Agroindustriais sugerem melhorias nos processos de inspeção e produção

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Representantes da agroindústria de carnes se reuniram com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, para discutir formas de aprimorar a eficiência produtiva e reduzir perdas sem a necessidade de medidas drásticas. Durante o encontro, líderes do setor enfatizaram que não há uma “solução única” para controlar a inflação de alimentos e destacaram que as variações de preço são resultado de oscilações naturais do mercado global.

Uma das principais sugestões apresentadas foi a continuidade das melhorias nos processos de inspeção e produção. Em 2024, o Ministério da Agricultura já adotou a lavagem de carcaças por aspersão, o que contribuiu para reduzir os índices de condenação de aves nos frigoríficos. A condenação ocorre após avaliação de veterinários, que identificam problemas como fraturas, infecções e contaminações. O setor defende aprimoramentos técnicos e operacionais para aumentar a produtividade e garantir a harmonização na fiscalização agropecuária.

Outro ponto abordado foi a proposta de zerar as alíquotas de importação do óleo de soja de países fora do Mercosul. A medida, que ainda precisa ser aprovada pela Câmara de Comércio Exterior (Camex), pode ajudar a afastar qualquer possibilidade de taxação sobre exportações, mas não deve impactar significativamente o preço do óleo de cozinha no mercado interno, já que o Brasil é autossuficiente na produção do insumo.

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Durante a reunião, representantes da indústria de carnes apresentaram dados que reforçam a estabilidade da oferta nacional de proteínas e explicaram que as exportações ajudam a equilibrar os preços do mercado interno. Um exemplo citado foi o pé de frango, altamente valorizado na Ásia, mas com baixa demanda no Brasil. Sem as vendas externas, o produto teria que ser descartado, gerando custos adicionais para as empresas e, consequentemente, encarecendo outros cortes no mercado interno.

A sazonalidade e o impacto climático também foram discutidos. O setor esclareceu que a alta no preço dos ovos ocorre tradicionalmente nesta época do ano, devido ao aumento da demanda com a proximidade da quaresma. Os empresários defenderam que declarações descontextualizadas sobre a inflação dos alimentos geram ruído no debate e podem agravar a percepção pública sobre os preços.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Projeção de Produção de Trigo no Brasil para a Safra 2025/26 Deve Alcançar 8,975 Milhões de Toneladas

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A StoneX divulgou sua primeira estimativa para a safra 2025/26 de trigo no Brasil, apontando para um aumento de 17,3% na produção, que deve alcançar 8,975 milhões de toneladas. Embora a previsão seja positiva no que tange à produção, o levantamento indica uma redução na área destinada ao cultivo do cereal em comparação com a safra anterior.

A principal razão para a diminuição da área plantada está relacionada às preocupações com as condições climáticas, dificuldades no acesso ao crédito e frustrações decorrentes das safras passadas. Embora os incentivos de preços mais altos não tenham sido suficientes para compensar as dificuldades enfrentadas pelos produtores, a expectativa é de que a área nacional sofra uma redução de cerca de 5%, impulsionada pela queda nos estados do Rio Grande do Sul e Paraná.

Entretanto, há um cenário positivo para outros estados, como Santa Catarina, Minas Gerais e Goiás, que devem apresentar aumento na área cultivada, compensando parcialmente as perdas nas principais regiões produtoras. Além disso, espera-se uma recuperação na produtividade do trigo, após um ciclo marcado por secas prolongadas, chuvas e geadas no sul do Brasil em 2024.

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No que diz respeito ao mercado nacional, a possível elevação na produção deve reduzir significativamente a necessidade de importações, com os volumes previstos ficando abaixo das 6 milhões de toneladas. No entanto, a moagem deve seguir um ritmo mais lento no início de 2025, refletindo uma menor demanda interna por trigo, com uma expectativa de queda de 1,5% nas aquisições em relação ao ano anterior.

As exportações, por outro lado, devem ser favorecidas pela maior produção, com o Rio Grande do Sul se destacando no aumento de sua capacidade exportadora. A recuperação das atividades no terminal portuário afetado pelas enchentes em maio de 2024 permitirá uma ampliação nas remessas ao exterior. O cenário cambial também se apresenta favorável, com perspectivas de alta no valor do dólar, o que torna o trigo brasileiro mais competitivo no mercado internacional.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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