Agrodefesa orienta sobre a proibição da venda fracionada de sementes

A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) tem intensificado ações de fiscalização e educação sanitária em Goiás para orientar comerciantes e produtores rurais sobre a correta comercialização e aquisição de sementes. A principal orientação é quanto à proibição da venda de sementes a granel ou de forma fracionada, conforme estabelecido pela Portaria nº 538/2022, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
A portaria determina que as sementes destinadas à comercialização devem ser acondicionadas em embalagens novas e invioladas. A venda a granel é ilegal, pois pode comprometer a qualidade da germinação, prejudicando a produção agrícola.
“O Governo de Goiás está comprometido em garantir que apenas sementes de qualidade cheguem aos produtores, minimizando riscos de perdas nas lavouras. A Agrodefesa realiza fiscalizações regulares, verificando a procedência das sementes, a conformidade com a documentação e as condições de armazenamento. Essas medidas são essenciais para assegurar a qualidade do material utilizado na agricultura”, afirma José Ricardo Caixeta Ramos, presidente da Agrodefesa.
Requisitos para comercialização e armazenamento
A gerente de Sanidade Vegetal da Agrodefesa, Daniela Rézio, explicou que a comercialização de sementes pode ser realizada pelo próprio produtor ou reembalador, ou por comerciantes registrados no Sistema Nacional de Sementes e Mudas (Renasem). Além disso, a semente comercializada deve estar identificada e acompanhada da respectiva nota fiscal, bem como de documentos como o atestado de origem genética e o certificado de sementes.
A portaria ainda estabelece que os comerciantes devem manter as sementes em condições adequadas de armazenamento e garantir que os lotes sejam dispostos de maneira a permitir amostragem representativa. A comercialização deve ser feita em embalagens originais, identificadas e invioladas.
“Utilizar sementes fora dos padrões técnicos pode introduzir pragas e doenças nas lavouras, o que compromete a produtividade e eleva os custos com defensivos. Por isso, é fundamental que os produtores adquiram sementes certificadas de fornecedores confiáveis”, alertou Daniela.
Passo a passo para inscrição no Renasem
O Ministério da Agricultura e Pecuária orienta os comerciantes que desejam se inscrever no Renasem a seguir alguns procedimentos. Entre os passos estão a verificação da aplicabilidade do procedimento no estado, o preenchimento do formulário online no Sistema Renasem, a preparação da documentação necessária e o pagamento da Guia de Recolhimento da União (GRU).
Após o envio dos documentos e a análise do Mapa, o Certificado de Inscrição será enviado por e-mail. Em caso de dúvidas, o interessado pode buscar assistência através do suporte técnico do sistema ou entrar em contato com a Superintendência Federal de Agricultura do Mapa em Goiás.
Essas orientações visam melhorar a gestão das sementes no Brasil, garantindo a segurança e a eficiência da produção agrícola, e contribuindo para o desenvolvimento sustentável do setor.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio


Agronegócio
Mercado de Arroz: Preço em Queda e Expectativa por Exportações

O mercado brasileiro de arroz continua a enfrentar uma queda acentuada nos preços, impulsionada pela colheita que avança rapidamente no país. No Rio Grande do Sul, o processo de ceifa já alcançou 26,21% da área semeada, conforme o mais recente levantamento do Instituto Riograndense do Arroz (Irga). A Fronteira Oeste lidera os trabalhos, seguida pela Planície Costeira Interna, Planície Costeira Externa, Região Central, Campanha e, por último, a Zona Sul.
A aceleração da colheita, em grande parte devido às condições climáticas favoráveis, tem intensificado a oferta de arroz no mercado, o que reforça a pressão para baixo nos preços. “A maior disponibilidade do grão tem influenciado diretamente a baixa nas cotações”, afirma o analista e consultor da Safras & Mercado, Evandro Oliveira.
Em relação aos preços, a média da saca de 50 quilos de arroz do Rio Grande do Sul (58/62% de grãos inteiros e pagamento à vista), referência principal no mercado nacional, foi cotada em R$ 83,02 na última quinta-feira (13). Este valor representa uma queda de 6,05% em comparação à semana anterior e um recuo de 15,56% em relação ao mesmo período do mês passado. Além disso, o preço atual é 18,03% inferior ao registrado no mesmo período de 2024.
Exportações em Perspectiva
Enquanto o mercado doméstico enfrenta a pressão da colheita, as exportações permanecem como um fator de expectativa. Há rumores sobre a saída de um navio de arroz pelo porto de Rio Grande na próxima semana, já com parte da nova safra a bordo. “Para abril, ainda não há contratos fechados, apenas embarques negociados em dezembro de 2024”, explica Oliveira. Além disso, circulam informações sobre dois novos embarques, um de 32 mil toneladas e outro de 25 mil toneladas, com detalhes ainda não definidos sobre variedades ou destinos.
No mercado internacional, o Paraguai continua com contratos firmados em 2024, com preços variando entre US$ 360 e US$ 370 por tonelada. No entanto, os preços atuais caíram para US$ 300 a US$ 310 por tonelada, o que sugere uma maior pressão sobre o mercado global. O país vizinho também realizou vendas antecipadas para embarques em fevereiro, mas não houve novos negócios relevantes desde então.
Nos Estados Unidos, a guerra comercial com o México e as políticas do governo Trump ainda são fatores a serem observados, podendo alterar fluxos de exportação e criar novas oportunidades para fornecedores de arroz de outros países. “Uma escalada na disputa comercial pode fazer com que compradores mexicanos busquem o Mercosul, o que pode beneficiar o Brasil e outros produtores da região”, finaliza Oliveira.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio
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