Ágio médio em leilão de certificados de energia renovável passa de 50%

Publicados


A empresa Furnas Centrais Elétricas, subsidiária da Eletrobras, realizou hoje (5) o primeiro leilão online de certificados de energia renovável (I-REC). Foram oferecidos dois produtos: beneficiário final, empresas comprometidas em abater suas emissões; e comercializador, que tiveram montantes negociados com participação ativa das empresas proponentes e ágio médio superior a 50%.

O diretor de Regulação e Comercialização de Furnas, José Alves de Mello Franco, disse que ficou satisfeito com os resultados do leilão, o que demonstra que a iniciativa é relevante para o mercado na procura de certificados de energia renovável com foco na redução de gases de efeito estufa no meio ambiente.

“Furnas é pioneira no grupo Eletrobras nesta alternativa eficaz e de fácil acesso para empresas que buscam políticas mais sustentáveis, além de manter firme o comprometimento da companhia em práticas consonantes ao mercado ESG – Environmental, Social and Corporate Governance [Governança Ambiental, Social e Corporativa], afirmou.

De acordo com Franco, a transferência de I-RECs aos vencedores ocorrerá em até 60 dias, contados a partir do recebimento dos valores relacionados às quantidades negociadas. Os produtos oferecidos são de fontes hídricas da empresa oriundos das hidrelétricas de Itumbiara (2.082 MW) e Serra da Mesa (1.275MW), que estão localizadas em Goiás. Cada I-Rec equivale a 1 MWh de energia renovável gerada. O I-REC permite a todos os usuários de eletricidade fazer uma escolha consciente e baseada em evidências para a energia renovável, em qualquer país, informou Furnas, por meio de sua assessoria de imprensa.

Leia Também:  Com agravamento da pandemia, Nissan e Toyota suspendem atividades

Origem renovável

Ao adquirir os I-RECs equivalentes ao montante de energia consumida, o usuário comprova sua origem renovável. O investimento ajuda no cumprimento das metas de sustentabilidade, porque permite o abatimento das emissões de gases de efeito estufa no Programa Brasileiro GHG Protocol, método mais usado mundialmente pelas empresas e governos para a realização de inventários de gases de efeito estufa (GEE).

A superintendente de Estudos de Mercado e Inovações de Furnas, Fabiana Teixeira, disse que a companhia pretende iniciar uma fase de negociações bilaterais tanto com consumidores finais quanto com comercializadores. “Atingimos nosso objetivo em fomentar esse mercado auxiliando empresas no cumprimento de suas metas de sustentabilidade”, afirmou.

Edição: Nádia Franco

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

ECONOMIA

CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos

Técnica amplia a produção, melhora a qualidade das mudas e favorece a sustentabilidade no campo

Publicados

em

CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos. Fotos: CRV

A CRV Industrial, usina bioenergética localizada em Carmo do Rio Verde, está investindo no plantio por Meiose como uma estratégia para otimizar o cultivo da cana-de-açúcar. Esse método permite que parte da área seja plantada inicialmente para gerar mudas destinadas ao restante da lavoura, possibilitando o uso temporário da terra com outras culturas ou o pousio.

De acordo com o superintendente agrícola, Carlos Jordão, a técnica visa otimizar o plantio, reduzir custos e preservar a área de moagem. Como teste inicial, a empresa implantou 100 hectares com Meiose, que se transformarão em 900 hectares para atender à área planejada. Esse sistema também já está sendo utilizado na unidade da empresa em Minas Gerais.

Jordão destaca que as principais vantagens desse método incluem a redução de operações agrícolas, a diminuição de custos, maior flexibilidade na janela de plantio, viabilidade do plantio em períodos chuvosos, interrupção do ciclo de pragas, melhor qualidade das mudas, maior rendimento no corte e preservação da cana destinada à moagem. “Entretanto, desafios como a necessidade de mão de obra especializada e o manejo dos tratos culturais da linha-mãe ainda são pontos de atenção”, ressalta.

Leia Também:  Inflação medida pelo IGP-DI sobe para 2,91% em janeiro

Na CRV Industrial, o manejo da Meiose está sendo realizado com MPB (Mudas Pré-Brotadas), o que otimiza o processo e permite melhor aproveitamento da janela de plantio. A maior parte das mudas está sendo utilizada em plantios de um ano e meio, sendo metade mecanizada e metade por Meiose. Esse modelo contribui para a redução da área de mudas cortadas, pois uma única linha pode se desdobrar em oito a dez linhas.

A linha de Meiose exige um investimento maior devido à irrigação, com custo médio de R$ 17 mil por hectare. No entanto, a quebra da Meiose gera economias significativas em transporte e outros custos operacionais. “Quando se divide o custo total, o valor final fica em torno de R$ 11 mil por hectare. A ideia é expandir a técnica para uma área entre 2.500 e 3.000 hectares, economizando hectares de mudas e mantendo um custo competitivo em relação ao plantio mecanizado”, explica Carlos Jordão.

A CRV Industrial aposta nessa estratégia para aumentar a eficiência e a sustentabilidade na produção de cana-de-açúcar. Além da redução de custos, a possibilidade de plantar outras culturas entre as linhas da Meiose permite um melhor aproveitamento da terra e contribui para a melhoria do solo. O projeto reforça o compromisso da empresa com a inovação e a busca por soluções sustentáveis para o setor sucroenergético.

Leia Também:  Bolsa fecha em queda de mais de 1% em dia de nervosismo

Você tem WhatsApp? Entre em um dos canais de comunicação do JORNAL DO VALE para receber, em primeira mão, nossas principais notícias e reportagens, clique aqui

JORNAL DO VALE – Muito mais que um jornal, desde 1975 – www.jornaldovale.com

Siga nosso Instagram – @jornaldovale_ceres

Envie fotos, vídeos, denúncias e reclamações para a redação do JORNAL DO VALE, através do WhatsApp (62) 98504-9192

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

VALE SÃO PATRÍCIO

PLANTÃO POLICIAL

ACIDENTE

POLÍTICA

MAIS LIDAS DA SEMANA