oeste americano, principal região produtora de soja nos Estados Unidos. Até o momento, os mapas meteorológicos não indicam grandes ameaças à safra 2024/25, limitando o impacto nas cotações.

“O clima seco durante o fim de semana permitiu o avanço do plantio em quase todo o Corn Belt. No entanto, algumas áreas, como Missouri, Nebraska e o lado leste de Illinois e Indiana, apresentam excesso de umidade, o que pode levar alguns produtores a recorrer ao programa Prevent Plant do USDA”, alerta Ginaldo Sousa, diretor geral do Grupo Labhoro.

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O mercado também aguarda com expectativa o relatório semanal de acompanhamento de safras do USDA, que será divulgado às 17h (horário de Brasília). As projeções indicam que o Crop Progress deve mostrar 75% do milho plantado e 45% da soja, com a janela ideal para o plantio da oleaginosa se encerrando em 21 de junho.

Com informações do Notícias Agrícolas

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

“Biocombustíveis não são vilões da inflação”, diz presidente da CTE na Câmara

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O debate sobre os impactos dos biocombustíveis na inflação voltou à tona nos primeiros meses de 2025, com o governo atribuindo parte da alta de preços a esses produtos. Para o deputado federal e presidente da Comissão de Transição Energética da Câmara dos Deputados, essa narrativa é equivocada e pode prejudicar a implementação de políticas estratégicas para o setor.

Ele destacou que a tentativa de vincular biocombustíveis ao aumento do custo de vida contrasta com a recente sanção da Lei do Combustível do Futuro, que atraiu R$ 200 bilhões em investimentos para ampliar a participação de combustíveis renováveis na matriz energética brasileira. “Não podemos deixar que a polêmica ‘food versus fuel’, criada na Europa, atrapalhe o avanço das energias renováveis no Brasil”, afirmou.

O parlamentar rebateu a ideia de que o Brasil enfrenta uma competição por terras agricultáveis como ocorre na União Europeia. Ele apontou que, enquanto países como Dinamarca, Irlanda e Países Baixos destinam mais de 60% de seus territórios à agricultura, o Brasil utilizou apenas 9% de sua área para a produção agropecuária em 2024. Além disso, há cerca de 159 milhões de hectares degradados, dos quais 36 milhões poderiam ser recuperados para a produção de alimentos sem comprometer biomas preservados.

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A alta do óleo de soja, segundo o deputado, não tem relação com a produção de biodiesel, mas sim com fatores como a quebra de safra devido a questões climáticas e a valorização do dólar. Ele lembrou que, durante a pandemia, o preço do óleo de soja disparou e, em 2023, registrou uma deflação de 36%. No entanto, com a safra recorde de 2024/25, a tendência é de acomodação nos preços, o que deve aliviar a pressão sobre os custos dos alimentos.

O mesmo ocorre com o milho. O parlamentar destacou que o aumento da produção de etanol de milho não impactou os preços dos alimentos, pois os estoques do grão no Brasil permanecem em níveis confortáveis. “Nosso mercado segue alinhado ao internacional, e o crescimento da produção de biocombustíveis não compromete a oferta alimentar”, ressaltou. Ele também destacou a importância da “safrinha”, que aumenta a oferta do grão sem afetar os preços e permite que o país produza energia renovável sem prejudicar a segurança alimentar.

Outro ponto criticado foi a decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) de reduzir a adição de biodiesel ao diesel fóssil de 15% para 14% (B14), medida que entrará em vigor em março. Segundo o deputado, o argumento de que essa redução evitaria impactos nos preços dos alimentos não se sustenta, uma vez que há oferta suficiente de soja no mercado. “O Brasil produziu 147,38 milhões de toneladas de soja em 2024, mas apenas 54 milhões foram esmagadas para biodiesel. Além disso, o biocombustível reduz as emissões de gases de efeito estufa em até 80%”, afirmou.

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O parlamentar também mencionou a importância do aumento da mistura de etanol na gasolina. No dia 17 de março, o Ministério de Minas e Energia apresentará os estudos do E30, que prevê a elevação do percentual de etanol na gasolina de 27% para 30%. “Isso tornará o Brasil autossuficiente em gasolina. Manter o percentual atual passa uma mensagem negativa ao mercado e pode frear investimentos em biocombustíveis”, alertou.

Para o presidente da Comissão de Transição Energética, os biocombustíveis são a alternativa mais custo-efetiva para a descarbonização e representam uma grande oportunidade para investimentos e geração de riqueza. “Não abriremos mão disso. O Brasil tem uma vantagem competitiva única no setor, e precisamos consolidá-la”, concluiu.

Fonte: Pensar Agro

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