Advogada critica liberdade de ex-namorado

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A ausência de prisão do piloto Victor Junqueira, de 24 anos, que aparece em uma filmagem agredindo a namorada, a advogada Luciana Sinzimbra, de 26 anos, causou comoção Brasil afora e é vista com pesar também pela vítima, que concedeu entrevista ao jornal O Popular. Para ela, o maior receio é de que, assim como o rapaz a surpreendeu com as agressões na madrugada de 15 de dezembro, algo inesperado possa voltar a ocorrer. “Eu não esperava que ele fosse me bater do jeito que bateu. Então, como posso esperar que não vá tentar me matar, ainda mais com essa repercussão?”, questionou ela.

Desde o dia do ocorrido, quando registrou um boletim de ocorrência na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Goiânia, Luciana está amparada por medidas protetivas de urgência, que, segundo afirmou anteriormente a defesa de Victor, têm sido respeitadas. O cumprimento também foi informado pela delegada titular da Deam, Ana Elisa Gomes, e seria um dos motivos para que sua prisão preventiva não tivesse sido pedida até o momento. Outros motivos seriam seu comportamento durante as investigações e a existência de residência fixa.

Apesar de considerar os aspectos jurídicos apresentados para que a prisão não ocorresse, conforme afirma, a vítima vê problemas na legislação, que considera não ser “clara e uníssona o suficiente”, o que a torna passível de interpretações diversas. Ela diz ter pesquisado sobre a questão e ter compreendido que, em seu caso, algo diferente poderia ter sido feito. “Mesmo que ele não tenha me ameaçado ou me procurado, eu não duvido que ele seja capaz de algo pior. Quem garante? Como saber?”, indaga.

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De acordo com a advogada, houve apenas uma ocasião em que ela e o piloto teriam estado em contato após o dia do crime. Ele teria encaminhado uma mensagem por meio do Instagram, pedindo para que ela não o denunciasse.

Atualmente, segundo Luciana, o rapaz vive de forma restrita, no que ela chama de “prisão domiciliar” devido à repercussão do caso e à “quantidade de ameaças contra ele”. A situação é confirmada pelo advogado de Victor, Romero Ferraz Filho, que diz que o cliente está sofrendo ameaças, por meio de mensagens ou telefonemas, e que, por isso, não tem saído de casa.

 

Imagens divulgadas

No dia 24 de dezembro, tornaram-se públicas as imagens registradas pela própria jovem, que utilizou o próprio celular, que estava escondido, para gravar. A divulgação, no entanto, não teria ocorrido com o consentimento de Luciana e teria partido de um amigo dela, que teria repassado para outras pessoas.

A jovem diz que pretende processar o responsável, mas que até o momento não tomou nenhuma medida judicial. “Houve muito constrangimento. Apesar de ajudar muitas mulheres, sou eu ali sendo espancada e todos vendo. Não é fácil”.

Inicialmente, diz a advogada, o objetivo da gravação não era registrar uma briga, mas, sim, uma conversa, que ele teria proposto após dar um tapa em seu rosto. Antes, teriam se desentendido na saída de um restaurante. No apartamento de Luciana, o casal teria entrado em luta corporal e ela teria se trancado em um quarto para fugir dos ataques.

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A defesa de Victor diz que ele está arrependido. “Ele não sabe como aquilo pôde acontecer”, afirma o advogado. “Aguardamos o oferecimento de denúncia para ter um posicionamento mais concreto”, continua.

 

“Muito além da agressão física”

A pesar da exposição sofrida desde foi divulgado o vídeo em que aparece sofrendo agressões cometidas pelo namorado, a advogada Luciana Sinzimbra tem recebido apoio, principalmente por meio de redes sociais, e busca utilizar o seu caso para fortalecer a luta pelo combate da violência contra a mulher. De acordo com ela, várias pessoas que viveram situações semelhantes a procuram para contar suas histórias.

“A partir de minhas conversas com mulheres que sofrem ou já sofreram violência doméstica, vejo que a realidade é uma só: vai muito além da agressão física. O psicológico fica tremendamente abalado”, diz.

“Os relatos que recebo me dão força para prosseguir de cabeça erguida e ajudar mais mulheres. Saber que tantas pessoas se indignaram com o ocorrido me dá esperança de que a sociedade esteja acordando para esse tipo de violência, que é tão corriqueira”, diz ela.

Porém, nem todas as mensagens que recebe são positivas. Ataques a ela e à família, além de notícias falsas, também têm sido presentes. “Atacaram meu pai, por ele não ter ido atrás do meu ex. Mas eu sempre digo: se eu receber 50 críticas, mas puder ajudar uma pessoa (com a história), pra mim já estará valendo”, afirma.

Da Redação com OP

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CIDADES

Em Goiás, jogador de 14 anos morre após passar mal enquanto jogava bola com amigos

Zequinha deu seus primeiros passos com a bola aos 6 anos, quando jogava futsal. Atualmente, treinava como ponta-direita no G2 Futebol Clube, de Goiânia. Ele era o irmão mais velho entre os três filhos da família.

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Ezequiel Sena Neres, o Zequinha tinha 14 anos. Fotos: Redes Sociais

Um jogador de futebol identificado como Ezequiel Sena Neres, o Zequinha de 14 anos, morreu após passar mal enquanto jogava bola com amigos, em Goiânia. Ele treinava profissionalmente e chegou a ser levado ao hospital, mas não resistiu, informou o pai do adolescente Dione Neres.

O caso aconteceu no último sábado (8), em um condomínio próximo da saída para Senador Canedo. Conforme Dione, o seu filho estava jogando com amigos da igreja que frequenta, quando passou mal. O pai contou que rapidamente levou o filho até um hospital pediátrico, onde foi atendido.

“Ele chegou bem fraco no hospital. Os médicos tentaram restabelecer ele, mas não conseguiram. Ele tinha todos os exames, sendo apto para a atividade”, acrescentou Dione.

Conforme informações da família, o atestado de óbito diz que a causa da morte deverá ser esclarecida por exames complementares.

Orgulho

Zequinha deu seus primeiros passos com a bola aos 6 anos, quando jogava futsal. Atualmente, treinava como ponta-direita no G2 Futebol Clube, de Goiânia. Ele era o irmão mais velho entre os três filhos da família. “Menino de ouro. Craque. Inteligente”, elogiou o Dione.

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“Meu garoto de ouro tinha sonho de ser empresário, queria ser bem-sucedido na vida. O desejo dele era já parar de jogar esse ano e focar em estudos. Queria ir morar sozinho cedo”, descreveu o pai.

O clube lamentou a morte do atleta nas redes sociais. “É com muita tristeza que comunicamos o falecimento do nosso atleta Ezequiel (conhecido como Zequinha). Que Deus te receba com sua alegria. Nossos sentimentos a toda sua família, e pedimos que Deus os conforte nesse momento tão difícil. Família G2 em luto”, disse em nota.

O corpo de Ezequiel foi sepultado nesta segunda-feira (10), no Cemitério Parque de Goiânia.

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