Abertura de empresa fica mais fácil no Distrito Federal

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Abrir uma empresa fica mais fácil a partir desta terça-feira (21) no Distrito Federal, quando entra em “pleno funcionamento” o Balcão Único na Junta Comercial. Por meio deste instrumento, “qualquer cidadão pode abrir uma empresa de forma simplificada e automática, reduzindo o tempo e os custos para abrir um negócio”, conforme foi anunciado pelo Ministério da Economia.

De acordo com a pasta, o Balcão Único já funciona em cinco estados, além do DF: São Paulo, Pernambuco, Bahia, Pará e Rio Grande do Sul.

“Com o Balcão Único, tudo é realizado em um só local. O empreendedor efetua o registro do negócio e já obtém o número do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) para iniciar seu negócio, nos casos em que licenças e alvarás sejam dispensados e nos casos que permitem autodeclaração do usuário no cumprimento dos requisitos necessários para emissão automática do alvará”, detalhou, em nota, o ministério.

Formulário único

Os procedimentos são mais simples, se comparados aos processos burocráticos necessários para abertura de empresas, com os empreendedores tendo de entrar no portal da Junta Comercial e em diversas plataformas do governo federal e dos municípios para fazer o registro e dar início ao funcionamento do próprio negócio.

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Segundo o Ministério da Economia, o Balcão Único integra os dados entre órgãos de cada esfera do governo. “A coleta de todos os dados necessários para a abertura e funcionamento de uma empresa é feita através de formulário eletrônico único, pela internet. Assim, não é preciso que o cidadão faça deslocamentos ou enfrente filas, pois é tudo on-line, com agilidade e sem burocracia”.

A nova tecnologia abrange nove juntas comerciais que integram o projeto Empreendedor Digital: Acre, Amapá, Amazonas, Ceará, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Roraima e Rio Grande do Sul.

Desburocratização

Ao anunciar a intenção de implementar o Balcão Único no DF, no início de novembro, o secretário-geral da Junta Comercial, Industrial e de Serviços do Distrito Federal (Jucis-DF), Maxmiliam Patriota, disse que, com a desburocratização proporcionada pelo novo sistema, os empresários poderão iniciar as atividades de forma automática, “aumentando as chances de ser competitivo, de gerar renda e oportunidades. A rapidez é essencial”.

Na época, a Jucis-DF informou que, com os procedimentos analógicos, o tempo médio de abertura de uma empresa era estimado entre 15 e 30 dias, e que, com a automatização dos procedimentos, os investimentos em sistemas digitais e a iminente chegada do Balcão Único, a estimativa era de que o mesmo processo passe a demorar entre uma e duas horas.

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Para abrir uma empresa no DF, o interessado deve acessar os serviços da Junta Comercial da capital federal. O acesso ao serviço é possível por meio de uma conta gov.br.

Edição: Nádia Franco

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ECONOMIA

CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos

Técnica amplia a produção, melhora a qualidade das mudas e favorece a sustentabilidade no campo

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CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos. Fotos: CRV

A CRV Industrial, usina bioenergética localizada em Carmo do Rio Verde, está investindo no plantio por Meiose como uma estratégia para otimizar o cultivo da cana-de-açúcar. Esse método permite que parte da área seja plantada inicialmente para gerar mudas destinadas ao restante da lavoura, possibilitando o uso temporário da terra com outras culturas ou o pousio.

De acordo com o superintendente agrícola, Carlos Jordão, a técnica visa otimizar o plantio, reduzir custos e preservar a área de moagem. Como teste inicial, a empresa implantou 100 hectares com Meiose, que se transformarão em 900 hectares para atender à área planejada. Esse sistema também já está sendo utilizado na unidade da empresa em Minas Gerais.

Jordão destaca que as principais vantagens desse método incluem a redução de operações agrícolas, a diminuição de custos, maior flexibilidade na janela de plantio, viabilidade do plantio em períodos chuvosos, interrupção do ciclo de pragas, melhor qualidade das mudas, maior rendimento no corte e preservação da cana destinada à moagem. “Entretanto, desafios como a necessidade de mão de obra especializada e o manejo dos tratos culturais da linha-mãe ainda são pontos de atenção”, ressalta.

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Na CRV Industrial, o manejo da Meiose está sendo realizado com MPB (Mudas Pré-Brotadas), o que otimiza o processo e permite melhor aproveitamento da janela de plantio. A maior parte das mudas está sendo utilizada em plantios de um ano e meio, sendo metade mecanizada e metade por Meiose. Esse modelo contribui para a redução da área de mudas cortadas, pois uma única linha pode se desdobrar em oito a dez linhas.

A linha de Meiose exige um investimento maior devido à irrigação, com custo médio de R$ 17 mil por hectare. No entanto, a quebra da Meiose gera economias significativas em transporte e outros custos operacionais. “Quando se divide o custo total, o valor final fica em torno de R$ 11 mil por hectare. A ideia é expandir a técnica para uma área entre 2.500 e 3.000 hectares, economizando hectares de mudas e mantendo um custo competitivo em relação ao plantio mecanizado”, explica Carlos Jordão.

A CRV Industrial aposta nessa estratégia para aumentar a eficiência e a sustentabilidade na produção de cana-de-açúcar. Além da redução de custos, a possibilidade de plantar outras culturas entre as linhas da Meiose permite um melhor aproveitamento da terra e contribui para a melhoria do solo. O projeto reforça o compromisso da empresa com a inovação e a busca por soluções sustentáveis para o setor sucroenergético.

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